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10/05/2003
-
00h03
da Folha de S.Paulo
Ao lançar um novo sistema de ranking, a Corrida dos Campeões, em 2000, a ATP "obrigou" suas estrelas a marcar presença nos grandes torneios do circuito, mas agora vê sua iniciativa naufragar.
A entidade que controla o tênis profissional masculino estipulou que, além dos Grand Slams, os Masters Series (segundo conjunto mais importante do circuito, com nove etapas) também entrariam de forma obrigatória na Corrida, que leva em consideração apenas os resultados da temporada.
Na época, a ATP negociava patrocínios e a presença de grandes nomes era um grande trunfo para obtenção de bons acordos.
A estratégia funcionou bem no início. Na temporada inaugural do novo sistema, os principais postulantes ao título, Gustavo Kuerten e o russo Marat Safin, jogaram todos os Masters Series.
Na temporada seguinte, o campeão, o australiano Lleyton Hewitt, só ficou fora de um.
A situação começou a se alterar com o desempenho de Andre Agassi no ano passado. O americano terminou a Corrida em segundo lugar mesmo sem ter participado de três Masters Series.
Os tenistas, que já reclamavam do excesso de jogos, perceberam que a ausência em algumas etapas podia ser compensada com boa performance no resto do ano.
Nem mesmo a milionária premiação distribuída pelos torneios, de US$ 3,25 milhões em Miami e US$ 2,45 milhões nos outros oito, parece atrair os atletas top.
Com apenas cinco Masters Series disputados em 2003, Hewitt, que tenta o tricampeonato da Corrida, já ficou fora de dois.
E nesta sexta foi anunciada a ausência de Agassi, o atual líder, em Hamburgo, último grande torneio no saibro antes de Roland Garros, na semana que vem.
"Estou extremamente desapontado", afirmou o diretor do torneio alemão, Walter Knapper.
A atitude do americano, que não apresentou justificativa, pode aprofundar ainda mais as dificuldades financeiras do torneio.
Além disso, outro fator colabora para o esvaziamento dos Masters Series: a perda de força da ATP. Alguns tenistas, liderados pelo sul-africano Wayne Ferreira, articulam uma entidade paralela.
Circuito da ATP vê Masters Series perderem brilho
FERNANDO ITOKAZUda Folha de S.Paulo
Ao lançar um novo sistema de ranking, a Corrida dos Campeões, em 2000, a ATP "obrigou" suas estrelas a marcar presença nos grandes torneios do circuito, mas agora vê sua iniciativa naufragar.
A entidade que controla o tênis profissional masculino estipulou que, além dos Grand Slams, os Masters Series (segundo conjunto mais importante do circuito, com nove etapas) também entrariam de forma obrigatória na Corrida, que leva em consideração apenas os resultados da temporada.
Na época, a ATP negociava patrocínios e a presença de grandes nomes era um grande trunfo para obtenção de bons acordos.
A estratégia funcionou bem no início. Na temporada inaugural do novo sistema, os principais postulantes ao título, Gustavo Kuerten e o russo Marat Safin, jogaram todos os Masters Series.
Na temporada seguinte, o campeão, o australiano Lleyton Hewitt, só ficou fora de um.
A situação começou a se alterar com o desempenho de Andre Agassi no ano passado. O americano terminou a Corrida em segundo lugar mesmo sem ter participado de três Masters Series.
Os tenistas, que já reclamavam do excesso de jogos, perceberam que a ausência em algumas etapas podia ser compensada com boa performance no resto do ano.
Nem mesmo a milionária premiação distribuída pelos torneios, de US$ 3,25 milhões em Miami e US$ 2,45 milhões nos outros oito, parece atrair os atletas top.
Com apenas cinco Masters Series disputados em 2003, Hewitt, que tenta o tricampeonato da Corrida, já ficou fora de dois.
E nesta sexta foi anunciada a ausência de Agassi, o atual líder, em Hamburgo, último grande torneio no saibro antes de Roland Garros, na semana que vem.
"Estou extremamente desapontado", afirmou o diretor do torneio alemão, Walter Knapper.
A atitude do americano, que não apresentou justificativa, pode aprofundar ainda mais as dificuldades financeiras do torneio.
Além disso, outro fator colabora para o esvaziamento dos Masters Series: a perda de força da ATP. Alguns tenistas, liderados pelo sul-africano Wayne Ferreira, articulam uma entidade paralela.
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