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09/07/2002 - 21h03

Scolari paga promessa no Sul pela conquista do penta

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da Agência Folha, em Porto Alegre

O técnico Luiz Felipe Scolari percorreu hoje 18 quilômetros a pé até o santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, na cidade gaúcha de Farroupilha, para pagar uma promessa feita antes da Copa do Mundo e agradecer a vitória.

"O que a gente tinha solicitado a Nossa Senhora de Caravaggio era uma boa Copa, era amizade, carinho, e ela nos deu", afirmou o técnico. "Além disso, os jogadores foram tão competentes que conseguiram as vitórias e o título", completou. O treinador saiu do Hotel Samuara, em Caxias do Sul (136 km de Porto Alegre), onde estava hospedado, por volta das 10h, acompanhado do auxiliar Flávio Teixeira, o Murtosa, e do ex-goleiro do Caxias e do Inter César Bagatini.

Na igreja, rezou ajoelhado e depois conversou com o padre Alcindo, do santuário.

Apesar do lugar ser distante do centro da cidade nove quilômetros, havia cerca de 150 pessoas aguardando por Scolari na porta do santuário, gritando frases como: "Emoção, Felipão é campeão" e "penta, penta!"

Scolari acenou mostrando os cinco dedos abertos e foi obrigado a sentar na escadaria cercado pelos alunos da Escola Nossa Senhora de Caravaggio que estavam presentes.

O técnico chegou ontem à noite a Caxias do Sul e foi direto ao hotel, onde estava sendo esperado por amigos, como Bagatini.

Na noite de hoje, Scolari participa de eventos preparados como homenagem a ele pelos clubes Caxias e Juventude nos pavilhões da Festa da Uva: um show do Centro de Tradições Gaúchas e um jantar beneficente no Restaurante Gianella, com renda revertida a uma creche.

Amanhã, Scolari deve receber do governador Olívio Dutra (PT) a Medalha Negrinho do Pastoreio, uma das mais importantes condecorações do Estado.

A Medalha Esportiva João Saldanha será entregue aos jogadores, como Ronaldinho, integrantes da comissão técnica e ao juiz Carlos Simon.

Futuro
O técnico reafirmou, em entrevista coletiva em Caxias do Sul, que não recebeu proposta nenhuma até o momento, nem do Parma, nem de outro clube, e só vai decidir sobre seu futuro profissional no final do mês. E disse ainda que voltaria a treinar qualquer time do Rio Grande do Sul, "o Caxias, o Grêmio, ou o "Colorado" (como é chamado o Internacional).

Scolari negou-se a criticar o jogador Luizão quanto a sua saída repentina do Grêmio, por não ser "nem diretor, nem técnico" do time. "Só posso falar de Luizão na seleção, onde ele foi útil e cumpriu seu papel", explicou.

Sobre a decisão da Justiça de exigir que a CBF inclua o Caxias do Sul na série A do Campeonato Brasileiro, ele disse que é a favor apenas que se cumpra a lei. "Se o Caxias tiver razão, que a justiça seja feita, se não, que não suba."

Para o técnico, a jogada decisiva que encaminhou o Brasil para a final não foi contra a Inglaterra, e sim contra a Bélgica. "Era um time desconhecido, franco-atirador e perigoso, enquanto a Inglaterra era um clássico, não me preocupava."

Homenageado numa cidade de colonização italiana, ele contou que a concepção "família Scolari" foi baseada na "família italiana", onde "todos trabalham e juntos".
 

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