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25/06/2003
-
20h12
da Folha de S.Paulo
A FIA voltou atrás em sua decisão de banir a propaganda tabagista da F-1 em 1º de outubro de 2006. Em reunião hoje em Paris, o conselho da entidade máxima do automobilismo apenas sugere que esse tipo de publicidade seja evitado a partir dessa data.
Aparentemente retórica, a mudança dá sobrevida a contratos de patrocínio e é um claro recado de Max Mosley à União Européia, que decidiu banir a propaganda de cigarro no esporte a partir de 31 de julho de 2005. O banimento em 2006 havia sido acertado pelo presidente da FIA com a Organização Mundial de Saúde, mas o acordo foi atropelado pela UE.
O próximo passo de Mosley é efetivar a ameaça de tirar corridas dos países europeus, exceção feita a França e Inglaterra, que já realizam GPs sem marcas de cigarros.
"Essas duas corridas são o nosso limite. Quem se antecipar a 2006 corre o risco de perder o GP por quebra de contrato", declarou o dirigente, ainda no ano passado.
O dirigente tem levado as promessas a sério. Em 2002, a Bélgica aprovou uma lei antitabagista. Mesmo tendo o melhor circuito da F-1 -Spa-Francorchamps-, perdeu seu GP. No ano que vem, é a Áustria que deixa o calendário.
Além disso, a FIA vem tentando realizar corridas em países da Ásia e do Oriente Médio, menos rigorosos em relação ao tabaco.
China e Bahrein, por exemplo, devem receber GPs no ano que vem. Austrália, Alemanha e EUA, que abrem brechas específicas para receber a categoria, também continuariam. Índia, México e Egito seriam outras opções.
Em carta enviada a David Byrne, comissário da UE para assuntos de saúde pública, Mosley "oficializou" a ameaça. "Ao escolher uma data anterior à do resto do mundo [em 2006], a União Européia força as equipes a procurar eventos fora da Europa em parte de 2005 e em 2006 a fim de cumprir os contratos de patrocínio".
Das dez equipes que disputam o Mundial de F-1 em 2003, cinco têm patrocínio de cigarro: Ferrari, McLaren, Jordan, Renault e BAR.
A disputa entre a FIA e a UE pode acabar atingindo o GP Brasil.
Ontem, o Senado aprovou o adiamento para 2005 da entrada em vigor da proibição da propaganda de cigarros em eventos esportivos no país, a ex-MP 118, que provocou enorme polêmica ao garantir, à véspera do primeiro treino em Interlagos, a edição deste ano da prova paulistana.
O governo, porém, seguiu a data da União Européia. Ou seja, o GP está sob as mesmas ameaças.
Especial
Confira notícias, classificação e calendário da F-1
FIA retira veto à publicidade de cigarro na F-1
TATIANA CUNHAda Folha de S.Paulo
A FIA voltou atrás em sua decisão de banir a propaganda tabagista da F-1 em 1º de outubro de 2006. Em reunião hoje em Paris, o conselho da entidade máxima do automobilismo apenas sugere que esse tipo de publicidade seja evitado a partir dessa data.
Aparentemente retórica, a mudança dá sobrevida a contratos de patrocínio e é um claro recado de Max Mosley à União Européia, que decidiu banir a propaganda de cigarro no esporte a partir de 31 de julho de 2005. O banimento em 2006 havia sido acertado pelo presidente da FIA com a Organização Mundial de Saúde, mas o acordo foi atropelado pela UE.
O próximo passo de Mosley é efetivar a ameaça de tirar corridas dos países europeus, exceção feita a França e Inglaterra, que já realizam GPs sem marcas de cigarros.
"Essas duas corridas são o nosso limite. Quem se antecipar a 2006 corre o risco de perder o GP por quebra de contrato", declarou o dirigente, ainda no ano passado.
O dirigente tem levado as promessas a sério. Em 2002, a Bélgica aprovou uma lei antitabagista. Mesmo tendo o melhor circuito da F-1 -Spa-Francorchamps-, perdeu seu GP. No ano que vem, é a Áustria que deixa o calendário.
Além disso, a FIA vem tentando realizar corridas em países da Ásia e do Oriente Médio, menos rigorosos em relação ao tabaco.
China e Bahrein, por exemplo, devem receber GPs no ano que vem. Austrália, Alemanha e EUA, que abrem brechas específicas para receber a categoria, também continuariam. Índia, México e Egito seriam outras opções.
Em carta enviada a David Byrne, comissário da UE para assuntos de saúde pública, Mosley "oficializou" a ameaça. "Ao escolher uma data anterior à do resto do mundo [em 2006], a União Européia força as equipes a procurar eventos fora da Europa em parte de 2005 e em 2006 a fim de cumprir os contratos de patrocínio".
Das dez equipes que disputam o Mundial de F-1 em 2003, cinco têm patrocínio de cigarro: Ferrari, McLaren, Jordan, Renault e BAR.
A disputa entre a FIA e a UE pode acabar atingindo o GP Brasil.
Ontem, o Senado aprovou o adiamento para 2005 da entrada em vigor da proibição da propaganda de cigarros em eventos esportivos no país, a ex-MP 118, que provocou enorme polêmica ao garantir, à véspera do primeiro treino em Interlagos, a edição deste ano da prova paulistana.
O governo, porém, seguiu a data da União Européia. Ou seja, o GP está sob as mesmas ameaças.
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