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23/04/2003 - 22h13

Com medo de represálias da CBF, Guarani desiste de ação na Justiça comum

da Folha de S.Paulo, em Campinas

O temor de represálias por parte das entidades que comandam o futebol brasileiro fez o Guarani acatar, de "forma pacífica", a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) que excluiu o clube de Campinas da disputa da Copa do Brasil.

Hoje, o presidente do Guarani, José Luiz Lourencetti, afirmou que descarta qualquer possibilidade de reivindicar na Justiça comum o retorno à competição ou o ressarcimento de possíveis prejuízos financeiros.

Lourencetti disse ainda que, se alguma atitude for tomada, partirá de entidades não vinculadas ao clube. O prazo para o Guarani recorrer da decisão termina amanhã.

Hoje foi feriado no Rio de Janeiro, sede do STJD, fato que impossibilitou qualquer medida.

"Não adianta bater de frente. Eu posso entrar com uma ação contra a CBF [Confederação Brasileira de Futebol] e até ganhar, mas e aí? O que vai acontecer?", questionou Lourencetti.

A entidade que comanda o futebol brasileiro assumiu, no STJD, a responsabilidade pelo erro na documentação do volante Leandro Guerreiro. O jogador foi escalado irregularmente na partida contra o Vila Nova-GO, fato que gerou a ação do time goiano.

Reservadamente, o presidente do Guarani credita a decisão do STJD a divergências do órgão com a CBF e à má vontade dos dirigentes cariocas em solucionar problemas envolvendo paulistas.

O presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Eduardo José Farah, é desafeto do presidente do CBF, Ricardo Teixeira.

"Porque é clube paulista, [os auditores do STJD] não tomam nem conhecimento. Você fica como uma sardinha entre a pedra e o mar", comenta Lourencetti a interlocutores.

Para conseguir a vitória nos tribunais, o Guarani tentou até a intervenção do presidente da CBF no caso, mas o imbróglio da entidade com o STJD impediu a interferência do cartola.

Para preservar a imagem da diretoria do Guarani perante os jogadores do clube, Lourencetti se reuniu hoje com os atletas para explicar o que aconteceu nos bastidores do caso.

O dirigente tentou deixar claro aos atletas que o clube fez tudo que podia para manter o Guarani na Copa do Brasil.

Dirigentes e comissão técnica temem que a decisão na Justiça Desportiva possa desmotivar o elenco na sequência do Campeonato Brasileiro. O Guarani não vence há duas rodadas na competição.

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