Publicidade
Publicidade
27/02/2003
-
07h18
da Folha de S.Paulo
O São Paulo teve 27 minutos para tentar resolver o jogo do último domingo, vencer o Santo André e mudar seu rival pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista. Não o fez. E hoje, às 20h30, recebe o mesmo Santo André no Morumbi, com a vantagem de poder empatar para seguir no torneio.
Os jogadores, o técnico e a diretoria do Morumbi foram veementes nas negativas de terem armado um complô contra o Santos, que ficou de fora da segunda fase por causa do empate conquistado aos 24min do segundo tempo pelo time do ABC (o jogo teve dois minutos de acréscimo).
Concordaram, entretanto, que no final era melhor apostar no empate do que correr o risco de tomar um gol, perder, cair na classificação e ter que enfrentar o São Caetano fora de casa e sem vantagem nenhuma.
"Vocês acham que somos bobos. Todo mundo critica o São Paulo porque é um time que não sabe manter o resultado. Não conseguimos manter a vitória, mas mantivemos o empate, que era muito melhor do que a derrota", disse Kaká, que não esteve em campo naquela partida.
Sincero, o atacante Luis Fabiano, ao ser questionado sobre a sua saída logo depois de o time do ABC ter empatado o jogo, sorriu e disse: "As coisas estavam definidas, e eu não podia me arriscar a piorar as coisas para as fases seguintes. Estava com dores".
Também os números do Datafolha comprovam que o rendimento do time esteve aquém da média são-paulina nos demais jogos da primeira fase do Paulista.
Foram menos desarmes (108,4 x 89), menos finalizações (18,8 x 17), menos dribles (18,6 x 17), menos assistências (2,2 x 2) e menos lançamentos (4,8 x 4). O time trocou mais passes (302 x 367), mas sem muita objetividade ofensiva.
Se for levada em conta a performance da equipe depois do gol de empate do time do ABC, a discrepância é ainda maior. O São Paulo tentou apenas uma vez, com uma finalização correta de Ricardinho, vencer o goleiro Júlio César.
Apesar de ter sido eleito um rival mais fácil de bater do que o São Caetano, o Santo André é temido pelos são-paulinos.
"[No domingo] eles pararam, passaram a tocar a bola, porque o empate estava bom para eles", declarou Ricardinho.
O temor é proporcional às eventuais críticas que o time receberá caso vença fácil o Santo André, mesmo time que conseguiu empatar um jogo no Morumbi depois de estar perdendo por 2 a 0 ao fim do primeiro tempo.
"Naquele dia pensávamos em consolidar a nossa classificação, e quinta vai ser igual", disse o técnico Oswaldo de Oliveira.
Já o Santo André vai ao Morumbi cercado de mistério. O time realizou dois treinos secretos para o jogo desta noite. O técnico Luiz Carlos Ferreira acredita ter múltiplas formações para a equipe, mas só vai revelar a equipe, mesmo aos jogadores, na hora de entrar em campo.
"Senti uma certa timidez, por parte de alguns jogadores mais novos, na partida do último domingo. A escalação do time vai ser baseada na coragem."
SÃO PAULO
Rogério; Leonardo, Jean, Régis e Gustavo Nery; Maldonado, Fábio Simplício e Ricardinho; Reinaldo, Luis Fabiano e Itamar
Técnico: Oswaldo de Oliveira
SANTO ANDRÉ
J. Cesar; Alexandre, Marcão, Silvio Criciúma e Richarlyson (Romerito); Ramalho, Sérgio Soares, Douglas (Perdigão) e Aílton; Romerito (Wesley Brasília) e Nunes (Denni)
Técnico: Luiz Carlos Ferreira
Estádio: Morumbi, em São Paulo
Horário: 20h30
Juiz: Luis Marcelo Vicentin Cansian
Especial
Campeonato Paulista
São Paulo enfrenta o "escolhido" Santo André por vaga nas semifinais
MARÍLIA RUIZda Folha de S.Paulo
O São Paulo teve 27 minutos para tentar resolver o jogo do último domingo, vencer o Santo André e mudar seu rival pelas quartas-de-final do Campeonato Paulista. Não o fez. E hoje, às 20h30, recebe o mesmo Santo André no Morumbi, com a vantagem de poder empatar para seguir no torneio.
Os jogadores, o técnico e a diretoria do Morumbi foram veementes nas negativas de terem armado um complô contra o Santos, que ficou de fora da segunda fase por causa do empate conquistado aos 24min do segundo tempo pelo time do ABC (o jogo teve dois minutos de acréscimo).
Concordaram, entretanto, que no final era melhor apostar no empate do que correr o risco de tomar um gol, perder, cair na classificação e ter que enfrentar o São Caetano fora de casa e sem vantagem nenhuma.
"Vocês acham que somos bobos. Todo mundo critica o São Paulo porque é um time que não sabe manter o resultado. Não conseguimos manter a vitória, mas mantivemos o empate, que era muito melhor do que a derrota", disse Kaká, que não esteve em campo naquela partida.
Sincero, o atacante Luis Fabiano, ao ser questionado sobre a sua saída logo depois de o time do ABC ter empatado o jogo, sorriu e disse: "As coisas estavam definidas, e eu não podia me arriscar a piorar as coisas para as fases seguintes. Estava com dores".
Também os números do Datafolha comprovam que o rendimento do time esteve aquém da média são-paulina nos demais jogos da primeira fase do Paulista.
Foram menos desarmes (108,4 x 89), menos finalizações (18,8 x 17), menos dribles (18,6 x 17), menos assistências (2,2 x 2) e menos lançamentos (4,8 x 4). O time trocou mais passes (302 x 367), mas sem muita objetividade ofensiva.
Se for levada em conta a performance da equipe depois do gol de empate do time do ABC, a discrepância é ainda maior. O São Paulo tentou apenas uma vez, com uma finalização correta de Ricardinho, vencer o goleiro Júlio César.
Apesar de ter sido eleito um rival mais fácil de bater do que o São Caetano, o Santo André é temido pelos são-paulinos.
"[No domingo] eles pararam, passaram a tocar a bola, porque o empate estava bom para eles", declarou Ricardinho.
O temor é proporcional às eventuais críticas que o time receberá caso vença fácil o Santo André, mesmo time que conseguiu empatar um jogo no Morumbi depois de estar perdendo por 2 a 0 ao fim do primeiro tempo.
"Naquele dia pensávamos em consolidar a nossa classificação, e quinta vai ser igual", disse o técnico Oswaldo de Oliveira.
Já o Santo André vai ao Morumbi cercado de mistério. O time realizou dois treinos secretos para o jogo desta noite. O técnico Luiz Carlos Ferreira acredita ter múltiplas formações para a equipe, mas só vai revelar a equipe, mesmo aos jogadores, na hora de entrar em campo.
"Senti uma certa timidez, por parte de alguns jogadores mais novos, na partida do último domingo. A escalação do time vai ser baseada na coragem."
SÃO PAULO
Rogério; Leonardo, Jean, Régis e Gustavo Nery; Maldonado, Fábio Simplício e Ricardinho; Reinaldo, Luis Fabiano e Itamar
Técnico: Oswaldo de Oliveira
SANTO ANDRÉ
J. Cesar; Alexandre, Marcão, Silvio Criciúma e Richarlyson (Romerito); Ramalho, Sérgio Soares, Douglas (Perdigão) e Aílton; Romerito (Wesley Brasília) e Nunes (Denni)
Técnico: Luiz Carlos Ferreira
Estádio: Morumbi, em São Paulo
Horário: 20h30
Juiz: Luis Marcelo Vicentin Cansian
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas