Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
20/06/2009 - 10h24

Em obras, principal estádio da Copa vira refém de possível greve operária

Publicidade

EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, na África do Sul

A maior obra da Copa do Mundo de 2010 é avistada a quilômetros de distância. A imensa estrutura marrom é o maior orgulho dos sul-africanos. E está quase pronta.

O Soccer City, estádio da abertura e da final do Mundial, tem previsão para estar funcionando em outubro e será um dos cinco maiores do mundo.

Mas uma ameaça de paralisação dos 3.300 operários que trabalham em seu acabamento pode ameaçar esse prazo.

"Nós vamos nos reunir na próxima segunda-feira e decidir se paramos ou não. Se não tivermos aumento, é quase certo que vamos parar", afirmou Mandia Ngomane, um dos chefes dos trabalhadores da obra, iniciada em janeiro de 2007.

"É claro que nos orgulhamos e estamos felizes de construir este estádio, mas temos que ser mais bem recompensados", declarou Samuel Mbohane, um dos operários da obra.

Os trabalhadores exigem aumento de 15%, mas a associação das construtoras sul-africanas (Safec) oferece 7%.

"É claro que isso é preocupante. Se eles pararem, os prazos podem ir por água abaixo", afirmou Rod Pierce, gerente do projeto do Soccer City.

Pierce falou, no entanto, que, se houver paralisação e ela for considerada ilegal pela Justiça, os trabalhadores podem ser substituídos. "Temos algumas empresas subcontratadas que podem nos atender", afirmou.

As obras no estádio estão quase concluídas. Já foram colocadas 92% das cadeiras, e a cobertura marrom está 90% pronta. Essa estrutura, aliás, gerou o maior problema para os engenheiros da obra.

"A fundação não tinha o tamanho que precisávamos. Tivemos que pedir reforço para que ela não se soltasse com o vento", afirmou Pierce, ressaltando que o material usado para montar a redoma marrom foi importado de vários países.

Em setembro, a grama deve ser colocada no Soccer City, que terá capacidade para cerca de 92 mil pessoas. O estádio, que custará mais de R$ 300 milhões, terá 184 camarotes, oito estúdios de TV, um museu do futebol, além de um estacionamento para 15 mil veículos.

O Soccer City foi construído em 1987 e, originalmente, comportava até 45 mil pessoas.

Virou símbolo do futebol sul-africano, que lá se tornou campeão do continente em 1996.

Também reuniu 100 mil pessoas para o discurso de Nelson Mandela, quando o líder do país deixou a prisão, 19 anos atrás, e pregou a união e a paz do povo sul-africano.

Boa parte da estrutura original foi mantida. "O formato do estádio ainda é o mesmo", declarou Pierce, ressaltando que não existem pontos cegos.

O Soccer City fica a menos de 10 km do centro de Johannesburgo, e uma linha rápida de ônibus está em construção para servir o local.

Comentários dos leitores
adriano santos (86) 20/01/2010 20h01
adriano santos (86) 20/01/2010 20h01
Estão fazendo com o Dunga o que fizeram com o Filipão em 2002...queriam por que queriam Romário na seleção....agora o Ronaldo Gaucho....ele nunca foi jogador de seleção...não adianta... sem opinião
avalie fechar
paulo arantes (9) 16/01/2010 03h05
paulo arantes (9) 16/01/2010 03h05
Que saudades dos tempos quando a selecao fazia seus amistosos no Maracana ou no Morumbi, enfim em todo o Brasil! sem opinião
avalie fechar
Desde a copa de 58, enquando Vicente Feola (treinador do São Paulo F. C.!) dormia e os jogadores decidiam a forma de jogar, a seleção faz o que quer. Deste modo, sempre é totalmente imprevisível o resultado. Como os que jogam na Europa estão envelhecendo, tudo vai depender de sua capacidade de permanecer no mercado de trabalho mais rendoso. Temos um plantel de CEOs futebolísticos. O título vai depender da demanda deles pelo mercado. 1 opinião
avalie fechar
Comente esta reportagem Veja todos os comentários (323)
Termos e condições
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página