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24/03/2003
-
18h30
da Folha de S.Paulo, em Madri
Há um mês, soaria como ficção. Mas é a fria realidade, após duas etapas da nova F-1: a Ferrari começa a partir desta terça, no circuito de Barcelona, na Espanha, a procurar uma salvação, a buscar uma saída para reagir no campeonato.
Batida pela McLaren na Austrália, no início do mês, e na Malásia, no domingo, a escuderia italiana fará um esforço concentrado.
Escalou para o trabalho, até sexta-feira, seus quatro pilotos: os titulares, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, e os de testes, Felipe Massa e Luca Badoer.
E trouxe para a Espanha dois carros. Uma unidade do F2002, que ganhou o último Mundial, e uma do F2003-GA, o modelo novo, que ainda não comprovou ser confiável o bastante para estrear.
É justamente esse o dilema ferrarista. O time sabe que o carro antigo não é páreo para o MP4/ 17D, da McLaren -na Malásia, Barrichello terminou a corrida 39s286 atrás de Kimi Raikkonen, o vencedor. Uma "eternidade" para os padrões da F-1.
Mas a Ferrari está consciente, também, que o novo modelo dificilmente aguentaria o ritmo de um GP. Em 12 sessões de testes, o F2003-GA só completou 1.770 km e apresentou problemas em três ocasiões. Em duas delas, panes mecânicas causaram acidentes.
Por enquanto, a equipe prefere não arriscar. Planeja levar o F2002 para o GP Brasil, próxima etapa do campeonato, na semana que vem. A estréia do F2003-GA deve acontecer apenas nas etapas de San Marino ou da Espanha.
Os discursos do time, porém, já não são tão incisivos como antes da Malásia. Caso o novo carro complete os quatro dias de testes em Barcelona sem apresentar problemas, os planos podem ser alterados e a Ferrari pode mandar uma unidade para Interlagos.
Em Sepang, após a corrida, Jean Todt, diretor esportivo da Ferrari, tentou dissimular. "Sim, estou preocupado. Mas é meu jeito, é meu temperamento. Fico assim mesmo quando a Ferrari vence. Não há nenhum motivo para pânico", declarou, aos jornalistas.
Barrichello, que nesta terça deve pilotar o F2003-GA pela primeira vez, acredita que o F2002 ainda tem fôlego. "Acho que ainda não é a hora de usar o carro novo. Precisamos fazer mais alguns testes."
Enquanto a Ferrari tenta resolver seus problemas, a concorrência comemora os resultados do novo regulamento da categoria.
Hoje, a McLaren lidera o Mundial de Construtores, com 26 pontos. Ferrari e Renault vêm em seguida, empatadas com 16.
No Mundial de Pilotos, Kimi Raikkonen e David Coulthard, da McLaren, têm 16 e 10 pontos, respectivamente. Barrichello e Schumacher têm 8 pontos cada um -o brasileiro, porém, leva vantagem nos critérios de desempate.
Outros quatro times testarão nesta semana em Barcelona: Williams, McLaren, Toyota e BAR.
Ferrari começa a buscar salvação no Mundial de F-1
FÁBIO SEIXASda Folha de S.Paulo, em Madri
Há um mês, soaria como ficção. Mas é a fria realidade, após duas etapas da nova F-1: a Ferrari começa a partir desta terça, no circuito de Barcelona, na Espanha, a procurar uma salvação, a buscar uma saída para reagir no campeonato.
Batida pela McLaren na Austrália, no início do mês, e na Malásia, no domingo, a escuderia italiana fará um esforço concentrado.
Escalou para o trabalho, até sexta-feira, seus quatro pilotos: os titulares, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, e os de testes, Felipe Massa e Luca Badoer.
E trouxe para a Espanha dois carros. Uma unidade do F2002, que ganhou o último Mundial, e uma do F2003-GA, o modelo novo, que ainda não comprovou ser confiável o bastante para estrear.
É justamente esse o dilema ferrarista. O time sabe que o carro antigo não é páreo para o MP4/ 17D, da McLaren -na Malásia, Barrichello terminou a corrida 39s286 atrás de Kimi Raikkonen, o vencedor. Uma "eternidade" para os padrões da F-1.
Mas a Ferrari está consciente, também, que o novo modelo dificilmente aguentaria o ritmo de um GP. Em 12 sessões de testes, o F2003-GA só completou 1.770 km e apresentou problemas em três ocasiões. Em duas delas, panes mecânicas causaram acidentes.
Por enquanto, a equipe prefere não arriscar. Planeja levar o F2002 para o GP Brasil, próxima etapa do campeonato, na semana que vem. A estréia do F2003-GA deve acontecer apenas nas etapas de San Marino ou da Espanha.
Os discursos do time, porém, já não são tão incisivos como antes da Malásia. Caso o novo carro complete os quatro dias de testes em Barcelona sem apresentar problemas, os planos podem ser alterados e a Ferrari pode mandar uma unidade para Interlagos.
Em Sepang, após a corrida, Jean Todt, diretor esportivo da Ferrari, tentou dissimular. "Sim, estou preocupado. Mas é meu jeito, é meu temperamento. Fico assim mesmo quando a Ferrari vence. Não há nenhum motivo para pânico", declarou, aos jornalistas.
Barrichello, que nesta terça deve pilotar o F2003-GA pela primeira vez, acredita que o F2002 ainda tem fôlego. "Acho que ainda não é a hora de usar o carro novo. Precisamos fazer mais alguns testes."
Enquanto a Ferrari tenta resolver seus problemas, a concorrência comemora os resultados do novo regulamento da categoria.
Hoje, a McLaren lidera o Mundial de Construtores, com 26 pontos. Ferrari e Renault vêm em seguida, empatadas com 16.
No Mundial de Pilotos, Kimi Raikkonen e David Coulthard, da McLaren, têm 16 e 10 pontos, respectivamente. Barrichello e Schumacher têm 8 pontos cada um -o brasileiro, porém, leva vantagem nos critérios de desempate.
Outros quatro times testarão nesta semana em Barcelona: Williams, McLaren, Toyota e BAR.
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