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24/04/2003
-
22h14
Enviada especial da Folha de S.Paulo
Nem o mais otimista dos torcedores apostaria que o primeiro título do nacional do BCN/Osasco chegaria de forma tão fácil.
Jogando pela segunda vez fora de casa, o time paulista arrasou o MRV-Minas hoje, por 3 sets a 0 (20/25, 14/25 e 17/25), e conquistou o título da Superliga feminina com apenas um set perdido nos três confrontos da série decisiva.
A primeira vez do Osasco foi também a décima da principal levantadora do país. Fernanda Venturini, 32, coroou com a conquista de ontem o ano de seu retorno às quadras.
Principal reforço para a Superliga 2002/2003, a atleta chegou a Osasco como "a peça que faltava". No ano passado, sem ela e após investir pesado com a contratação do técnico campeão olímpico José Roberto Guimarães e da ponta Virna, o time tropeçara justamente diante do Minas.
A levantadora voltou às quadras após mais de um ano parada por causa do nascimento de sua filha, Julia. Havia anunciado a aposentadoria com uma despedida melancólica depois do vice em 2001/ 2002 com o Vasco.
"Promessa é dívida. Dois anos sem um título já era demais", disse ela, que esteve em 13 finais dos 14 nacionais que disputou e pretende jogar por mais um ano.
"Eu sabia que seria assim [3 jogos a 0] pela determinação desse time. Para mim, foi difícil. Ficava com o coração apertado por deixar minha filha em casa para treinar. Por isso estou tão emocionada. Mas sempre tive apoio. E valeu a pena", completou, chorando.
Hoje, com o passe na mão, a levantadora conseguiu variar bem as jogadas e deixar suas atacantes livres. E elas corresponderam. Bia, líder nas estatísticas de ataque, Virna e Paula Pequeno fizeram um jogo impecável. As duas últimas devem ser chamadas para a seleção.
Virna, que sofreu uma lesão e se recuperou durante a Superliga, volta após ter deixado o time nacional no ano passado alegando problemas pessoais.
"Foi um ano muito difícil. Voltar a vestir a camisa brasileira será muito bom", afirmou a ponta.
Enquanto o Osasco apresentou uma disciplina tática impecável, do outro lado da quadra do Mineirinho, sofrendo com a tática ´torturante´´ de saques do rival, o Minas nem de longe lembrou o time que fez a melhor campanha da primeira fase, quando bateu o adversário paulista duas vezes.
Na primeira delas, no primeiro turno, jogando fora de casa, virou o segundo set quando perdia por 24/17. A reação mineira serviu de lição para o Osasco.
"Nossa vitória aqui nasceu ali. Nós tivemos de aprender a jogar contra elas", disse o técnico Zé Roberto. "Se aquele 24 a 17 vai ficar na nossa história, esse 3 a 0 em casa, um ano após o título, vai ficar marcado na história do Minas", completou ele, referindo-se à derrota na decisão da Superliga-2002 para o rival.
Nesta temporada, dos cinco torneios que disputou, a equipe tropeçou apenas uma vez, no vice-campeonato do Grand Prix. Foram campeãs do Paulista, dos Jogos Abertos, dos Jogos Regionais e da Salompas Cup.
*A repórter Mariana Lajolo viajou a convite do BCN
BCN/Osasco bate Minas e ganha primeiro título na Superliga feminina de vôlei
MARIANA LAJOLOEnviada especial da Folha de S.Paulo
Nem o mais otimista dos torcedores apostaria que o primeiro título do nacional do BCN/Osasco chegaria de forma tão fácil.
Jogando pela segunda vez fora de casa, o time paulista arrasou o MRV-Minas hoje, por 3 sets a 0 (20/25, 14/25 e 17/25), e conquistou o título da Superliga feminina com apenas um set perdido nos três confrontos da série decisiva.
A primeira vez do Osasco foi também a décima da principal levantadora do país. Fernanda Venturini, 32, coroou com a conquista de ontem o ano de seu retorno às quadras.
Principal reforço para a Superliga 2002/2003, a atleta chegou a Osasco como "a peça que faltava". No ano passado, sem ela e após investir pesado com a contratação do técnico campeão olímpico José Roberto Guimarães e da ponta Virna, o time tropeçara justamente diante do Minas.
A levantadora voltou às quadras após mais de um ano parada por causa do nascimento de sua filha, Julia. Havia anunciado a aposentadoria com uma despedida melancólica depois do vice em 2001/ 2002 com o Vasco.
"Promessa é dívida. Dois anos sem um título já era demais", disse ela, que esteve em 13 finais dos 14 nacionais que disputou e pretende jogar por mais um ano.
"Eu sabia que seria assim [3 jogos a 0] pela determinação desse time. Para mim, foi difícil. Ficava com o coração apertado por deixar minha filha em casa para treinar. Por isso estou tão emocionada. Mas sempre tive apoio. E valeu a pena", completou, chorando.
Hoje, com o passe na mão, a levantadora conseguiu variar bem as jogadas e deixar suas atacantes livres. E elas corresponderam. Bia, líder nas estatísticas de ataque, Virna e Paula Pequeno fizeram um jogo impecável. As duas últimas devem ser chamadas para a seleção.
Virna, que sofreu uma lesão e se recuperou durante a Superliga, volta após ter deixado o time nacional no ano passado alegando problemas pessoais.
"Foi um ano muito difícil. Voltar a vestir a camisa brasileira será muito bom", afirmou a ponta.
Enquanto o Osasco apresentou uma disciplina tática impecável, do outro lado da quadra do Mineirinho, sofrendo com a tática ´torturante´´ de saques do rival, o Minas nem de longe lembrou o time que fez a melhor campanha da primeira fase, quando bateu o adversário paulista duas vezes.
Na primeira delas, no primeiro turno, jogando fora de casa, virou o segundo set quando perdia por 24/17. A reação mineira serviu de lição para o Osasco.
"Nossa vitória aqui nasceu ali. Nós tivemos de aprender a jogar contra elas", disse o técnico Zé Roberto. "Se aquele 24 a 17 vai ficar na nossa história, esse 3 a 0 em casa, um ano após o título, vai ficar marcado na história do Minas", completou ele, referindo-se à derrota na decisão da Superliga-2002 para o rival.
Nesta temporada, dos cinco torneios que disputou, a equipe tropeçou apenas uma vez, no vice-campeonato do Grand Prix. Foram campeãs do Paulista, dos Jogos Abertos, dos Jogos Regionais e da Salompas Cup.
*A repórter Mariana Lajolo viajou a convite do BCN
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