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14/08/2009 - 07h03

Maurren tenta superar "ano ruim" por primeiro ouro do Brasil em Mundiais

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RAFAEL REIS
da Folha Online

Problemas físicos, falta de resultados expressivos e até mesmo uma inesperada perda da hegemonia no Brasil. O primeiro ano de Maurren Maggi após o ouro olímpico no salto em distância esteve longe do ideal. Sua esperança é que a reviravolta na atual temporada comece neste sábado, com o início do Mundial de atletismo.

Principal nome do esporte no país, a saltadora busca em Berlim, na Alemanha, o primeiro título de um atleta brasileiro na história da competição.

Até hoje foram dez medalhas em Mundiais, cinco de prata e a outra metade de bronze. Em Osaka-2007, o único pódio foi conquistado por Jadel Gregório, que era favorito ao ouro, mas terminou o salto triplo na segunda colocação.

Ao contrário do Jadel de dois anos atrás, que tinha a melhor marca da temporada a seu favor, Maurren vai disputar a competição sem grandes resultados na fase de preparação para o Mundial.

A campeã olímpica aparece apenas na sétima colocação no ranking de sua prova na Iaaf. Sua marca mais expressiva de 2009, 6,90 m, é 16 cm inferior ao melhor salto do ano, dado por Brittney Reese no GP Brasil de atletismo, em maio.

Kay Nietfeld/13.ago.2009/Efe
Em Pequim, Maurren saltou 7,04 m para conquistar o ouro olímpico
Em Pequim, Maurren saltou 7,04 m para conquistar o ouro olímpico

Nem mesmo os 7,04 m que lhe deram o ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto do ano passado, seriam suficientes para bater a norte-americana.

"Quero fazer meu melhor salto de 2009 no Mundial. Esse é meu objetivo, e sei que, se conseguir, entro na briga por uma medalha", diz Maurren, em entrevista concedida à Folha Online

A saltadora culpou os problemas físicos pelo baixo rendimento apresentado até o momento nesta temporada. Além da falta de resultados expressivos em competições internacionais, ela perdeu até mesmo alguns duelos contra a compatriota Keila Costa em eventos dentro do Brasil.

No dia em que Reese anotou a melhor marca do ano, em Belém, Maurren ficou com a terceira colocação, enquanto Keila faturou o prata. No Troféu Brasil, ela teve que se contentar com a segunda posição, novamente batida pela compatriota.

Na tentativa de afastar a fase ruim e retomar a melhor forma, a campeã olímpica modificou sua agenda pré-Mundial e se afastou das competições, dedicando-se apenas aos treinamentos.

"Decidimos interromper a temporada de competições, tratando e fazendo treinamento adaptado por cerca de quatro semanas. Com isso, minha preparação ficou um pouco atrasada, e não entrei em nenhuma prova na Europa. Essa foi a melhor decisão, pude treinar de maneira progressiva e agora, me sinto muito melhor, muito mais forte", adiciona.

Aos 33 anos, Maurren admite que vive o último ciclo olímpico pleno de sua carreira. Ela ainda planeja competir após os Jogos de Londres, mas não se ilude com a possibilidade de participar da Olimpíada-2016, quando terá 40 anos.

"Londres deve marcar minha aposentadoria de Jogos Olímpicos. Minha técnica acredita que ainda terei alguns anos competindo em alto nível depois, e pretendo aproveitá-los."

 

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