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01/08/2002 - 06h30

Análise: Time do São Caetano entrou em crise de identidade

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FÁBIO PORTELA
da Folha Online

O São Caetano deixou escapar pela terceira vez consecutiva a chance de vencer uma competição importante e abandonar a condição de "time pequeno". A equipe, mais uma vez, tremeu na final. O roteiro já está ficando conhecido: todas as torcidas se juntam para apoiar o time do ABC, mas no momento de decidir o título alguma coisa não funciona.

E o que não funciona é exatamente essa torcida improvisada, feita de última hora. A torcida é a essência de qualquer clube de futebol, é o que garante a sua identidade.

E na noite de ontem o São Caetano entrou em crise: não sabia se era o time que nunca venceu sequer um Campeonato Paulista ou se já tinha condições de erguer o troféu mais importante do continente.

Apesar da "corrente" que foi formada pelo São Caetano, ninguém vai arrancar os cabelos por causa da derrota. Nem o mais fanático dos torcedores está pensando em não sair de casa por causa da derrota, como seria o caso se o que aconteceu tivesse se passado com Corinthians, São Paulo, Palmeiras ou Santos, para ficar apenas nos exemplos paulistas.

Por não contar com uma torcida real, os jogadores têm dificuldades para encontrar a identidade do time, e isso é imperdoável para quem pretende ser campeão. Ontem, diante do Olímpia, foi isso o que aconteceu.

O Pacaembu tinha 40 mil pagantes, mas quase nenhum torcedor de verdade. Os únicos que pareciam realmente fanáticos eram os paraguaios, que assistiram à sua equipe levantar o troféu mais importante do continente pela terceira vez.

Depois da derrota, os torcedores do time brasileiro deixaram o campo cabisbaixos, mas ninguém derramou lágrimas pelo resultado. No dia seguinte, todos sabem que voltarão a ser corintianos, palmeirenses, são-paulinos e santistas.

O São Caetano, por sua vez, pode até ter se tornado um caso de amor de todas as torcidas, mas por enquanto terá que se contentar em viver um romance sem nenhuma paixão.

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