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14/06/2003
-
00h34
da Folha de S.Paulo
Eronilde Araújo, dono do maior número de ouros individuais brasileiros no atletismo nos Jogos Pan-Americanos, três, tem sua busca pelo quarto ouro dificultada por ainda não ter garantido índice para Santo Domingo-2003 e por estar fora de sua melhor forma técnica, pois vem de lesão.
Mesmo assim, Araújo, 32, participa neste domingo, às 14h, das semifinais de sua especialidade, os 400 m com barreiras, no Troféu Brasil, em São Paulo, para tentar obter o índice (49s20) para o Pan. As finais acontecem domingo, às 9h15.
Os últimos tempos registrados por Araújo, nas últimas semanas, na Colômbia e em São Caetano, ficaram acima da casa dos 50s.
O prazo final para conseguir o índice vence no próximo dia 29.
Foi no Pan de Winnipeg-1999, que Araújo, a exemplo do que havia feito Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, na edição de 1959, conquistou sua terceira medalha de ouro na competição. A marca de Silva havia permanecido inigualada por 40 anos.
Por conta de uma tendinite no tendão de sua perna esquerda, Araújo ficou inativo desde a disputa do Troféu Brasil de 2002, em setembro, até janeiro deste ano.
Para não eliminar suas chances de correr em Santo Domingo e conquistar o quarto ouro inédito, Araújo, em conjunto com seu técnico, Jayme Netto, decidiu evitar cirurgia.
"Se isso acontecesse, Eronilde não iria ao Pan. E ser o primeiro brasileiro da história a ganhar quatro ouros [individuais no atletismo no Pan] seria algo espetacular para ele", diz Netto.
O atleta lembra que, antes da parada, fazia a prova regularmente em menos de 50 segundos.
"[Ser campeão pela quarta vez] seria importante. O azar foi que melhorei [da contusão] em cima do Troféu Brasil. Estou melhor fisicamente, mas, tecnicamente, tenho que acertar as barreiras e colocar mais velocidade nos últimos 100 m", afirmou Araújo.
"Está difícil, estou fazendo todo o possível. Mas acho que agora é entregar para Deus", finalizou.
Segundo o atleta, a ansiedade por não ter conseguido o índice prejudica, até em termos técnicos, as chances de Araújo registrar uma marca inédita no Pan.
"Ao invés de já estar me preparando para o Pan, me preocupo com essa situação de ainda não ter alcançado o índice", lamenta o atleta.
Caso não conquiste a classificação para o Pan via Troféu Brasil, o time de Araújo, que, em seguida, disputará o Sul-Americano, na Venezuela, planeja sua participação em provas na Europa com a finalidade de beneficiá-lo com uma sequência de competições.
Mesmo que consiga ir para Santo Domingo, nas palavras de seu próprio técnico, Araújo terá um "desafio muito grande" pela frente: o atual campeão mundial dos 400 m com barreiras, título que conquistou em Edmonton-2001, o dominicano Félix Sanchez.
"Será difícil, mas, se Eronilde estiver muito bem treinado e em bom momento, pode vencer. Ele tem uma estrela danada", analisa Netto, sobre um eventual confronto entre seu atleta e Sanchez.
Sem índice para o Pan, tricampeão Eronilde Araújo corre por recorde
EDUARDO OHATAda Folha de S.Paulo
Eronilde Araújo, dono do maior número de ouros individuais brasileiros no atletismo nos Jogos Pan-Americanos, três, tem sua busca pelo quarto ouro dificultada por ainda não ter garantido índice para Santo Domingo-2003 e por estar fora de sua melhor forma técnica, pois vem de lesão.
Mesmo assim, Araújo, 32, participa neste domingo, às 14h, das semifinais de sua especialidade, os 400 m com barreiras, no Troféu Brasil, em São Paulo, para tentar obter o índice (49s20) para o Pan. As finais acontecem domingo, às 9h15.
Os últimos tempos registrados por Araújo, nas últimas semanas, na Colômbia e em São Caetano, ficaram acima da casa dos 50s.
O prazo final para conseguir o índice vence no próximo dia 29.
Foi no Pan de Winnipeg-1999, que Araújo, a exemplo do que havia feito Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, na edição de 1959, conquistou sua terceira medalha de ouro na competição. A marca de Silva havia permanecido inigualada por 40 anos.
Por conta de uma tendinite no tendão de sua perna esquerda, Araújo ficou inativo desde a disputa do Troféu Brasil de 2002, em setembro, até janeiro deste ano.
Para não eliminar suas chances de correr em Santo Domingo e conquistar o quarto ouro inédito, Araújo, em conjunto com seu técnico, Jayme Netto, decidiu evitar cirurgia.
"Se isso acontecesse, Eronilde não iria ao Pan. E ser o primeiro brasileiro da história a ganhar quatro ouros [individuais no atletismo no Pan] seria algo espetacular para ele", diz Netto.
O atleta lembra que, antes da parada, fazia a prova regularmente em menos de 50 segundos.
"[Ser campeão pela quarta vez] seria importante. O azar foi que melhorei [da contusão] em cima do Troféu Brasil. Estou melhor fisicamente, mas, tecnicamente, tenho que acertar as barreiras e colocar mais velocidade nos últimos 100 m", afirmou Araújo.
"Está difícil, estou fazendo todo o possível. Mas acho que agora é entregar para Deus", finalizou.
Segundo o atleta, a ansiedade por não ter conseguido o índice prejudica, até em termos técnicos, as chances de Araújo registrar uma marca inédita no Pan.
"Ao invés de já estar me preparando para o Pan, me preocupo com essa situação de ainda não ter alcançado o índice", lamenta o atleta.
Caso não conquiste a classificação para o Pan via Troféu Brasil, o time de Araújo, que, em seguida, disputará o Sul-Americano, na Venezuela, planeja sua participação em provas na Europa com a finalidade de beneficiá-lo com uma sequência de competições.
Mesmo que consiga ir para Santo Domingo, nas palavras de seu próprio técnico, Araújo terá um "desafio muito grande" pela frente: o atual campeão mundial dos 400 m com barreiras, título que conquistou em Edmonton-2001, o dominicano Félix Sanchez.
"Será difícil, mas, se Eronilde estiver muito bem treinado e em bom momento, pode vencer. Ele tem uma estrela danada", analisa Netto, sobre um eventual confronto entre seu atleta e Sanchez.
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