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16/05/2003 - 09h13

Guga encara no saibro a pior fase pós-fama

FERNANDO ITOKAZU
da Folha de S.Paulo

Gustavo Kuerten caiu ontem diante do sul-africano Wayne Ferreira, por 2 a 0 (7/6 e 6/4), nas oitavas-de-final do Masters Series de Hamburgo e encerrou sua pior temporada européia de saibro pré-Roland Garros desde 1997.

No ano de seu primeiro título no Grand Slam francês, Guga disputou sete partidas na terra batida na Europa e venceu apenas duas (28,5% de aproveitamento).

Kuerten disputou somente uma partida a mais neste ano, com um aproveitamento de 50%.

Nem mesmo no ano passado, quando voltou da cirurgia no quadril direito, o brasileiro registrou uma performance tão fraca: foram três torneios, com seis vitórias e três derrotas (66,6%).

A temporada européia de saibro reúne os principais torneios na superfície: além de Roland Garros, inclui também os três Masters Series (Montecarlo, Roma e Hamburgo) disputados no piso.

Em 98, ano em que defendeu seu primeiro título em Paris, Guga venceu apenas 69,2% dos jogos antes de Roland Garros e acabou caindo na segunda rodada.

Nas três temporadas seguintes, o brasileiro obteve aproveitamentos superiores a 80% no período.

Antes de cair nas quartas-de-final em 1999, Kuerten havia conseguido vencer 84,2% das partidas disputadas na Europa, que lhe valeram os títulos dos Masters Series de Montecarlo e Roma.

Em 2000, ano de seu segundo título em Roland Garros, o brasileiro obteve o título de Hamburgo e foi finalista em Roma, com aproveitamento de 83,3%.

O desempenho no aquecimento para o terceiro título foi ainda melhor: ele conquistou o troféu de Montecarlo e foi à decisão de Roma, vencendo 84,6% dos jogos.

Em 1997, o desempenho de Guga na Europa foi ruim, mas houve uma compensação. Antes de disputar Roland Garros, Guga retornou ao Brasil, conquistou o título do Challenger de Curitiba e chegou a Paris embalado, com cinco vitórias consecutivas.

Agora, a mais longa série invicta que Kuerten conseguiu foi de duas partidas, na Alemanha.

Após o segundo triunfo, Guga afirmou que estava voltando a sentir seu jogo fluir e que as coisas pareciam cada mais fáceis.

Na partida de ontem, porém, ele deixou de definir uma situação que parecia simples. No tie-break, abriu uma vantagem de 4 a 1, mas, na sequência, cedeu seis pontos seguidos. "Perdi o jogo no tie-break", disse Guga. "Ali foi o meu grande momento e deixei escapar muitas oportunidades."

Guga havia enfrentado Ferreira, 26º do ranking, em seis oportunidades e vencido as cinco últimas. O sul-africano, que não havia ganho nenhum set nos últimos quatro confrontos, afirmou que Kuerten já não é mais o mesmo. "O forehand [direita] dele não é mais o que era", afirmou Ferreira.

A opção que resta ao brasileiro é treinar. "Foi a semana que mais joguei em toda a temporada de saibro. Agora não tem mais volta. Tenho que olhar para a frente, descansar uns dois, três dias e começar a me preparar para Roland Garros", disse Kuerten, que também foi eliminado nas duplas.

Ao lado do inglês Tim Henman, Guga encerrou o jogo contra os australianos Wayne Arthurs e Paul Hanley, interrompido anteontem antes do terceiro set por falta de iluminação natural.

Sem quebras, a partida foi decidida no tie-break, vencido pelos australianos por 8 a 6.

Jogar duplas era uma estratégia do brasileiro para tentar compensar os poucos jogos que disputou na temporada européia. Ele também atuou em duplas na semana passada, em Roma, onde havia disputado um jogo de parceria pela última vez em 2000.

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