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07/03/2003 - 08h32

Justiça investiga crédito da FPF dado à federação de MG

da Folha de S.Paulo

Não é só para clubes que a FPF costuma fazer empréstimos. Um dos mais notórios e que mais dor de cabeça tem dado para Eduardo José Farah foi o dado à FMF (Federação Mineira de Futebol).

Em 1997, a entidade paulista emprestou R$ 1,5 milhão para a FMF, numa operação que até hoje não está bem explicada e que foi alvo de investigações das CPIs no Congresso.

Desde então, Elmer Guilherme, presidente da federação mineira, tem dado uma série de declarações contraditórias sobre o negócio com a FPF.

Em uma delas disse que a FMF ficou de devolver o dinheiro aos paulistas com juros de 2,5% ao mês. Em outra, que não haveria cobrança de juros e que se tratava de um negócio de co-irmãos, apesar de prejudicial, neste caso, ao futebol paulista e não ao mineiro.

Paulo Machado, delegado da área fazendária da Superintendência da PF em Minas Gerais, lembra que entidades como a FPF não poderiam fazer empréstimos com juros -seus dirigentes correriam o risco de responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional- e que houve, na verdade, uma operação triangular, da qual teria tomado parte também a CBF.

Como os mineiros não pagaram a dívida de R$ 1,5 milhão aos paulistas, a Confederação Brasileira de Futebol teria assumido, sem maiores explicações, o ônus de quitá-la.

Apesar de a Justiça já ter determinado o afastamento imediato de Elmer Guilherme da presidência da FMF, ele, Farah e Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, continuam na mira da Polícia Federal.

Ela acredita que, no caso do empréstimo dos paulistas aos mineiros, FPF, FMF e CBF podem estar envolvidos numa remessa ilegal de divisas ao exterior na ordem de US$ 3,5 milhões. A CBF nega participação na remessa investigada pela PF e diz que quando empresta dinheiro a clubes e federações jamais cobra juros.

 

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