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01/07/2002 - 06h58

Pentacampeonato coroa a superação do descrédito total

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da Folha Online

Superar um trauma de quatro anos, dirimir o descrédito aos olhos do mundo, provar para o seu próprio país que ainda sabe jogar futebol. Árduas tarefas, que estavam além da conquista do próprio título, mas que foram cumpridas com absoluta precisão pelos 23 heróis do pentacampeonato mundial.

Em todos os setores do campo, os jogadores superaram a desconfiança com atuações de gala. A volta por cima se estende ao técnico Luiz Felipe Scolari, que calou os críticos e fez da sua teimosia o caminho para o triunfo.

O ataque improdutivo, a defesa vulnerável e o meio-campo que não progredia, marcas da campanha pífia das eliminatórias, são "águas passadas" do "Brasil dos erres".

No gol, o palmeirense Marcos venceu a desconfiança instaurada após as primeiras partidas da Copa com excelentes atuações nos mata-matas decisivos, principalmente contra Bélgica e Alemanha.

As laterais, posição fundamental no esquema tático de Scolari, foram muitas vezes os pilares das ofensivas brasileiras. Pela esquerda, além de marcar um belo gol de falta contra a China, em que foi eleito o melhor da partida, Roberto Carlos se redimiu das falhas do Mundial francês em 1998 e foi impecável na marcação.

Na outra ala, o capitão Cafu entrou para a história como o único a disputar três finais consecutivas. Com 32 anos, despediu-se da seleção erguendo a taça do penta.

A zaga brasileira foi o último setor a se acertar. Depois de apresentar sucessivas falhas até as quartas-de-final, o trio defensivo se reabilitou com boas atuações nos dois últimos jogos.

O meio-campo foi o ponto forte da equipe canarinho. Gilberto Silva herdou a vaga de Emerson e foi eficiente, Kleberson e Juninho se alternaram com regularidade, Ronaldinho correspondeu às expectativas, brilhou e marcou o gol da classificação contra a Inglaterra.

E o ataque, com 18 gols em 7 partidas _média de 2,57, o melhor da competição_, foi a grande marca da seleção no maior torneio de futebol do planeta.

Herói do título, Ronaldo ganhou a "Chuteira de Ouro", dedicada ao artilheiro máximo, feito que o país não alcançava há 52 anos _e nenhum goleador havia marcado oito gols desde 1970.

Ao seu lado, Rivaldo foi genial, fez cinco gols e deve ser eleito o melhor jogador do Mundial asiático.

Quando precisou do banco de reservas, Scolari também teve atletas eficientes á disposição. O lateral Júnior substituiu Roberto Carlos e marcou gol, e Luizão cavou o pênalti que originou o gol da vitória contra a Turquia. Dos 23 atletas que levou à Ásia, o treinador gaúcho usou 21. Só ficaram de fora os goleiros suplentes Dida e Rogério Ceni.

Leia mais: Copa do Mundo-2002
 

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