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03/05/2003
-
00h34
da Folha de S.Paulo
Dezenas de eventos esportivos tiveram suas datas alteradas ou foram cancelados por causa da eclosão da pneumonia asiática.
Também conhecida como Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês) a doença afetou até hoje, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 6.054 pessoas em 27 países e provocou 417 mortes.
No futebol, a proliferação da pneumonia frustou desde excursões "caça-níquel" de clubes e seleções da Europa ao Oriente até a realização do Mundial feminino.
Everton (ING) e Bayern de Munique (ALE), por exemplo, decidiram não disputar amistosos contra equipes chinesas, agendados para maio e junho, por causa da Sars. A seleção portuguesa, comandada por Luiz Felipe Scolari, cancelou uma viagem ao Japão e à Coréia do Sul no início de junho.
Um evento inédito, batizado de Campeonato do Leste da Ásia, programado para o fim de maio, no Japão, acabou sendo adiado pelos organizadores.
O caso mais emblemático, contudo, é o do Mundial feminino.
A competição está agendada para o dia 23 de setembro, em diversas cidades da China, mas o Comitê Executivo Fifa deve debater neste sábado recomendações do departamento médico da entidade para repensar a realização do campeonato.
"Nossa equipe médica está em contato diário com membros da OMS para averiguarmos as condições de a China abrigar o torneio", notificou a Fifa em despacho oficial esta semana.
O único evento de grande porte que ainda não sofreu especulações quanto a mudança de suas datas é a Copa da Paz. Roma, Bayer Leverkusen, PSV, Lyon, equipes da África, Ásia e EUA, além do São Paulo, que representa o Brasil, estão inscritos no certame, entre os dias 15 e 22 de julho. O sorteio das chaves será na terça.
"Só não disputaremos o torneio se algo muito grave acontecer", disse o supervisor de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.
Nos esportes ditos amadores, a pneumonia asiática também causou entraves nos calendários.
Como a capital chinesa Pequim foi escolhida como sede da Olimpíada de 2008, diversos eventos esportivos estavam agendados para o país, justamente o que mais registrou casos da Sars -são 3.799 notificados.
Nesta sexta, o Mundial de ciclismo de pista, que seria disputado em Shenzen entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, foi sustado pela União Ciclística Internacional.
Outros dois campeonatos mundiais sofreram alterações em suas datas nesta semana. O de hóquei feminino, programado para Beijing, foi cancelado quatro dias antes de seu início, e o de Badminton, que seria realizado na Inglaterra em maio, foi adiado -a China é uma das principais potências do esporte e viajaria com uma grande delegação.
Equipes da WNBA, a liga feminina de basquete dos EUA, suprimiram de seus planejamentos jogos de exibição contra a China.
Outro evento que pode sofrer mudanças e afeta o Brasil é o Grand Prix de vôlei. Entre os dias 18 de junho e 10 de agosto, Japão, Indonésia, Coréia do Sul, China, Filipinas e Tailândia abrigariam jogos das principais seleções do planeta, incluindo a brasileira.
A Federação Internacional de Vôlei, porém, vai realizar uma reunião em maio para discutir a possibilidade de cancelamento do torneio.
Sars bagunça calendário e cancela eventos esportivos
GUILHERME ROSEGUNIda Folha de S.Paulo
Dezenas de eventos esportivos tiveram suas datas alteradas ou foram cancelados por causa da eclosão da pneumonia asiática.
Também conhecida como Sars (síndrome respiratória aguda grave, na sigla em inglês) a doença afetou até hoje, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 6.054 pessoas em 27 países e provocou 417 mortes.
No futebol, a proliferação da pneumonia frustou desde excursões "caça-níquel" de clubes e seleções da Europa ao Oriente até a realização do Mundial feminino.
Everton (ING) e Bayern de Munique (ALE), por exemplo, decidiram não disputar amistosos contra equipes chinesas, agendados para maio e junho, por causa da Sars. A seleção portuguesa, comandada por Luiz Felipe Scolari, cancelou uma viagem ao Japão e à Coréia do Sul no início de junho.
Um evento inédito, batizado de Campeonato do Leste da Ásia, programado para o fim de maio, no Japão, acabou sendo adiado pelos organizadores.
O caso mais emblemático, contudo, é o do Mundial feminino.
A competição está agendada para o dia 23 de setembro, em diversas cidades da China, mas o Comitê Executivo Fifa deve debater neste sábado recomendações do departamento médico da entidade para repensar a realização do campeonato.
"Nossa equipe médica está em contato diário com membros da OMS para averiguarmos as condições de a China abrigar o torneio", notificou a Fifa em despacho oficial esta semana.
O único evento de grande porte que ainda não sofreu especulações quanto a mudança de suas datas é a Copa da Paz. Roma, Bayer Leverkusen, PSV, Lyon, equipes da África, Ásia e EUA, além do São Paulo, que representa o Brasil, estão inscritos no certame, entre os dias 15 e 22 de julho. O sorteio das chaves será na terça.
"Só não disputaremos o torneio se algo muito grave acontecer", disse o supervisor de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha.
Nos esportes ditos amadores, a pneumonia asiática também causou entraves nos calendários.
Como a capital chinesa Pequim foi escolhida como sede da Olimpíada de 2008, diversos eventos esportivos estavam agendados para o país, justamente o que mais registrou casos da Sars -são 3.799 notificados.
Nesta sexta, o Mundial de ciclismo de pista, que seria disputado em Shenzen entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, foi sustado pela União Ciclística Internacional.
Outros dois campeonatos mundiais sofreram alterações em suas datas nesta semana. O de hóquei feminino, programado para Beijing, foi cancelado quatro dias antes de seu início, e o de Badminton, que seria realizado na Inglaterra em maio, foi adiado -a China é uma das principais potências do esporte e viajaria com uma grande delegação.
Equipes da WNBA, a liga feminina de basquete dos EUA, suprimiram de seus planejamentos jogos de exibição contra a China.
Outro evento que pode sofrer mudanças e afeta o Brasil é o Grand Prix de vôlei. Entre os dias 18 de junho e 10 de agosto, Japão, Indonésia, Coréia do Sul, China, Filipinas e Tailândia abrigariam jogos das principais seleções do planeta, incluindo a brasileira.
A Federação Internacional de Vôlei, porém, vai realizar uma reunião em maio para discutir a possibilidade de cancelamento do torneio.
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