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05/04/2003
-
00h06
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liberar a propaganda de cigarro no GP Brasil de F-1 causou constrangimento no Congresso, palco das acirradas disputas políticas e ideológicas que resultaram na Lei Antitabaco, aprovada em 2000.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), evitaram comentar o assunto dizendo, pela manhã, que não tinham conhecimento sobre os detalhes da medida provisória publicada na sexta.
Diante da insistência dos repórteres, usaram como argumento final para não falarem sobre o assunto o fato de não fumarem. "Eu nem fumo, então não posso falar sobre isso", disse Sarney.
Já o deputado Jutahy Júnior (BA), líder do PSDB na Câmara, afirmou ter considerado "vergonhosa" a atitude do governo. "É uma vergonha, nunca vi na minha vida uma demonstração de fraqueza tão grande", afirmou ele, que foi o relator do projeto na Casa.
Segundo o deputado, as equipes vieram ao país dispostas a cumprir a lei, mas, "ao perceberem que havia fragilidade e gente disposta a atender aos interesses do lobby tabagista", teriam mudado de posição.
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo na Câmara, procurou defender a posição do Planalto afirmando que as ressalvas da MP para que sejam veiculadas as advertências antifumo, durante a transmissão, fizeram o espírito da lei ser respeitado.
"A realização do GP no Brasil foi uma grande conquista e tem uma importante dimensão comercial", afirmou o deputado.
Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Esporte, responsável pelo autódromo de Interlagos e pela promoção da corrida, a prefeita Marta Suplicy (PT) não se pronunciaria.
MP que permite cirgarro no GP Brasil causa constrangimento
RANIER BRAGONda Folha de S.Paulo, em Brasília
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de liberar a propaganda de cigarro no GP Brasil de F-1 causou constrangimento no Congresso, palco das acirradas disputas políticas e ideológicas que resultaram na Lei Antitabaco, aprovada em 2000.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), evitaram comentar o assunto dizendo, pela manhã, que não tinham conhecimento sobre os detalhes da medida provisória publicada na sexta.
Diante da insistência dos repórteres, usaram como argumento final para não falarem sobre o assunto o fato de não fumarem. "Eu nem fumo, então não posso falar sobre isso", disse Sarney.
Já o deputado Jutahy Júnior (BA), líder do PSDB na Câmara, afirmou ter considerado "vergonhosa" a atitude do governo. "É uma vergonha, nunca vi na minha vida uma demonstração de fraqueza tão grande", afirmou ele, que foi o relator do projeto na Casa.
Segundo o deputado, as equipes vieram ao país dispostas a cumprir a lei, mas, "ao perceberem que havia fragilidade e gente disposta a atender aos interesses do lobby tabagista", teriam mudado de posição.
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo na Câmara, procurou defender a posição do Planalto afirmando que as ressalvas da MP para que sejam veiculadas as advertências antifumo, durante a transmissão, fizeram o espírito da lei ser respeitado.
"A realização do GP no Brasil foi uma grande conquista e tem uma importante dimensão comercial", afirmou o deputado.
Segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Esporte, responsável pelo autódromo de Interlagos e pela promoção da corrida, a prefeita Marta Suplicy (PT) não se pronunciaria.
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