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30/09/2000 - 15h25

Luxemburgo é intimado a depor na segunda-feira

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da Sucursal do Rio

O técnico da seleção, Wanderley Luxemburgo, terá de depor na segunda-feira à Polícia Federal, no inquérito que apura se ele cometeu crime de falsidade ideológica.

O treinador, que teria 48 anos, usa uma carteira de identidade cuja data de nascimento é 10 de maio de 1955, o que corresponderia a 45 anos de idade.

A Polícia Federal investiga se ele teria usado uma carteira falsa para expedir o seu passaporte. A pena para o crime de falsidade ideológica é de um a cinco anos de prisão.

"Estamos verificando se ele fez uso de documento inidôneo na confecção do passaporte. Notificaremos o advogado de Luxemburgo para que ele se apresente na segunda-feira", disse à reportagem o delegado da PF Victor Hugo Poubel, responsável pelo caso.

Luxemburgo é acusado de ter adulterado a sua identidade para atuar como "gato" _jogador com idade acima da permitida_ em divisões de base.
A intimação será entregue hoje ou amanhã ao advogado Michel Assef, que defende Luxemburgo.

Uma possível falsificação de documentos na época em que era jogador não pode mais ser punida. Por isso, a PF investiga o caso do passaporte, que, de acordo com Poubel, "é recente".

O delegado não soube precisar a data de expedição do passaporte de Luxemburgo, mas disse que, se tiver havido irregularidade, o crime ainda não teria prescrito.

O técnico já depôs à PF no último dia 3, quando embarcou para a Olimpíada de Sydney. Segundo Poubel, Luxemburgo lhe afirmou que nascera em 1955, como está impresso em sua carteira de identidade e em seu passaporte.

A Polícia está investigando cartórios e casas de saúde onde o treinador possa ter sido registrado ao nascer para checar os dados.

Procurado pela reportagem ontem, Assef não foi encontrado. No último dia 4, quando foi questionado a respeito da possibilidade de Luxemburgo ter diminuído a sua idade em três anos, o advogado não descartou a hipótese.

"Se for o caso, vou agir para retificar isso." Assef afirmou que, caso Luxemburgo tenha atuado como "gato", ele seria inimputável mesmo à época.

O treinador da seleção brasileira responde atualmente também a inquérito na Justiça Federal, sob a acusação de sonegação fiscal entre os anos de 1993 e 1997.

A estudante Renata Carla Moura Alves, que afirma ter trabalhado para o treinador e o acusa de sonegação e de participação na compra e venda de jogadores, também está sendo investigada.

Luxemburgo e Renata terão de depor à juíza Valéria Caldi Magalhães, da 8ª Vara Federal Criminal do Rio, no próximo dia 16.

Ambos foram denunciados com base na lei contra a ordem tributária. A pena estabelecida é de dois a cinco anos de prisão, além de pagamento de multa.

Leia também:
  • Documentos provam sonegação fiscal de Luxemburgo


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