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15/08/2002
-
19h21
FÁBIO SEIXAS
enviado da Folha a Budapeste
As enchentes dos últimos dias na Europa Central ameaçam complicar a organização da F-1 em Budapeste. O rio Danúbio, que corta a capital húngara, atingiu hoje 7,40 m e a expectativa é que chegue a 8,50 m sábado à noite, provocando alagamentos.
De acordo com os institutos de meteorologia, será o nível mais alto atingido nos últimos 40 anos.
Algumas ruas no centro, onde estão equipes e torcedores da F-1, já estão interditadas. O governo também proibiu o transporte fluvial. A ilha Margaret, centro cultural e esportivo de Budapeste, foi cercada com sacos de areia.
O setor mais atingido deve ser Római-part, no norte da capital, uma área ocupada por pequenas propriedades agrícolas. O autódromo de Hungaroring, a cerca de 15 km de Budapeste, não será afetado. A preocupação, porém, é com o deslocamento do pessoal de infra-estrutura da categoria.
"Só podemos torcer para que não chova mais nos próximos dias", disse hoje Agnes Kaiser, assessora de imprensa da FIA (entidade máxima do automobilismo). "Estamos hospedados em hotéis no centro e pudemos ver como o Danúbio está alto."
A previsão é de tempo seco até domingo, mas isso não deve ajudar muito. A alta do Danúbio é causada pelo escoamento das águas de outros regiões da Europa -em Bratislava, capital da Eslováquia, o rio atingiu 9,61 m hoje, maior marca desde 1954.
O primeiro treino livre para o GP da Hungria, 13ª etapa do Mundial, acontece amanhã. Sábado, às 8h (de Brasília), ocorre a definição do grid de largada.
"O circuito fica longe da cidade, então as águas não serão um grande problema para a corrida em si. Mas fiquei muito chocado com o que aconteceu em Dresden e em Praga", afirmou o pentacampeão Michael Schumacher.
As duas cidades, respectivamente referências históricas da Alemanha e da República Tcheca, foram as mais atingidas pelas enchentes. As chuvas mataram pelo menos 98 pessoas e deixaram cerca de cem desabrigadas.
Companheiro de Schumacher na Ferrari, Rubens Barrichello diz ter ficado impressionado com o nível do Danúbio. "Venho para cá desde 1993 e nunca tinha visto o rio desse jeito", declarou.
Para ele, as chuvas dos últimos dias trouxeram um desafio a mais para os pilotos: "A pista estará ainda mais suja do que nos últimos anos. Amanhã, vamos ter que aprender com o carro, ver como ele se comporta nessa situação. Vai ser bem difícil".
Neste final de semana, a Ferrari pode conquistar, pelo quarto ano seguido, o Mundial de Construtores. Hoje, a escuderia tem 65 pontos de vantagem sobre a Williams. Caso mantenha essa folga após a corrida, a escuderia italiana fechará a disputa pelo título.
Uma vitória de Schumacher ou Barrichello no domingo, por exemplo, bastará para a Ferrari.
Enchentes ameaçam GP da Hungria de F-1
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enviado da Folha a Budapeste
As enchentes dos últimos dias na Europa Central ameaçam complicar a organização da F-1 em Budapeste. O rio Danúbio, que corta a capital húngara, atingiu hoje 7,40 m e a expectativa é que chegue a 8,50 m sábado à noite, provocando alagamentos.
De acordo com os institutos de meteorologia, será o nível mais alto atingido nos últimos 40 anos.
Algumas ruas no centro, onde estão equipes e torcedores da F-1, já estão interditadas. O governo também proibiu o transporte fluvial. A ilha Margaret, centro cultural e esportivo de Budapeste, foi cercada com sacos de areia.
O setor mais atingido deve ser Római-part, no norte da capital, uma área ocupada por pequenas propriedades agrícolas. O autódromo de Hungaroring, a cerca de 15 km de Budapeste, não será afetado. A preocupação, porém, é com o deslocamento do pessoal de infra-estrutura da categoria.
"Só podemos torcer para que não chova mais nos próximos dias", disse hoje Agnes Kaiser, assessora de imprensa da FIA (entidade máxima do automobilismo). "Estamos hospedados em hotéis no centro e pudemos ver como o Danúbio está alto."
A previsão é de tempo seco até domingo, mas isso não deve ajudar muito. A alta do Danúbio é causada pelo escoamento das águas de outros regiões da Europa -em Bratislava, capital da Eslováquia, o rio atingiu 9,61 m hoje, maior marca desde 1954.
O primeiro treino livre para o GP da Hungria, 13ª etapa do Mundial, acontece amanhã. Sábado, às 8h (de Brasília), ocorre a definição do grid de largada.
"O circuito fica longe da cidade, então as águas não serão um grande problema para a corrida em si. Mas fiquei muito chocado com o que aconteceu em Dresden e em Praga", afirmou o pentacampeão Michael Schumacher.
As duas cidades, respectivamente referências históricas da Alemanha e da República Tcheca, foram as mais atingidas pelas enchentes. As chuvas mataram pelo menos 98 pessoas e deixaram cerca de cem desabrigadas.
Companheiro de Schumacher na Ferrari, Rubens Barrichello diz ter ficado impressionado com o nível do Danúbio. "Venho para cá desde 1993 e nunca tinha visto o rio desse jeito", declarou.
Para ele, as chuvas dos últimos dias trouxeram um desafio a mais para os pilotos: "A pista estará ainda mais suja do que nos últimos anos. Amanhã, vamos ter que aprender com o carro, ver como ele se comporta nessa situação. Vai ser bem difícil".
Neste final de semana, a Ferrari pode conquistar, pelo quarto ano seguido, o Mundial de Construtores. Hoje, a escuderia tem 65 pontos de vantagem sobre a Williams. Caso mantenha essa folga após a corrida, a escuderia italiana fechará a disputa pelo título.
Uma vitória de Schumacher ou Barrichello no domingo, por exemplo, bastará para a Ferrari.
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