Na África do Sul, seleção brasileira rejeita favoritismo da Espanha

Um assunto tem incomodado os jogadores da seleção brasileira na África do Sul: o rótulo dado à Espanha de melhor time do mundo hoje.

Os atuais campeões europeus lideram o ranking da Fifa e chegaram a África como favoritos ao título da Copa das Confederações.

Ao contrário do técnico Dunga, que concorda com a badalação sobre a Espanha, os jogadores dizem que a fama do rival não se justifica.

"A Espanha tem jogado bem, mas não acho que possa ser considerada a melhor. Para isso, tem que ganhar a Copa do Mundo", afirmou o atacante Luis Fabiano, que atua pelo espanhol Sevilla.

O volante Felipe Mello, da Fiorentina, concorda com o colega. E diz não entender os motivos que levam os espanhóis a liderar o ranking.

"Acho que, se somos pentacampeões, eles [espanhóis] é que têm de temer a gente", disse o jogador, após ser questionado se o time brasileiro tinha receio de enfrentá-los em uma eventual final.

Já o lateral Daniel Alves, que atua no Barcelona, afirma que o adversário a ser batido pelo Brasil é a Itália.
A Espanha chega à África do Sul desfalcada dos contundidos Iniesta e Marcos Senna, que ajudaram o time na conquista da Eurocopa.

Se não concordam com Dunga em relação ao favoritismo da Espanha, os jogadores da seleção dizem estar muito alinhados com a filosofia do técnico.

"Somos 23 Dungas dentro da seleção", disse Maicon, lateral da Inter de Milão, que evitou falar sobre as transferências do futebol europeu.

Apesar de recuperado de problema muscular, Maicon perdeu a vaga para Daniel Alves no time titular no coletivo realizado ontem.

"Aqui eu só falo sobre seleção", afirmou também Felipe Mello, demonstrando seguir a cartilha de Dunga. O técnico proibiu que Kaká falasse sobre sua contratação pelo Real Madrid durante a Copa das Confederações.