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02/01/2003 - 00h10

Vencedora da São Silvestre quer usar prêmio para ir ao Pan

EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo

A vencedora da 78ª São Silvestre, Marizete Rezende, que se queixou da política esportiva no país, planeja utilizar um prêmio pessoal para obter classificação para a maratona nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.

Na terça, a goiana, 28, venceu a tradicional corrida de rua em 54min02s, garantindo o bicampeonato feminino ao Brasil. A campeã de 2001, Maria Zeferina Balldaia, terminou em terceiro.

Marizete não definiu por meio de qual competição tentará garantir índice para o Pan deste ano.

"Ganhamos bilhetes aéreos para qualquer lugar da Europa como prêmio nos 10 km da USP, em São Carlos [231 km a noroeste de São Paulo], em novembro. Planejamos usá-los para obter índice para os Jogos Pan-Americanos", explica o marido e treinador de Marizete, Diamantino do Santos.

"A minha preferência é pela maratona de Roma, mas nada está definido. É melhor corrermos só duas maratonas. Caso ela consiga a classificação lá fora no início do ano, é provável que nem participemos da Maratona de São Paulo [prova que distribui vaga para o Pan]. Vamos nos resguardar para o Pan", acrescenta ele.

A fundista, no entanto, nutre esperanças de que não seja necessário utilizar a premiação, que poderia servir para uma viagem de lazer, para garantir a participação em alguma competição européia.

"Com essa vitória na São Silvestre, é possível que surjam convites [para maratonas]. Até agora não surgiu nada, mas vamos esperar um pouco para definir de qual delas vamos participar", diz Rezende. Caso isso acontecesse, poderia ir para os EUA ou para o Japão.

"Uma decisão final deve acontecer até o final do mês", diz Santos.

O melhor tempo de Rezende em maratonas foi registrado em 2001, na prova de Porto Alegre, 2h37min. Para obter a classificação para Santo Domingo, a fundista crê que necessitaria diminuir em um minuto tal marca.

Sobre a possibilidade de um brasileiro conquistar uma medalha olímpica na maratona, a fundista acredita ser ainda um "sonho distante". "Não é impossível, mas é muito difícil. A política esportiva não contribui", critica ela.

A vencedora da São Silvestre, que enfrentou um calor de 36 no momento da largada e que chegou somente 27 segundos à frente da segunda colocada, Adriana dos Santos, volta a competir no início da próxima semana, na segunda-feira, no Uruguai, em uma prova cujo percurso totaliza 10 km.

Para este ano a agenda de Rezende inclui, além das maratonas, a participação em cerca de dez provas de distâncias mais curtas.

Maria Zeferina Balldaia, 30, campeã do ano passado e terceira na edição deste ano, também tem como meta a maratona mas tampouco definiu qual disputará.

Leia mais: no especial da São Silvestre
 

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