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29/07/2002
-
19h53
da Folha de S.Paulo
O time paraguaio Olimpia joga quarta-feira no Pacaembu não só para reverter a derrota de 1 a 0 sofrida para o São Caetano em Assunção: terá de superar a crise gerada pela renúncia de seu presidente, que criticou duramente a equipe finalista da Taça Libertadores.
Osvaldo Domínguez Dibb, máximo dirigente do clube, apresentou a renúncia afirmando que "estava farto deste grupo apodrecido, sem auto-estima, sem vontade de vencer e sem-vergonha".
Entre as justificativas para o ato, Dibb afirmou que alguns jogadores estiveram em "bailes com prostitutas" às vésperas de jogos decisivos do torneio interclubes mais importante do continente.
O dirigente não quis dar detalhes sobre as noitadas ou os atletas envolvidos. Mas, segundo fontes dentro do Olimpia, entre os noctívagos estariam o volante Enciso e o atacante Baéz, que vem sendo vaiado pela torcida por suas últimas atuações.
A crise começou horas antes de a equipe embarcar para São Paulo, onde chegará na noite de hoje e se hospedará no hotel Caesar Park (centro da cidade).
Por trás da denúncia da festança, porém, estão os problemas financeiros do clube, o único do Paraguai que ainda paga salários atrelados ao dólar.
Com as recentes desvalorizações do real brasileiro e do peso argentino, a moeda local, o guarani, também perdeu valor diante do dólar, e os salários do time foram para padrões nada paraguaios. Como o time não vem rendendo no Campeonato Paraguaio, onde está no penúltimo lugar, e foi mal no primeiro jogo com o São Caetano, o presidente colocou seu posto à disposição.
Esta, porém, não foi a primeira renúncia de Dibb, que era presidente do clube quando de seus maiores feitos: os dois títulos da Libertadores, em 1979 e 1990.
A última foi em abril, após uma série de quatro derrotas. O fato aconteceu na véspera de um confronto diante do time chileno Universidad Católica, ainda pela primeira fase da Libertadores.
À época, o time reagiu, classificou-se e trilhou caminho até a decisão do torneio interclubes.
Parte da imprensa paraguaia acredita que Dibb tomou a atitude para "mexer com os brios".
Enquanto a equipe do técnico Nery Pumpido viaja ao Brasil no avião presidencial do país, cedido pela Aeronáutica por US$ 50 mil, cerca de mil torcedores devem viajar até São Paulo de ônibus.
A única mudança no time será a volta do volante Quintana, que foi substituído por Franco na última partida. "Temos de manter a posse de bola e nos arriscar no ataque para conseguir chegar a uma diferença no placar", afirmou o atleta, que espera que, com sua entrada, o time melhore seu desempenho.
O Olimpia espera uma vitória fora de casa e seu terceiro título de Libertadores neste ano para comemorar seu centenário.
Saiba tudo sobre a Taça Libertadores:
Renúncia do presidente gera crise no rival do São Caetano
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O time paraguaio Olimpia joga quarta-feira no Pacaembu não só para reverter a derrota de 1 a 0 sofrida para o São Caetano em Assunção: terá de superar a crise gerada pela renúncia de seu presidente, que criticou duramente a equipe finalista da Taça Libertadores.
Osvaldo Domínguez Dibb, máximo dirigente do clube, apresentou a renúncia afirmando que "estava farto deste grupo apodrecido, sem auto-estima, sem vontade de vencer e sem-vergonha".
Entre as justificativas para o ato, Dibb afirmou que alguns jogadores estiveram em "bailes com prostitutas" às vésperas de jogos decisivos do torneio interclubes mais importante do continente.
O dirigente não quis dar detalhes sobre as noitadas ou os atletas envolvidos. Mas, segundo fontes dentro do Olimpia, entre os noctívagos estariam o volante Enciso e o atacante Baéz, que vem sendo vaiado pela torcida por suas últimas atuações.
A crise começou horas antes de a equipe embarcar para São Paulo, onde chegará na noite de hoje e se hospedará no hotel Caesar Park (centro da cidade).
Por trás da denúncia da festança, porém, estão os problemas financeiros do clube, o único do Paraguai que ainda paga salários atrelados ao dólar.
Com as recentes desvalorizações do real brasileiro e do peso argentino, a moeda local, o guarani, também perdeu valor diante do dólar, e os salários do time foram para padrões nada paraguaios. Como o time não vem rendendo no Campeonato Paraguaio, onde está no penúltimo lugar, e foi mal no primeiro jogo com o São Caetano, o presidente colocou seu posto à disposição.
Esta, porém, não foi a primeira renúncia de Dibb, que era presidente do clube quando de seus maiores feitos: os dois títulos da Libertadores, em 1979 e 1990.
A última foi em abril, após uma série de quatro derrotas. O fato aconteceu na véspera de um confronto diante do time chileno Universidad Católica, ainda pela primeira fase da Libertadores.
À época, o time reagiu, classificou-se e trilhou caminho até a decisão do torneio interclubes.
Parte da imprensa paraguaia acredita que Dibb tomou a atitude para "mexer com os brios".
Enquanto a equipe do técnico Nery Pumpido viaja ao Brasil no avião presidencial do país, cedido pela Aeronáutica por US$ 50 mil, cerca de mil torcedores devem viajar até São Paulo de ônibus.
A única mudança no time será a volta do volante Quintana, que foi substituído por Franco na última partida. "Temos de manter a posse de bola e nos arriscar no ataque para conseguir chegar a uma diferença no placar", afirmou o atleta, que espera que, com sua entrada, o time melhore seu desempenho.
O Olimpia espera uma vitória fora de casa e seu terceiro título de Libertadores neste ano para comemorar seu centenário.
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