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21/12/2002
-
09h55
da Sucursal da Folha no Rio
Sem ter como pagar os cerca de US$ 250 milhões, a Globo Esportes já admite romper o contrato de transmissão da Copa do Mundo de 2006, que será disputada na Alemanha. O braço esportivo da emissora comunicou à Fifa que quer renegociar o contrato de transmissão da competição.
"Se não chegarmos a um acordo, vamos abrir mão. O valor é impagável", disse à Folha Júlio Mariz, diretor da empresa. A Globo Esportes detém os direitos exclusivos de exibição da Copa do Mundo da Alemanha no Brasil.
Pelo contrato, a Globo Esportes tem poderes para transmitir e negociar no país os direitos de transmissão da competição para a TV aberta, TV paga, rádio e internet. Pelo câmbio de ontem, o valor que a emissora teria que pagar é de cerca de R$ 870 milhões.
"Queremos rediscutir o contrato. Com as mudanças econômicas no mundo, o patamar dos direitos de transmissões mudou. Por isso, queremos chegar a um entendimento", acrescentou Mariz.
Segundo o executivo, se os valores não forem renegociados, "existem cláusulas" no contrato que permitem sua rescisão.
Os executivos do braço esportivo da Globo alegam que o valor fixado no contrato do Mundial de 2006 é irreal por causa da crise financeira do futebol mundial.
Há cerca de dois anos, com a quebra de uma série de empresas ligadas à comercialização do esporte, as cotas dos direitos de transmissão dos jogos de futebol estão caindo na maior parte do planeta. No Brasil, a emissora reviu quase todos os acordos com os clubes. O contrato do Brasileiro, que era indexado ao dólar, passou a ser corrigido pelo real.
Neste ano, a Globo Esportes comprou os direitos de transmissão das principais competições do país -Brasileiro, Copa do Brasil e Campeonato Paulista.
O anúncio da Globo Esportes é um claro recuo. Em 1998, a Rede Globo comprou em uma negociação inédita os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2002 e de 2006.
Na ocasião, o contrato foi anunciado como o maior assinado da história da TV mundial para transmissões de futebol -cerca de US$ 450 milhões.
Apesar de se recusar a pagar o contrato de transmissão da Copa da Alemanha, a Globo desembolsou cerca de US$ 220 milhões para transmitir o Mundial de 2002. "Naquela época, o mundo do esporte era outro. Além disso, pagamos quase tudo adiantado na assinatura do contrato", diz Mariz.
Caso a Globo Esportes não consiga chegar a um acordo sobre a renegociação do contrato, as chances de os torcedores brasileiros assistirem pela TV ao Mundial da Alemanha serão reduzidas.
As outras emissoras brasileiras dificilmente conseguirão comprar os direitos de transmissão do torneio. Na última Copa do Mundo, a Globo foi a única a exibir os jogos da competição para o país.
As outras emissoras não tiveram dinheiro suficiente para comprar os direitos das mãos da Globo Esportes.
Globo agora quer rever contrato da Copa
SÉRGIO RANGELda Sucursal da Folha no Rio
Sem ter como pagar os cerca de US$ 250 milhões, a Globo Esportes já admite romper o contrato de transmissão da Copa do Mundo de 2006, que será disputada na Alemanha. O braço esportivo da emissora comunicou à Fifa que quer renegociar o contrato de transmissão da competição.
"Se não chegarmos a um acordo, vamos abrir mão. O valor é impagável", disse à Folha Júlio Mariz, diretor da empresa. A Globo Esportes detém os direitos exclusivos de exibição da Copa do Mundo da Alemanha no Brasil.
Pelo contrato, a Globo Esportes tem poderes para transmitir e negociar no país os direitos de transmissão da competição para a TV aberta, TV paga, rádio e internet. Pelo câmbio de ontem, o valor que a emissora teria que pagar é de cerca de R$ 870 milhões.
"Queremos rediscutir o contrato. Com as mudanças econômicas no mundo, o patamar dos direitos de transmissões mudou. Por isso, queremos chegar a um entendimento", acrescentou Mariz.
Segundo o executivo, se os valores não forem renegociados, "existem cláusulas" no contrato que permitem sua rescisão.
Os executivos do braço esportivo da Globo alegam que o valor fixado no contrato do Mundial de 2006 é irreal por causa da crise financeira do futebol mundial.
Há cerca de dois anos, com a quebra de uma série de empresas ligadas à comercialização do esporte, as cotas dos direitos de transmissão dos jogos de futebol estão caindo na maior parte do planeta. No Brasil, a emissora reviu quase todos os acordos com os clubes. O contrato do Brasileiro, que era indexado ao dólar, passou a ser corrigido pelo real.
Neste ano, a Globo Esportes comprou os direitos de transmissão das principais competições do país -Brasileiro, Copa do Brasil e Campeonato Paulista.
O anúncio da Globo Esportes é um claro recuo. Em 1998, a Rede Globo comprou em uma negociação inédita os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2002 e de 2006.
Na ocasião, o contrato foi anunciado como o maior assinado da história da TV mundial para transmissões de futebol -cerca de US$ 450 milhões.
Apesar de se recusar a pagar o contrato de transmissão da Copa da Alemanha, a Globo desembolsou cerca de US$ 220 milhões para transmitir o Mundial de 2002. "Naquela época, o mundo do esporte era outro. Além disso, pagamos quase tudo adiantado na assinatura do contrato", diz Mariz.
Caso a Globo Esportes não consiga chegar a um acordo sobre a renegociação do contrato, as chances de os torcedores brasileiros assistirem pela TV ao Mundial da Alemanha serão reduzidas.
As outras emissoras brasileiras dificilmente conseguirão comprar os direitos de transmissão do torneio. Na última Copa do Mundo, a Globo foi a única a exibir os jogos da competição para o país.
As outras emissoras não tiveram dinheiro suficiente para comprar os direitos das mãos da Globo Esportes.
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