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23/07/2002 - 13h10

Salto triplo é a prova de maior sucesso do atletismo brasileiro

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da Folha Online

Modalidade que garantiu ao Brasil as duas primeiras medalhas de ouro olímpicas no atletismo, ambas com Adhemar Ferreira da Silva, o salto triplo é também a prova na qual o país alcançou seu maior sucesso.

Durante três décadas (50, 60 e 70), o Brasil foi uma das forças do salto triplo graças a três atletas: Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo.

Até 1998, quando Ronaldo da Costa ganhou a Maratona de Berlim, com a melhor marca do mundo para a distância, os brasileiros haviam quebrado o recorde mundial no atletismo unicamente no salto triplo.

Além de Adhemar (morto em 2001), Nelson Prudêncio e João do Pulo (morto em 1999), Esmeralda Garcia foi recordista feminina da prova em 1986, com a marca de 13,68 m.

Em 1950, no Estádio do Canindé, Adhemar saltou 16 m e igualou o recorde mundial do japonês Naoto Tajima, que já durava 14 anos. Um ano depois, nas Laranjeiras, tornou-se recordista absoluto, ao saltar 16,01 m.

No dia 23 de julho de 1952, na finalíssima do salto triplo dos Jogos Olímpicos de Helsinque, o público presente viu Adhemar superar quatro vezes o seu próprio recorde. Saltou 16,05 m, 16,09 m, 16,12 m e 16,22 m.

O novo recorde permaneceu até 1953, quando o soviético Leonid Stserbakov superou a sua marca por um centímetro. Em 1955, na Cidade do México, Adhemar voltou a ser dono da melhor marca, ao saltar 16,56 m.

Em 15 anos de carreira, Adhemar foi bicampeão olímpico (1952 e 56), tricampeão pan-americano (1951, 55 e 59) e bicampeão da Universíade (Jogos Mundiais Universitários), em 1953 e 55.

Na década de 60, quem despontou como seu sucessor foi Nelson Prudêncio. Entre as conquistas importantes, ele foi prata nos Jogos Olímpicos de 1968, na Cidade do México; e bronze em 1972, em Munique.

Também ganhou duas medalhas de prata nos Jogos Pan-americanos de 1967, em Winnipeg, no Canadá; e 1971, em Cali, na Colômbia. Além disso, foi quatro vezes campeão sul-americano e brasileiro.

Na Olimpíada de 1968, Prudêncio foi o primeiro saltador das Américas a vencer a barreira dos 17 metros no salto triplo. Em três saltos (17,05 m, 17,15 m e 17,27 m), o brasileiro estabeleceu o recorde mundial.

Prudêncio só não ficou com o ouro porque a prova no México teve uma sucessão de novas marcas. Ao todo, 12 vezes o recorde foi quebrado. Prudêncio foi superado pelo soviético Viktor Sanejev, com 17,39 m.

Em 1975, nos Jogos Pan-Americanos da Cidade do México, Prudêncio assistiu à glória de um outro brasileiro, que vinha para lhe roubar a coroa. A nova estrela do salto triplo brasileiro era João do Pulo.

Com um salto de 17,89 m, ele pulverizou o recorde mundial de 17,44 m, estabelecido por Sanejev em 1972. Prudêncio saltou 16,85m, terminando em quarto.

Credenciado pelo recorde, João do Pulo entrou como favorito nos Jogos Olímpicos de 1976, em Montreal, no Canadá. Os brasileiros esperavam um grande feito do novo astro do salto triplo.

Nos treinos, João do Paulo superou facilmente os 17,50 m. Mas, no dia decisivo, sentindo fortes dores, ele não conseguiu dar tudo de si e saltou 16,90 m, resultado que lhe garantiu o bronze.

Um mês depois, o triplista disputou o Campeonato Mundial Militar no Rio de Janeiro, onde venceu com 17,38 m, marca que lhe teria dado o ouro em Montreal. Em 1977, conquistou o título da Copa do Mundo.

Em 1979, João do Pulo ganhou dois ouros (salto triplo e distância) no Pan de Porto Rico. Foi bicampeão da Copa do Mundo, em Montreal, e conquistou o título sul-americano em Bucaramanga, na Colômbia.

No ano seguinte, ele teve nova chance de alcançar o título olímpico. No entanto, prejudicado, João do Paulo acabou conseguindo novamente apenas a medalha de bronze, nos Jogos de Moscou.

Em 1981, ganhou o tricampeonato da Copa do Mundo, em Roma. No mesmo ano, foi eleito o melhor atleta latino-americano. No entanto um acidente de automóvel, em dezembro de 81, pôs fim à sua carreira.

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