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Roteiro da Copa das Confederações exclui ícone africano
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EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo, na África do Sul
A casa em que viveu Nelson Mandela, o maior líder sul-africano em todos os tempos, anda vazia. Seus poucos cômodos, que contam em fotos, vídeos, áudios e objetos um pouco da história do homem que simbolizou o fim do apartheid no país, têm recebido poucas visitas ultimamente.
O endereço mais famoso da África do Sul, a Vilakazi Street, onde Mandela morou por mais de 15 anos, foi alijado do roteiro da Copa do Mundo.
E a Copa das Confederações, que começará no domingo, tem sido um ótimo termômetro para isso. A bolha de segurança arquitetada pelas autoridades, preocupadas com a onda de violência no país, exclui seu bairro mais simbólico.
Pesquisa divulgada pelo governo constatou que o crime é a razão mais forte pela qual visitantes evitariam o país durante o Mundial do próximo ano.
A visita ao Soweto, distrito nas cercanias de Johannesburgo, não é recomendada por quem cuida da segurança nos campeonatos da Fifa.
Apesar disso, o local ganhou investimentos nos últimos meses, como restaurantes e hotéis, de gente que busca faturar com os visitantes durante a Copa.
No entanto a preocupação em expor os visitantes a áreas consideradas de risco tem sido um empecilho para o desenvolvimento da área.
"Minha concepção de violência é diferente. Soweto hoje é um lugar tranquilo para os turistas, mas muita gente não tem coragem de vir aqui", afirma Ishmail Mbhokodo, gerente da Casa Mandela.
Os índices de criminalidade de Soweto, onde vivem cerca de 3 milhões de pessoas, estão entre os mais altos do país, apesar de terem diminuído.
"Existe ainda uma percepção da velha Soweto, que é conhecida pelos conflitos ocorridos durante o apartheid, mas há muitas coisas positivas por aqui", afirma Anastacia Makgato, que transformou sua casa em um pequeno hotel.
Reservas para a Copa das Confederações? "Eu não tenho mais esperança", diz ela, ressaltando que o distrito carrega uma fama "injusta".
Apesar disso, Anastacia confidencia instruir seus hóspedes a não andar desacompanhados pelo lugar durante a noite.
Khulani Vilakazi, que tem um sofisticado restaurante no Soweto e é neto do homem que deu nome à rua habitada entre 1946 e 1961 por Nelson Mandela, culpa as operadoras de turismo por "não dar aos visitantes estrangeiros a verdadeira experiência em Soweto".
"Pessoas não querem ficar, mas querem fazer turismo aqui. Preferem ficar na cidade por causa do estigma de que aqui não é seguro", diz.
Mbhokodo, o gerente da Casa Mandela, acredita que existe uma ação em conjunto no distrito para mudar a imagem de Soweto para o mundo.
"Temos certeza de que vamos impulsionar nosso potencial turístico por aqui. Essa é uma África que não pode ser esquecida jamais", discursa ele, enquanto apenas duas garotas turcas são as primeiras turistas, em horas, a visitar a casa do líder sul-africano.
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Em partes podemos concordar com ele, mas precisamos dar méritos ao povo sudafricano, pois se esforçaram ao máximo p/ conseguir sediar a copa. A questão vai mais além da segurança, existe na FIFA um preconceito racial, e que não é exposto pois a federação africana esta bem e tem várias seleções classificadas p/ 2010, mas como nações tem seus prô contra, a violência naquele continente não tem prazo nem limíte p/ acabar, são conflitos que vão além de fronteiras, são étnicos e se alastram por anos de história. Acredito que mesmo com tudo que esta sendo feito pela segurança da África do Sul, não vai ser sufiente, podemos esperar que algo aconteça.
Sobre futuras copas, a FIFA precisa entender que outros continentes fora o Europeu, podem sediar uma copa, não se pode descriminar tanto assim, se a Alemanha gastou U$ 1 Bilhão p/ construir um estádio, no Brasil podemos faezr o mesmo com a metáde do preço, ou quem sabe em 2030 conforme á interesse do Uruguai//Argentina querem sediar, se pode sim, porque não????
A FIFA precisa ser mais DEMOCRÁTICA
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