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07/01/2003
-
19h17
da Folha de S.Paulo
Na próxima semana, Mustafá Contursi, 61, começará a galgar o caminho para tentar levar o Palmeiras de volta à elite do futebol brasileiro sem ter de marcar gols para isso. Essa será a prioridade de seu sexto mandato como presidente, obtido ontem, à frente do clube, "virar a mesa", compromisso assumido com seus correligionários durante a campanha.
Nem bem havia saído o resultado oficial nas urnas, que apontava a vitória de Contursi sobre o candidato da oposição, Luiz Gonzaga Belluzzo, 60, por uma larga margem, e o presidente reeleito já discursava em favor de uma manobra que recolocasse o Palmeiras na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
"Eu vou lutar para que isso [a volta à primeira divisão] aconteça já neste ano. A mesa está virada desde a Copa João Havelange", disse Contursi.
"Na semana que vem, vou à CBF para saber em quais condições o Palmeiras vai disputar o Brasileiro", declarou o presidente.
"Acho que o Palmeiras deve voltar ao seu legítimo lugar no futebol brasileiro", declarou o presidente, respondendo se tentaria uma virada de mesa.
Até o técnico palmeirense, Jair Picerni, foi orientado pela diretoria palmeirense a não falar sobre a disputa da Série B.
Antes mesmo do pleito, Contursi já admitia tentar a virada de mesa. Só não manifestou publicamente isso por temer perder alguns votos na eleição. Ontem, sacramentada a vitória nas urnas, conselheiros de situação, sorridentes, deixavam o salão nobre do Parque Antarctica certos de que o clube não será o "paladino da moralização".
Para eles, Contursi só irá "arrumar a mesa", não virá-la, ao recolocar o Palmeiras na Série A.
A missão palmeirense, contundo, não será fácil. Nem a CBF nem o Clube dos 13, associação que reúne as 20 principais agremiações do país, acreditam que há clima para uma virada de mesa.
Avaliam que, financeiramente, uma virada de mesa seria trágico para os clubes. Por isso, um movimento palmeirense nesse sentido não ganharia força.
"Não acredito nisso. O campeonato já está definido e não há mais o que mudar", disse o presidente do C13, Fábio Koff.
Na última reunião da entidade, em dezembro do ano passado, apenas o Botafogo-RJ havia falado na possibilidade de virada de mesa. Contursi, que também é vice-presidente do C13 e estava presente no encontro, teria se calado sobre o assunto.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que já acompanhou três viradas de mesa no Brasileiro sob sua gestão, já declarou, em reunião com presidentes de clubes, no ano passado, que não aceitará manifestações que defendam manobras para que clubes sejam reconduzidos à elite.
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Reeleito, Contursi vai à CBF para virar a mesa
EDUARDO ARRUDAda Folha de S.Paulo
Na próxima semana, Mustafá Contursi, 61, começará a galgar o caminho para tentar levar o Palmeiras de volta à elite do futebol brasileiro sem ter de marcar gols para isso. Essa será a prioridade de seu sexto mandato como presidente, obtido ontem, à frente do clube, "virar a mesa", compromisso assumido com seus correligionários durante a campanha.
Nem bem havia saído o resultado oficial nas urnas, que apontava a vitória de Contursi sobre o candidato da oposição, Luiz Gonzaga Belluzzo, 60, por uma larga margem, e o presidente reeleito já discursava em favor de uma manobra que recolocasse o Palmeiras na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
"Eu vou lutar para que isso [a volta à primeira divisão] aconteça já neste ano. A mesa está virada desde a Copa João Havelange", disse Contursi.
"Na semana que vem, vou à CBF para saber em quais condições o Palmeiras vai disputar o Brasileiro", declarou o presidente.
"Acho que o Palmeiras deve voltar ao seu legítimo lugar no futebol brasileiro", declarou o presidente, respondendo se tentaria uma virada de mesa.
Até o técnico palmeirense, Jair Picerni, foi orientado pela diretoria palmeirense a não falar sobre a disputa da Série B.
Antes mesmo do pleito, Contursi já admitia tentar a virada de mesa. Só não manifestou publicamente isso por temer perder alguns votos na eleição. Ontem, sacramentada a vitória nas urnas, conselheiros de situação, sorridentes, deixavam o salão nobre do Parque Antarctica certos de que o clube não será o "paladino da moralização".
Para eles, Contursi só irá "arrumar a mesa", não virá-la, ao recolocar o Palmeiras na Série A.
A missão palmeirense, contundo, não será fácil. Nem a CBF nem o Clube dos 13, associação que reúne as 20 principais agremiações do país, acreditam que há clima para uma virada de mesa.
Avaliam que, financeiramente, uma virada de mesa seria trágico para os clubes. Por isso, um movimento palmeirense nesse sentido não ganharia força.
"Não acredito nisso. O campeonato já está definido e não há mais o que mudar", disse o presidente do C13, Fábio Koff.
Na última reunião da entidade, em dezembro do ano passado, apenas o Botafogo-RJ havia falado na possibilidade de virada de mesa. Contursi, que também é vice-presidente do C13 e estava presente no encontro, teria se calado sobre o assunto.
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que já acompanhou três viradas de mesa no Brasileiro sob sua gestão, já declarou, em reunião com presidentes de clubes, no ano passado, que não aceitará manifestações que defendam manobras para que clubes sejam reconduzidos à elite.
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