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06/04/2003
-
00h31
LÚCIO RIBEIRO
TATIANA CUNHA
da Folha de S.Paulo
O piloto Rubens Barrichello estava um pouco errado quando declarou que todos na F-1 têm medo de vir para o GP brasileiro, por causa da incontida violência do país no geral, da cidade de São Paulo em particular.
Pelo menos um deles, o piloto Juan Pablo Montoya, da Williams, não tem.
"Eu não. Sou colombiano!", declarou o piloto, sem nem se esforçar para explicar a questão segurança (ou a absurda falta de) no país onde nasceu.
Mas outros têm, mesmo, bastante pavor da cidade que voltou a receber a corrida em 1990.
"Só vou do hotel para a pista e da pista para o hotel. E não traria minha família para o Brasil por esse motivo", falou o canadense Jacques Villeneuve, da BAR.
Barrichello afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que todos da F-1 comentavam com ele sobre o receio de vir ao país. E que ele aconselhava:
"Não saia com jóias na rua".
O medo da F-1 diante da perigosa capital paulista até extrapola as pistas de corrida.
A repórter Louise Goodman, da emissora inglesa ITV e ex-assessora de imprensa da equipe Williams, diz que a cidade não é das mais preferidas no calendário do automobilismo mundial.
"É impossível ignorar os sinais de pobreza por toda a volta", escreveu a repórter da TV, em sua coluna quinzenal no site da emissora na internet.
"A estrada que leva ao autódromo é cheia de favelas. Vários membros das equipes foram ameaçados com revólver aqui, anos atrás. E o caminho para o trabalho pode ser assustador mesmo sem o medo dos assaltos no trajeto", relatou Goodman.
"As estradas têm um buraco atrás do outro, em alguns deles cabem um pequeno carro dentro, e os motoristas brasileiros estão entre os mais loucos que eu já encontrei em todos estes anos de F-1", prosseguiu a jornalista, em sua descrição.
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Violência em São Paulo assusta estrangeiros
FÁBIO SEIXASLÚCIO RIBEIRO
TATIANA CUNHA
da Folha de S.Paulo
O piloto Rubens Barrichello estava um pouco errado quando declarou que todos na F-1 têm medo de vir para o GP brasileiro, por causa da incontida violência do país no geral, da cidade de São Paulo em particular.
Pelo menos um deles, o piloto Juan Pablo Montoya, da Williams, não tem.
"Eu não. Sou colombiano!", declarou o piloto, sem nem se esforçar para explicar a questão segurança (ou a absurda falta de) no país onde nasceu.
Mas outros têm, mesmo, bastante pavor da cidade que voltou a receber a corrida em 1990.
"Só vou do hotel para a pista e da pista para o hotel. E não traria minha família para o Brasil por esse motivo", falou o canadense Jacques Villeneuve, da BAR.
Barrichello afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que todos da F-1 comentavam com ele sobre o receio de vir ao país. E que ele aconselhava:
"Não saia com jóias na rua".
O medo da F-1 diante da perigosa capital paulista até extrapola as pistas de corrida.
A repórter Louise Goodman, da emissora inglesa ITV e ex-assessora de imprensa da equipe Williams, diz que a cidade não é das mais preferidas no calendário do automobilismo mundial.
"É impossível ignorar os sinais de pobreza por toda a volta", escreveu a repórter da TV, em sua coluna quinzenal no site da emissora na internet.
"A estrada que leva ao autódromo é cheia de favelas. Vários membros das equipes foram ameaçados com revólver aqui, anos atrás. E o caminho para o trabalho pode ser assustador mesmo sem o medo dos assaltos no trajeto", relatou Goodman.
"As estradas têm um buraco atrás do outro, em alguns deles cabem um pequeno carro dentro, e os motoristas brasileiros estão entre os mais loucos que eu já encontrei em todos estes anos de F-1", prosseguiu a jornalista, em sua descrição.
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