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13/04/2003
-
19h04
da Folha de S.Paulo
O departamento técnico da Ulbra inicia amanhã conversações com a reitoria da universidade para manter o time campeão da Superliga Masculina de vôlei. Os contatos com os empresários dos atletas acontecem terça e quarta, antes do feriado da Semana Santa.
Já está confirmado que pelo menos um jogador deixará a equipe, o levantador Ricardinho, destaque do time, que jogará no Minas.
A Ulbra fechou a série final melhor de cinco jogos com a Unisul em 3 a 0, ao bater o adversário por 3 sets a 0 (25/16, 25/16 e 25/ 22), ontem, em Florianópolis. O time coroou a conquista com o melhor ataque da competição, com 36,88% de aproveitamento.
Foi a primeira vez desde a introdução da Superliga, em 1994, que a decisão de uma de suas edições foi disputada totalmente fora do eixo São Paulo-Minas, por duas equipes da região Sul do país.
"O Marcelo [Frankowiak, treinador da Ulbra] e eu temos que conversar com a reitoria para saber qual nosso orçamento a partir de agora, com quanto vamos poder contar. Nossa prioridade é manter este grupo e, em um segundo momento, contratar reforço para suprir a saída do Ricardinho", afirmou o supervisor de vôlei da Ulbra, Roberto Tietz, 37.
Segundo o dirigente, durante a competição a situação contratual não foi tratada com os atletas.
O reforço não ocuparia necessariamente a posição de Ricardinho em quadra, mas se encaixaria no perfil de jogador experiente, outro papel desempenhado pelo levantador. Com sua transferência para Minas, Rafael, capitão da equipe "por causa de seu perfil agregador", confirmaria a condição de titular, explicou Tietz.
Mesmo se despedindo da equipe, Ricardinho, que foi um dos destaques da partida e campeão brasileiro pela primeira vez, comemorou muito a vitória.
"É maravilhoso poder participar desse momento histórico da Ulbra. Vai ser inesquecível. Esses últimos meses estão sendo incríveis para mim. O título mundial no ano passado e, agora, a conquista da Superliga", comentou.
Outro jogador importante durante a campanha da Ulbra foi Marcelo Negrão, que ficou um ano e meio parado e superou uma contusão no joelho sofrida enquanto defendia a seleção nacional na Liga Mundial, em 2001.
"Mostrei do que sou capaz, agora é só gritar: É campeão."
O set mais equilibrado na partida de anteontem foi o terceiro e último deles. Nos dois primeiros, houve domínio da Ulbra, graças aos saques e bloqueios. A Unisul, por outro lado, cometeu muitos erros, principalmente no ataque.
"Temos que saber perder, faz parte do esporte. Agora é continuar a luta para buscar de novo o ano que vem. Não jogamos o que vínhamos apresentando durante o campeonato", analisou Carlos Weber, o treinador da Unisul.
A equipe jogou desfalcada do atacante Carlão, suspenso preventivamente por não ter feito o exame antidoping na segunda partida das finais.
Segundo o jogador, ninguém o avisou de que fora sorteado e ele foi embora para o hotel porque o vestiário havia sido ocupado por pessoas estranhas à equipe. "Mas já disse à CBV [Confederação Brasileira de Vôlei] que estou disposto a fazer qualquer tipo de exame", afirma.
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Campeã, Ulbra se mobiliza para manter equipe
EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo
O departamento técnico da Ulbra inicia amanhã conversações com a reitoria da universidade para manter o time campeão da Superliga Masculina de vôlei. Os contatos com os empresários dos atletas acontecem terça e quarta, antes do feriado da Semana Santa.
Já está confirmado que pelo menos um jogador deixará a equipe, o levantador Ricardinho, destaque do time, que jogará no Minas.
A Ulbra fechou a série final melhor de cinco jogos com a Unisul em 3 a 0, ao bater o adversário por 3 sets a 0 (25/16, 25/16 e 25/ 22), ontem, em Florianópolis. O time coroou a conquista com o melhor ataque da competição, com 36,88% de aproveitamento.
Foi a primeira vez desde a introdução da Superliga, em 1994, que a decisão de uma de suas edições foi disputada totalmente fora do eixo São Paulo-Minas, por duas equipes da região Sul do país.
"O Marcelo [Frankowiak, treinador da Ulbra] e eu temos que conversar com a reitoria para saber qual nosso orçamento a partir de agora, com quanto vamos poder contar. Nossa prioridade é manter este grupo e, em um segundo momento, contratar reforço para suprir a saída do Ricardinho", afirmou o supervisor de vôlei da Ulbra, Roberto Tietz, 37.
Segundo o dirigente, durante a competição a situação contratual não foi tratada com os atletas.
O reforço não ocuparia necessariamente a posição de Ricardinho em quadra, mas se encaixaria no perfil de jogador experiente, outro papel desempenhado pelo levantador. Com sua transferência para Minas, Rafael, capitão da equipe "por causa de seu perfil agregador", confirmaria a condição de titular, explicou Tietz.
Mesmo se despedindo da equipe, Ricardinho, que foi um dos destaques da partida e campeão brasileiro pela primeira vez, comemorou muito a vitória.
"É maravilhoso poder participar desse momento histórico da Ulbra. Vai ser inesquecível. Esses últimos meses estão sendo incríveis para mim. O título mundial no ano passado e, agora, a conquista da Superliga", comentou.
Outro jogador importante durante a campanha da Ulbra foi Marcelo Negrão, que ficou um ano e meio parado e superou uma contusão no joelho sofrida enquanto defendia a seleção nacional na Liga Mundial, em 2001.
"Mostrei do que sou capaz, agora é só gritar: É campeão."
O set mais equilibrado na partida de anteontem foi o terceiro e último deles. Nos dois primeiros, houve domínio da Ulbra, graças aos saques e bloqueios. A Unisul, por outro lado, cometeu muitos erros, principalmente no ataque.
"Temos que saber perder, faz parte do esporte. Agora é continuar a luta para buscar de novo o ano que vem. Não jogamos o que vínhamos apresentando durante o campeonato", analisou Carlos Weber, o treinador da Unisul.
A equipe jogou desfalcada do atacante Carlão, suspenso preventivamente por não ter feito o exame antidoping na segunda partida das finais.
Segundo o jogador, ninguém o avisou de que fora sorteado e ele foi embora para o hotel porque o vestiário havia sido ocupado por pessoas estranhas à equipe. "Mas já disse à CBV [Confederação Brasileira de Vôlei] que estou disposto a fazer qualquer tipo de exame", afirma.
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