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Aos trancos e barrancos, Joel vira exceção na África do Sul
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EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Pretória
Os resultados na Copa das Confederações são tão precários quanto o seu inglês, que virou hit na internet. E assim, aos trancos e barrancos, o técnico Joel Santana vai sobrevivendo a um dos mais instáveis empregos no futebol mundial. O brasileiro é o nono treinador da seleção sul-africana apenas nesta década, o que dá uma média de um por ano.
Ao colocar o time nas semifinais da Copa das Confederações, quando vai enfrentar o Brasil, ele ganha fôlego para seguir até a Copa de 2010, o que faz dele uma exceção no cargo --ficará então pelo menos dois anos e três meses.
Mas os torcedores sul-africanos estão longe de ter um time que empolga.
Desde que a Copa das Confederações passou a ter oito seleções divididas em dois grupos, na edição de 1997, na Arábia Saudita, a África do Sul é o segundo semifinalista com pior campanha na fase de classificação (só os Estados Unidos, também no atual torneio, têm pior desempenho).
Ou seja: em um hipotético torneio entre essas seleções, a África do Sul seria a 23ª colocada entre os 24 participantes.
O time somou só quatro pontos em nove disputados. E seu ataque foi pífio --marcou só dois gols, ambos contra a frágil Nova Zelândia. Mas Joel Santana estava eufórico após a derrota para a Espanha, no sábado.
"É um fantástico acontecimento para a África do Sul, e muito importante para a nossa preparação para a Copa do Mundo. Ficaremos mais tempos juntos e isso será crucial", disse Joel, que foi treinador de Dunga e seu auxiliar Jorginho quando esses eram jogadores.
Na seleção brasileira, o poderio do rival por uma vaga na decisão da Copa das Confederações divide opiniões.
"Eles jogam sem responsabilidade. Não têm nada a perder, mas nós temos muito. E, quando isso acontece, o jogo fica mais difícil", declarou o volante Gilberto Silva.
Já o atacante Luis Fabiano, o herói do jogo de ontem contra a Itália, não se assusta com os anfitriões da Copa das Confederações. "Acho que as surpresas que tinham que acontecer já aconteceram. A tendência é que Brasil e Espanha decidam a competição [que acontece no próximo domingo]", disse esbanjando confiança, o camisa 9 da seleção.
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