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26/11/2002
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09h16
Estava tudo pronto para Mustafá Contursi lançar em grande estilo mais uma vez a candidatura à presidência do Palmeiras. O "cerimonial" do clube fechou a pizzaria Gorducho, na capital paulista, para a festa.
Cerca de 180 dos quase 290 conselheiros comparecem à homenagem. Seguranças alviverdes, devidamente uniformizados, recepcionavam os convidados. Faltou apenas a estrela e o mentor do evento, o próprio Contursi.
Há uma década comandando com mão-de-ferro o Parque Antarctica, o dirigente resolveu marcar a festa de lançamento justamente no dia em que seu opositor, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, oficializava sua intenção de concorrer no pleito de 15 de janeiro.
A estratégia inicial de Contursi deu certo. Mesmo com um evento pomposo, no Circolo Italiano, que contou com a presença de palmeirenses ilustres como o secretário-executivo do Ministério do Esporte, José Luiz Portella, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o jornalista Joelmir Beting, apenas cerca de 40 conselheiros apareceram. Segundo a oposição, a festa não atraiu mais gente porque boa parte do Conselho Deliberativo tem medo de assumir o apoio a Belluzzo.
O candidato da oposição até ironizou a festa promovida por seu rival. "Aqui a gente não serve pizza, apresenta propostas."
Contursi, no entanto, conseguiu desagradar até a quem saiu de casa para lhe prestar homenagem. Entre os presentes à pizzaria Gorducho, o clima era de irritação e incredulidade. O ex-presidente do clube Carlos Facchina Nunes, com quem a oposição contava, não escondeu sua irritação.
Tentou, sem sucesso, comunicar-se com ele para tirar satisfação.
O presidente do Conselho, Cláudio Mezzarane, reservadamente reclamou.
Aos jornalistas, disse que o evento foi uma homenagem dos conselheiros a Contursi, que enfrenta seu pior momento no clube após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.
A festa serviria só para oficializar uma candidatura "colocada na rua" há uma semana. No dia seguinte ao vexame de Salvador, Contursi começou a ligar para conselheiros a fim de justificar outro mandato. "Fiz cair, vou fazer subir."
Luiz Carlos Pagnotta, um dos vices de Contursi, minimizou a ausência. "Ele teve um outro compromisso. A festa não teve conotação política. Foi apenas um encontro de amigos."
A reportagem deixou recado nos celulares de Contursi, que não respondeu aos recados.
Leia mais: Campeonato Brasileiro
Contursi falta a lançamento de sua candidatura
da Folha de S.PauloEstava tudo pronto para Mustafá Contursi lançar em grande estilo mais uma vez a candidatura à presidência do Palmeiras. O "cerimonial" do clube fechou a pizzaria Gorducho, na capital paulista, para a festa.
Cerca de 180 dos quase 290 conselheiros comparecem à homenagem. Seguranças alviverdes, devidamente uniformizados, recepcionavam os convidados. Faltou apenas a estrela e o mentor do evento, o próprio Contursi.
Há uma década comandando com mão-de-ferro o Parque Antarctica, o dirigente resolveu marcar a festa de lançamento justamente no dia em que seu opositor, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, oficializava sua intenção de concorrer no pleito de 15 de janeiro.
A estratégia inicial de Contursi deu certo. Mesmo com um evento pomposo, no Circolo Italiano, que contou com a presença de palmeirenses ilustres como o secretário-executivo do Ministério do Esporte, José Luiz Portella, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o jornalista Joelmir Beting, apenas cerca de 40 conselheiros apareceram. Segundo a oposição, a festa não atraiu mais gente porque boa parte do Conselho Deliberativo tem medo de assumir o apoio a Belluzzo.
O candidato da oposição até ironizou a festa promovida por seu rival. "Aqui a gente não serve pizza, apresenta propostas."
Contursi, no entanto, conseguiu desagradar até a quem saiu de casa para lhe prestar homenagem. Entre os presentes à pizzaria Gorducho, o clima era de irritação e incredulidade. O ex-presidente do clube Carlos Facchina Nunes, com quem a oposição contava, não escondeu sua irritação.
Tentou, sem sucesso, comunicar-se com ele para tirar satisfação.
O presidente do Conselho, Cláudio Mezzarane, reservadamente reclamou.
Aos jornalistas, disse que o evento foi uma homenagem dos conselheiros a Contursi, que enfrenta seu pior momento no clube após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro.
A festa serviria só para oficializar uma candidatura "colocada na rua" há uma semana. No dia seguinte ao vexame de Salvador, Contursi começou a ligar para conselheiros a fim de justificar outro mandato. "Fiz cair, vou fazer subir."
Luiz Carlos Pagnotta, um dos vices de Contursi, minimizou a ausência. "Ele teve um outro compromisso. A festa não teve conotação política. Foi apenas um encontro de amigos."
A reportagem deixou recado nos celulares de Contursi, que não respondeu aos recados.
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