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01/08/2002
-
00h45
EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BERTOLOTTO
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Jair Picerni teve, nesta quarta-feira, um novo encontro com a sina de vice-campeonatos que o persegue em sua carreira de técnico.
A sua coleção de derrotas em finais, que tinha decisões estaduais e nacionais, além de uma final olímpica, ganhou no Pacaembu uma frustração continental.
Para o treinador, a decepção foi ainda maior porque ele foi expulso de campo aos 42min de jogo, por defender o lateral Russo após o entrevero que o atleta teve com o paraguaio Cáceres.
Picerni discutiu com meio time do Olimpia e, por fim, com o árbitro colombiano, que acabou por expulsá-lo de campo.
Após relutar em sair _"o paraguaio agrediu, e eu que sou expulso", reclamou ao deixar o gramado_ assistiu ao final da primeira etapa na boca do túnel do vestiário. No intervalo, instruiu sua equipe e, para o segundo tempo, se posicionou no túnel outra vez. De lá, orientou seus jogadores, que acabaram deixando o rival virar o jogo na fase final.
Ainda no vestiário de Assunção, após a vitória na primeira final sobre Olimpia, ele se mostrava precavido quando perguntado sobre o "Projeto Yokohama", alusão ao jogo contra o Real Madrid no Mundial interclubes no estádio em que o Brasil se sagrou pentacampeão. "Para mim, existe o ´Projeto Pacaembu´. O objetivo é ganhar lá primeiro", afirmou. Mas nada disso aconteceu. E veio novo vice em sua carreira.
Uma carreira de treinador que começou em 1981, logo após se aposentar como lateral-direito ponte-pretano, com dois vice-campeonatos estaduais (1977 e 1979). Logo na primeira temporada no comando, fez o time campineiro chegar a nova decisão paulista, mas acabou perdendo para o título para o São Paulo.
Sua carreira ascendente o elevou para a seleção olímpica e para um novo vice. Isso aconteceu em Los Angeles-1984, quando o Brasil ficou com a medalha prata e deixou o ouro para a França.
Na volta ao Brasil, liderou o Corinthians, segundo colocado no Paulista-84 após perder a final para o Santos de Serginho.
No ano seguinte, ele assumiu a Lusa e levou a equipe para a decisão estadual, mas acabou perdendo para o São Paulo.
Depois disso, perambulou pelo futebol do interior paulista, de Portugal e também do Nordeste. Até que na virada de 1999 para 2000 assumiu o jovem time do São Caetano, então na segunda divisão do Estado.
No primeiro semestre, ganhou o título da segundona e levou o time para a elite paulista.
Mas o feito viria no segundo semestre, com a campanha na Copa João Havelange, o campeonato nacional daquele ano.
Chegou à final, mas não pôde superar o Vasco da Gama.
Em 2001, novamente aportou na decisão do Brasileiro para novamente cair, desta vez diante do Atlético-PR. Ontem a sina se repetiu, o que o deixou muito irritado, já que durante a semana vinha batendo boca com um radialista que teimava em chamá-lo de ´Vicerni´, em alusão à série de vice-campeonatos que marcam sua carreira.
Leia mais: Copa Libertadores-2002
Sina de vice de Picerni é mantida com derrota na Libertadores
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RODRIGO BERTOLOTTO
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo
Jair Picerni teve, nesta quarta-feira, um novo encontro com a sina de vice-campeonatos que o persegue em sua carreira de técnico.
A sua coleção de derrotas em finais, que tinha decisões estaduais e nacionais, além de uma final olímpica, ganhou no Pacaembu uma frustração continental.
Para o treinador, a decepção foi ainda maior porque ele foi expulso de campo aos 42min de jogo, por defender o lateral Russo após o entrevero que o atleta teve com o paraguaio Cáceres.
Picerni discutiu com meio time do Olimpia e, por fim, com o árbitro colombiano, que acabou por expulsá-lo de campo.
Após relutar em sair _"o paraguaio agrediu, e eu que sou expulso", reclamou ao deixar o gramado_ assistiu ao final da primeira etapa na boca do túnel do vestiário. No intervalo, instruiu sua equipe e, para o segundo tempo, se posicionou no túnel outra vez. De lá, orientou seus jogadores, que acabaram deixando o rival virar o jogo na fase final.
Ainda no vestiário de Assunção, após a vitória na primeira final sobre Olimpia, ele se mostrava precavido quando perguntado sobre o "Projeto Yokohama", alusão ao jogo contra o Real Madrid no Mundial interclubes no estádio em que o Brasil se sagrou pentacampeão. "Para mim, existe o ´Projeto Pacaembu´. O objetivo é ganhar lá primeiro", afirmou. Mas nada disso aconteceu. E veio novo vice em sua carreira.
Uma carreira de treinador que começou em 1981, logo após se aposentar como lateral-direito ponte-pretano, com dois vice-campeonatos estaduais (1977 e 1979). Logo na primeira temporada no comando, fez o time campineiro chegar a nova decisão paulista, mas acabou perdendo para o título para o São Paulo.
Sua carreira ascendente o elevou para a seleção olímpica e para um novo vice. Isso aconteceu em Los Angeles-1984, quando o Brasil ficou com a medalha prata e deixou o ouro para a França.
Na volta ao Brasil, liderou o Corinthians, segundo colocado no Paulista-84 após perder a final para o Santos de Serginho.
No ano seguinte, ele assumiu a Lusa e levou a equipe para a decisão estadual, mas acabou perdendo para o São Paulo.
Depois disso, perambulou pelo futebol do interior paulista, de Portugal e também do Nordeste. Até que na virada de 1999 para 2000 assumiu o jovem time do São Caetano, então na segunda divisão do Estado.
No primeiro semestre, ganhou o título da segundona e levou o time para a elite paulista.
Mas o feito viria no segundo semestre, com a campanha na Copa João Havelange, o campeonato nacional daquele ano.
Chegou à final, mas não pôde superar o Vasco da Gama.
Em 2001, novamente aportou na decisão do Brasileiro para novamente cair, desta vez diante do Atlético-PR. Ontem a sina se repetiu, o que o deixou muito irritado, já que durante a semana vinha batendo boca com um radialista que teimava em chamá-lo de ´Vicerni´, em alusão à série de vice-campeonatos que marcam sua carreira.
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