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19/06/2009 - 09h43

Dunga elogia desempenho do Brasil após vitória contra os EUA

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EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, na África do Sul

Gol de bola parada, em contra-ataque e depois de bela tabela. Toque de bola quase perfeito, o ataque rival controlado, "fair play". O Brasil de Dunga, quase sempre criticado pelo pobre futebol, teve ontem, em Pretória, atuação de gala na vitória por 3 a 0 sobre os EUA.

O placar deixou o time muito perto das semifinais da Copa das Confederações da África do Sul. No domingo, contra a Itália, atual campeã mundial, precisa apenas de um empate para avançar como líder da chave, o que provavelmente evitará o duelo com a Espanha, a temida campeã europeia, na próxima fase e proporcionará um roteiro de viagem bem mais leve.

Na era Dunga, boas situações na tabela, como esta, não são novidade (com ele, o Brasil já ganhou a Copa América, lidera as eliminatórias e tem o ótimo aproveitamento geral de 76%).

Mas a autoridade com que ganhou dos EUA, contra quem o Brasil tem um histórico de vitórias apertadas, foi novidade.

A seleção fez seus gols com um vasto repertório de jogadas.

Primeiro, o lance que já virou uma característica do time: a bola parada. Aos 7min, Maicon bateu falta pela direita, Felipe Melo subiu mais que a defesa e superou o goleiro Howard.

O segundo, aos 20min, aconteceu em um contragolpe mortal. Kaká tocou para Ramires, que avançou por quase todo o campo americano antes de dar ótimo passe para Robinho, que chutou rasteiro para ampliar.

Mas a seleção de Dunga mostrou ontem que também sabe improvisar para balançar as redes. Aos 17min do segundo tempo, depois de rápida e bela troca de passes pelo lado direito, Maicon, eleito o melhor em campo, chutou, quase sem ângulo, para fechar o placar.

Os números do Datafolha também atestam o dia quase perfeito da seleção brasileira.

Foram quase 500 passes trocados, com aproveitamento superior a 91%. Com Dunga, o time tem média de 400 toques e índice de acerto inferior a 88%.

Treinador que comanda a seleção que mais é bombardeada pelos rivais nos últimos tempos, Dunga viu ontem os norte-americanos chutarem apenas sete vezes (menos da metade da média das eliminatórias). E isso sem apelar na marcação. Foram 11 faltas cometidas, seis a menos do que a média da seleção sob o comando do gaúcho.

"Eu gostei muito da equipe. A forma como atuamos, de não deixar o adversário jogar, e girar a bola com velocidade, que é uma característica do futebol brasileiro", declarou Dunga depois do jogo, desta vez com uma serenidade que lhe faltou nos últimos dias na África do Sul.

"O que mudou foi toda uma situação fisiológica. Agora a gente teve tempo para se recuperar, para dormir, para comer, e o organismo dos jogadores já está se adaptando ao país", falou o técnico a respeito do motivo da mudança drástica em relação à estreia na Copa das Confederações --uma vitória sofrida sobre Egito por 4 a 3.

Concentrados desde o início de junho, primeiro para os jogos das eliminatórias e agora para a Copa das Confederações, os jogadores podem ter hoje, ainda que não durante todo o dia, a primeira folga no mês.

Comentários dos leitores
adriano santos (86) 20/01/2010 20h01
adriano santos (86) 20/01/2010 20h01
Estão fazendo com o Dunga o que fizeram com o Filipão em 2002...queriam por que queriam Romário na seleção....agora o Ronaldo Gaucho....ele nunca foi jogador de seleção...não adianta... sem opinião
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paulo arantes (9) 16/01/2010 03h05
paulo arantes (9) 16/01/2010 03h05
Que saudades dos tempos quando a selecao fazia seus amistosos no Maracana ou no Morumbi, enfim em todo o Brasil! sem opinião
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Desde a copa de 58, enquando Vicente Feola (treinador do São Paulo F. C.!) dormia e os jogadores decidiam a forma de jogar, a seleção faz o que quer. Deste modo, sempre é totalmente imprevisível o resultado. Como os que jogam na Europa estão envelhecendo, tudo vai depender de sua capacidade de permanecer no mercado de trabalho mais rendoso. Temos um plantel de CEOs futebolísticos. O título vai depender da demanda deles pelo mercado. 1 opinião
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