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13/10/2002 - 21h31

Bernardinho tem a sua desforra contra a Rússia

da Folha Online

Passados vinte anos da perda do título Mundial para a URSS, Bernardinho não saiu do banco, mas conseguiu a desforra.

Em 1982, o levantador viu o titular da posição, William, e o time de Xandó, Montanaro e Renan ser derrotado no ginásio Luna Park, em Buenos Aires.

No mesmo palco, o técnico Bernardinho assistiu hoje à vitória da equipe brasileira de Nalbert, Giba e Maurício sobre a Rússia, que deu ao país o único título de expressão no vôlei masculino que ainda lhe faltava.

Se não foi um grande jogador, Bernardinho, 43, provou em sua carreira como técnico que é vitorioso.

Em 1988, foi convidado pelo então técnico Bebeto de Freitas para fazer parte da comissão técnica da seleção nos Jogos Olímpicos de Seul.

Após o trabalho na Olimpíada, foi para a Itália em 1989 com a missão de treinar a fraca equipe feminina do Perugia, que lutava contra o rebaixamento.

O time não caiu e, no ano seguinte, chegou ao vice-campeonato. A consagração veio em 1991, quando foi campeão da Copa da Itália e da Copa Européia.

A sequência de conquistas lhe rendeu convite para treinar pela primeira vez um time masculino, o Modena, onde ficou um ano.

Em 1993, de volta ao Brasil, foi convidado para assumir a seleção feminina. No ano seguinte, conquistaria o título do Grand Prix e a medalha de prata no Mundial.

Combinando seu temperamento explosivo com muito rigor nos treinamentos e um relacionamento estreito com as jogadoras fora da quadra -suas comandadas se disseram órfãs quando ele deixou o time-, o técnico alcançou suas principais conquistas.

Foi no comando de Fernanda Venturini -hoje sua mulher- Ana Moser e cia. que ganhou o bronze em Atlanta-1996.

Quatro anos depois, já com uma nova geração capitaneada por Leila, Virna e Fofão repetiu o feito nos Jogos Olímpicos de Sydney.

Neste período, ainda venceu a Superliga feminina pelo Rexona em 1997/1998 e 1999/2000.

No fim de 2000, após resultados ruins de Radamés Lattari, Bernardinho foi chamado pela Confederação Brasileira de Vôlei para assumir o time masculino.

Após oito anos no feminino, o treinador viu no convite a possibilidade de chegar a seu principal objetivo: o ouro olímpico.

Logo que assumiu o time, em 2001, pegou a base de Lattari e mesclou com jovens surpresas da Superliga -André Nascimento, Henrique e Escadinha.

Esta mescla somada às horas perdidas na madrugada em sessões de análises de vídeos dos adversários deram resultados logo no primeiro ano -venceu seis dos oito torneios que disputou- e o colocou novamente no banco de reservas da decisão do Mundial.

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