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22/07/2002 - 20h01

Palmeiras prevê dificuldades contra o Paysandu

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do Agora s.Paulo

Se no Piauí o Palmeiras iniciou a Copa dos Campeões em um campo neutro e terminou a participação na sede como se estivesse em casa, a situação agora volta a estaca zero, tendendo a piorar. O clube de Parque Antarctica vai encarar o Paysandu, com torcida contra, campo desconhecido e, mais uma vez, condições climáticas desfavoráveis.

O fator mais preocupante é o campo de jogo. O time paraense, na visão dos palmeirenses, sabe de cor os atalhos do gramado do reformado Mangueirão, que custou R$ 40 milhões aos cofres públicos e foi rebatizado de Estádio Olímpico do Pará.

Até domingo, o Palmeiras pretende encontrar formas de minar as forças do Paysandu. Para o campo de jogo, a comissão técnica espera ajuda da organização do torneio. O desejo é ver a grama aparada e um dia de treino no local.

"As dificuldades serão enormes. Aqui em Teresina jogamos em um campo neutro, em Belém vamos jogar na casa do adversário", disse o técnico Wanderley Luxemburgo, que voltou a atacar a organização do torneio por escolher o Pará como uma das sedes.

O capitão Arce também cita o peso do gramado alto como uma dificuldade a mais. "Deve ser característica do campo. Atrapalha um pouco a velocidade, mas não determina o resultado", disse Arce, que nunca jogou no Pará.

A preocupação com o clima também existe, mas a experiência de Teresina, onde a partida de ontem contra o Fluminense iniciou com 35º C, deixa a comissão técnica com menos medo.

A presença de um grande público -a previsão dos organizadores é lotação máxima com os 54 mil lugares, que se acontecer será recorde da competição, tomados pela fanática torcida azul e branca- é vista como um ingrediente que vai motivar o Paysandu.

Para segurar a pressão, a receita é "cozinhar" o jogo, mantendo a posse de bola, deixando a torcida paraense nervosa com seu time.

"Torcida ajuda, claro. Mas em muitas situações ela não entende o que se passa na partida e acaba prejudicando seu próprio time", lembrou Arce.

Críticas
Em guerra com os organizadores da competição, o técnico Luxemburgo criticou o fato de Belém do Pará ter sido escolhida com uma das sedes do torneio.

Para evitar um clima de guerra ao pisar no Estado, o treinador procurou dosar as suas palavras e tecer longos elogios ao futebol da região Norte. "Não tenho nada contra o Paysandu, que inclusive retornou à primeira divisão. Eles não têm culpa de estarem na sede e, aliás, chegaram com méritos. Aliás, sempre defendi essa descentralização do futebol. Seria ótimo para o Brasil que tivéssemos o Norte forte, o Nordeste forte, aí os times dessa região seriam mais valorizados pela mídia", disse.

Outro alvo das reclamações palmeirenses é a mudança de jogos. O Palmeiras pode obrigar a organização da Copa dos Campeões a rever mais uma vez a tabela. Se o time passar pelo Paysandu, e o Flamengo pelo Cruzeiro, as finais que aconteceriam nos dias 31 de julho e 4 de agosto podem mudar.

O primeiro jogo, então, aconteceria no dia 4, em Belém, e a partida decisiva, no dia 7, em Fortaleza. A decisão será tomada em função da final da Taça Libertadores. O São Caetano faz a final do torneio, em São Paulo, no Pacaembu, contra o Olímpia do Paraguai, no próximo dia 31.

A Rede Globo já anunciou que vai transmitir a partida decisiva entre a equipe do ABC e o time paraguaio ao vivo. "Esse é o futebol brasileiro que se diz de primeiro mundo, mas não consegue um mínimo de organização", reclamou Luxemburgo.

Leia mais: Copa dos Campeões
 

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