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25/05/2003
-
12h09
Quando o Brasil obteve o quarto lugar no torneio feminino de futebol dos Jogos de Atlanta, as jogadoras tiveram esperança de que a modalidade começasse a se organizar de vez no país. Em vão.
Em 1997, até houve, em São Paulo, uma tentativa da Federação Paulista de Futebol de emplacar um campeonato estadual. O Saad, principal time feminino do Brasil, distribuiu suas jogadoras entre os clubes e as universidades participantes. Os jogos, porém, foram fracasso de público.
Eduardo José Farah, presidente da FPF, tentou nova fórmula em 2001. Reforçou os clubes com modelos, que pudessem atrair a torcida por seus atributos físicos.
Também não deu certo, os torcedores não apareceram, e a competição foi para o espaço. Assim como as equipes dos clubes.
São Paulo, Corinthians e Vasco, que chegaram a investir no setor, especialmente depois dos Jogos de 1996, recuaram.
São Paulo e Rio não devem ter campeonatos em 2003, tampouco há projetos para 2004.
Sem um calendário oficial de competições, dos 24 times da Série A, apenas 4 mantêm times de mulheres -Guarani, Internacional, Juventude e Santos.
A Confederação Brasileira de Futebol, por sua vez, defende-se, dizendo que não há como montar um calendário, se não há times suficientes para disputá-lo.
A saída tem sido o aeroporto. Como disse Paulo Gonçalves, técnico da seleção brasileira de futebol, não são poucas as atletas que procuram o exterior, já que no Brasil a modalidade agoniza.
O país exporta jogadoras para a China, a Escandinávia e, principalmente,
para os EUA.
E não só atletas. Até times. Foi o caso do Saad. Sem campeonatos no país, o time assinou convênio com a National American University, de Dakota do Sul, e passou a competir em solo americano.
No Brasil, só acontecem mesmo alguns torneios amistosos, como um que termina hoje, em Serra Negra, e reuniu, além do Saad, o Santos e as seleções sub-21 do Brasil e dos EUA.
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Após boom de Atlanta-96, futebol feminino agoniza no país
da Folha de S.PauloQuando o Brasil obteve o quarto lugar no torneio feminino de futebol dos Jogos de Atlanta, as jogadoras tiveram esperança de que a modalidade começasse a se organizar de vez no país. Em vão.
Em 1997, até houve, em São Paulo, uma tentativa da Federação Paulista de Futebol de emplacar um campeonato estadual. O Saad, principal time feminino do Brasil, distribuiu suas jogadoras entre os clubes e as universidades participantes. Os jogos, porém, foram fracasso de público.
Eduardo José Farah, presidente da FPF, tentou nova fórmula em 2001. Reforçou os clubes com modelos, que pudessem atrair a torcida por seus atributos físicos.
Também não deu certo, os torcedores não apareceram, e a competição foi para o espaço. Assim como as equipes dos clubes.
São Paulo, Corinthians e Vasco, que chegaram a investir no setor, especialmente depois dos Jogos de 1996, recuaram.
São Paulo e Rio não devem ter campeonatos em 2003, tampouco há projetos para 2004.
Sem um calendário oficial de competições, dos 24 times da Série A, apenas 4 mantêm times de mulheres -Guarani, Internacional, Juventude e Santos.
A Confederação Brasileira de Futebol, por sua vez, defende-se, dizendo que não há como montar um calendário, se não há times suficientes para disputá-lo.
A saída tem sido o aeroporto. Como disse Paulo Gonçalves, técnico da seleção brasileira de futebol, não são poucas as atletas que procuram o exterior, já que no Brasil a modalidade agoniza.
O país exporta jogadoras para a China, a Escandinávia e, principalmente,
para os EUA.
E não só atletas. Até times. Foi o caso do Saad. Sem campeonatos no país, o time assinou convênio com a National American University, de Dakota do Sul, e passou a competir em solo americano.
No Brasil, só acontecem mesmo alguns torneios amistosos, como um que termina hoje, em Serra Negra, e reuniu, além do Saad, o Santos e as seleções sub-21 do Brasil e dos EUA.
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