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27/11/2002
-
08h39
da Folha de S.Paulo
Pelo segundo ano consecutivo, a tradicional prova de São Silvestre, realizada em 31 de dezembro, corre o risco de ficar sem a participação do atual campeão.
O vencedor de 2001, o etíope Tesfaye Jifar, 26, teve uma úlcera diagnosticada e depende da liberação médica para vir ao Brasil.
"[A viagem de Jifar] depende do diagnóstico médico e de suas condições físicas", disse à Folha, por telefone, o manager do corredor, o holandês Michel van Sluijs.
O empresário afirmou que a decisão deve sair na semana que vem. "No dia 1º [domingo], Jifar vai retornar à Etiópia. Então, discutiremos a participação ou não na prova", contou Van Sluijs.
O campeão de 2000 e pentacampeão da prova, o queniano Paul Tergat, desistiu de disputar a São Silvestre do ano passado porque passou a priorizar as maratonas.
Durante a Maratona de Nova York, no início do mês, Jifar liderava, mas desistiu quando estava na metade do percurso por causa de fortes dores no estômago.
Depois foi constatado que o etíope tinha úlcera. Ele foi internado no Hospital Geral de Massachussets, em Boston (EUA), onde foi realizado o diagnóstico. O fundista já deixou o hospital.
Mesmo não tendo completado a última Maratona de Nova York, Jifar mantém o melhor tempo da prova americana (2h07min43), conseguido no ano passado.
Naquela oportunidade, Jifar superou em 18 segundos a marca do tanzaniano Juma Ikangaa, que havia sido obtida em 1989.
Uma das consequências do problema de saúde enfrentado por Jifar em Nova York é o fato de ele ter sido obrigado a alterar a sua dieta. Agora, estaria impedido de comer alimentos condimentados ou de beber leite ou café.
A maratona em Nova York não foi a primeira prova em que Jifar enfrentou problemas estomacais.
Jifar disputou a corrida de São Silvestre-2001 sem estar em condições ideais. O fundista teve problemas estomacais nas 24 horas que antecederam a prova. O etíope passou mal depois de comer um prato da culinária nordestina.
A receita de Jifar para melhorar e ter condições de correr foi atípica: bebeu uma boa dose de vinho tinto, pois acredita que a bebida serviria para limpar o estômago.
Depois de vencer a São Silvestre em 2001, o etíope avisou que pretendia voltar a São Paulo. "Se me chamarem, venho novamente no ano que vem", disse ele à época.
Com a vitória, Jifar, além de ganhar um prêmio de R$ 12 mil, tornou-se o primeiro etíope a vencer a prova masculina da São Silvestre, com o tempo de 44min15s.
A compatriota Derartu Tulu foi a campeã entre as mulheres em 1994. Em 2000, Jifar fora terceiro colocado na prova paulistana.
Em 2001, o etíope foi medalha de prata no Mundial de Meia-Maratona, em Bristol (Inglaterra). Ele perdeu o ouro para seu compatriota Haile Gbrselassie.
Jifar é cego do olho direito por ter levado uma chifrada de um touro. Por isso, ao contrário do que é comum entre os africanos, não corre em grupo. Ele tem medo de ser ultrapassado pelo lado direito por um companheiro.
São Silvestre pode perder campeão de novo
EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo
Pelo segundo ano consecutivo, a tradicional prova de São Silvestre, realizada em 31 de dezembro, corre o risco de ficar sem a participação do atual campeão.
O vencedor de 2001, o etíope Tesfaye Jifar, 26, teve uma úlcera diagnosticada e depende da liberação médica para vir ao Brasil.
"[A viagem de Jifar] depende do diagnóstico médico e de suas condições físicas", disse à Folha, por telefone, o manager do corredor, o holandês Michel van Sluijs.
O empresário afirmou que a decisão deve sair na semana que vem. "No dia 1º [domingo], Jifar vai retornar à Etiópia. Então, discutiremos a participação ou não na prova", contou Van Sluijs.
O campeão de 2000 e pentacampeão da prova, o queniano Paul Tergat, desistiu de disputar a São Silvestre do ano passado porque passou a priorizar as maratonas.
Durante a Maratona de Nova York, no início do mês, Jifar liderava, mas desistiu quando estava na metade do percurso por causa de fortes dores no estômago.
Depois foi constatado que o etíope tinha úlcera. Ele foi internado no Hospital Geral de Massachussets, em Boston (EUA), onde foi realizado o diagnóstico. O fundista já deixou o hospital.
Mesmo não tendo completado a última Maratona de Nova York, Jifar mantém o melhor tempo da prova americana (2h07min43), conseguido no ano passado.
Naquela oportunidade, Jifar superou em 18 segundos a marca do tanzaniano Juma Ikangaa, que havia sido obtida em 1989.
Uma das consequências do problema de saúde enfrentado por Jifar em Nova York é o fato de ele ter sido obrigado a alterar a sua dieta. Agora, estaria impedido de comer alimentos condimentados ou de beber leite ou café.
A maratona em Nova York não foi a primeira prova em que Jifar enfrentou problemas estomacais.
Jifar disputou a corrida de São Silvestre-2001 sem estar em condições ideais. O fundista teve problemas estomacais nas 24 horas que antecederam a prova. O etíope passou mal depois de comer um prato da culinária nordestina.
A receita de Jifar para melhorar e ter condições de correr foi atípica: bebeu uma boa dose de vinho tinto, pois acredita que a bebida serviria para limpar o estômago.
Depois de vencer a São Silvestre em 2001, o etíope avisou que pretendia voltar a São Paulo. "Se me chamarem, venho novamente no ano que vem", disse ele à época.
Com a vitória, Jifar, além de ganhar um prêmio de R$ 12 mil, tornou-se o primeiro etíope a vencer a prova masculina da São Silvestre, com o tempo de 44min15s.
A compatriota Derartu Tulu foi a campeã entre as mulheres em 1994. Em 2000, Jifar fora terceiro colocado na prova paulistana.
Em 2001, o etíope foi medalha de prata no Mundial de Meia-Maratona, em Bristol (Inglaterra). Ele perdeu o ouro para seu compatriota Haile Gbrselassie.
Jifar é cego do olho direito por ter levado uma chifrada de um touro. Por isso, ao contrário do que é comum entre os africanos, não corre em grupo. Ele tem medo de ser ultrapassado pelo lado direito por um companheiro.
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