Publicidade
Publicidade
10/02/2003
-
20h21
da Folha de S.Paulo
Um sócio americano, um piloto português e um orçamento estimado em US$ 6 milhões (cerca de R$ 21 milhões). Com essa estrutura, Emerson Fittipaldi, 56, retomou hoje sua aventura como dono de equipe em uma categoria de elite do automobilismo.
O anúncio foi hoje, em São Paulo, 21 anos após a quebra da Copersucar, sua escuderia na F-1.
Dessa vez, Emerson tentará a sorte na Indy, campeonato que "descobriu" em meados dos 80, abrindo caminho para uma legião de brasileiros nos anos seguintes. O nome do time será Fittipaldi-Dingman e o piloto, Tiago Monteiro, que em 2002 participou da F-3000 Internacional.
"É um dia muito feliz para o automobilismo brasileiro. É um momento importante para a Cart [entidade que organiza a Indy] e para mim, pessoalmente. Depois de correr por tanto tempo, estou pronto para competir do outro lado do muro, comandando uma equipe", afirmou Emerson, que deixou de correr em 1996 após um acidente no oval de Michigan.
O próprio Emerson classifica a estrutura do time, neste primeiro ano, de "modesta". Pelo menos nas primeiras provas, sua equipe terá apenas um carro. Dependendo de novos patrocinadores, porém, um novo carro pode ser disponibilizado ainda em 2003 para o brasileiro Hoover Orsi, campeão da F-Atlantic em 2001.
"Vai ser um início difícil, com objetivos bem modestos. Mas queremos crescer nos próximos três ou quatro anos", declarou.
A comparação com sua fracassada investida na F-1 foi inevitável. "O tipo de operação é diferente. Na F-1, o desafio é construir o próprio carro. Na Indy, a dificuldade é outra, pois os carros são todos iguais. A diferença está no piloto, no acerto do equipamento. E, com minha experiência como piloto, sei que posso ajudar."
A modéstia parece mesmo ser a marca do time. A começar por sua sede, em Indianápolis, dividindo espaço com a Conquest Racing, por onde correrá o brasileiro Mario Haberfeld. O chassi será o Reynard, usado por apenas 6 dos 19 carros do grid. Por fim, a Fittipaldi-Dingman não participou do Spring Training, o treino pré-temporada da Indy, que aconteceu na semana passada.
A única exceção parece mesmo ser o sócio de Emerson no projeto, o empresário americano James Dingman, 29. Sua família é uma das grandes acionistas da Ford, que será a única fornecedora de motores da Indy em 2003.
No mesmo evento, Emerson anunciou ainda a venda dos direitos de transmissão da Indy para a Rede TV!, que vai transmitir, ao vivo, todas as 19 etapas do campeonato desta temporada, diferentemente do SBT e da Record, que compraram os direitos da categoria nos últimos anos.
Emerson Fittipaldi anuncia equipe para a Indy 2003
FÁBIO SEIXASda Folha de S.Paulo
Um sócio americano, um piloto português e um orçamento estimado em US$ 6 milhões (cerca de R$ 21 milhões). Com essa estrutura, Emerson Fittipaldi, 56, retomou hoje sua aventura como dono de equipe em uma categoria de elite do automobilismo.
O anúncio foi hoje, em São Paulo, 21 anos após a quebra da Copersucar, sua escuderia na F-1.
Dessa vez, Emerson tentará a sorte na Indy, campeonato que "descobriu" em meados dos 80, abrindo caminho para uma legião de brasileiros nos anos seguintes. O nome do time será Fittipaldi-Dingman e o piloto, Tiago Monteiro, que em 2002 participou da F-3000 Internacional.
"É um dia muito feliz para o automobilismo brasileiro. É um momento importante para a Cart [entidade que organiza a Indy] e para mim, pessoalmente. Depois de correr por tanto tempo, estou pronto para competir do outro lado do muro, comandando uma equipe", afirmou Emerson, que deixou de correr em 1996 após um acidente no oval de Michigan.
O próprio Emerson classifica a estrutura do time, neste primeiro ano, de "modesta". Pelo menos nas primeiras provas, sua equipe terá apenas um carro. Dependendo de novos patrocinadores, porém, um novo carro pode ser disponibilizado ainda em 2003 para o brasileiro Hoover Orsi, campeão da F-Atlantic em 2001.
"Vai ser um início difícil, com objetivos bem modestos. Mas queremos crescer nos próximos três ou quatro anos", declarou.
A comparação com sua fracassada investida na F-1 foi inevitável. "O tipo de operação é diferente. Na F-1, o desafio é construir o próprio carro. Na Indy, a dificuldade é outra, pois os carros são todos iguais. A diferença está no piloto, no acerto do equipamento. E, com minha experiência como piloto, sei que posso ajudar."
A modéstia parece mesmo ser a marca do time. A começar por sua sede, em Indianápolis, dividindo espaço com a Conquest Racing, por onde correrá o brasileiro Mario Haberfeld. O chassi será o Reynard, usado por apenas 6 dos 19 carros do grid. Por fim, a Fittipaldi-Dingman não participou do Spring Training, o treino pré-temporada da Indy, que aconteceu na semana passada.
A única exceção parece mesmo ser o sócio de Emerson no projeto, o empresário americano James Dingman, 29. Sua família é uma das grandes acionistas da Ford, que será a única fornecedora de motores da Indy em 2003.
No mesmo evento, Emerson anunciou ainda a venda dos direitos de transmissão da Indy para a Rede TV!, que vai transmitir, ao vivo, todas as 19 etapas do campeonato desta temporada, diferentemente do SBT e da Record, que compraram os direitos da categoria nos últimos anos.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas
