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02/07/2003
-
07h41
da Folha Online
Nem o mais fanático torcedor do Santos poderia imaginar que aquele time desacreditado, montado sem dinheiro para a disputa do Brasileiro-2002, recheado de atletas desconhecidos e inexperientes, estaria hoje disputando uma final de Taça Libertadores com o Boca Juniors.
Decisão esta que pode fazer o clube reconquistar o espaço perdido no cenário internacional. Se vencer o time argentino por três gols de diferença (ou por dois, com decisão nos pênaltis), nesta noite, no Morumbi, o time da Baixada quebra um jejum de 40 anos no torneio sul-americano --em 1963, venceu pela segunda e última vez a competição, contra o próprio Boca Juniors.
Há um ano, porém, o mesmo time que hoje é sensação estava esquecido e vivia um período de inatividade de quatro meses após campanhas fracassadas no Torneio Rio-São Paulo e na Copa do Brasil.
Antes do início do Nacional do ano passado, só foi notícia quando contratou o técnico Emerson Leão, quando serviu de sparring para o América (México), que se preparava para enfrentar o São Caetano pela Libertadores-2002, e quando fez um amistoso com o Corinthians.
Sem dinheiro depois de investir milhões em Rincón, Edmundo, Marcelinho & cia. nas temporadas anteriores, o clube se viu obrigado a optar por desconhecidos como o goleiro Júlio Sérgio, o lateral-direito Maurinho e o atacante Alberto. Com elenco tão modesto, e com o peso dos fracassos recentes, o Santos entrou no Brasileiro como mero coadjuvante.
Por pouco não chegou nem mesmo à fase final. Com campanha irregular, classificou-se em oitavo lugar. Das quartas-de-final até a decisão, porém, o grupo comandado por Leão surpreendeu, encantou com Diego e Robinho, e chegou ao título, pondo fim a um jejum de 18 anos sem uma conquista expressiva.
A partir daí, o time passou de patinho feio a cisne. Mesmo jogadores antes pouco cotados, como Elano, Renato e Paulo Almeida, passaram a ser encarados como selecionáveis.
Para a Libertadores, o clube segurou as principais estrelas e manteve praticamente a mesma base --perdeu apenas Maurinho, Alberto e Robert-- e ainda se reforçou com Ricardo Oliveira, Nenê, Fabiano e Reginaldo Araújo.
Mesmo sem apresentar um futebol tão empolgante quanto o das finais do Brasileiro, o Santos fez boa campanha no torneio continental e chegou à final de forma invicta.
O primeiro revés, no jogo de ida da decisão com o Boca Juniors --0 x 2 no La Bombonera--, tornou mais árdua a missão santista.
Mas para quem há um ano vivenciava o ostracismo, nada parece impossível. "Essa equipe já superou muitas dificuldades e vamos superar mais essa. Vamos dar a vida por esse jogo", disse o meia Diego.
SANTOS
Fábio Costa; Wellington (Fabiano), André Luís (Pereira), Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Fabiano (Nenê) e Diego; Robinho e Ricardo Oliveira
Técnico: Emerson Leão
BOCA JUNIORS
Abbondanzieri; Ibarra, Schiavi, Burdisso e Rodriguez; Battaglia, Cascini, Cagna e Tevéz; Delgado e Villareal
Técnico: Carlos Bianchi
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Horário: 21h40
Juiz: Jorge Larrionda (Uruguai)
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ALMIR RIZZATTOda Folha Online
Nem o mais fanático torcedor do Santos poderia imaginar que aquele time desacreditado, montado sem dinheiro para a disputa do Brasileiro-2002, recheado de atletas desconhecidos e inexperientes, estaria hoje disputando uma final de Taça Libertadores com o Boca Juniors.
Decisão esta que pode fazer o clube reconquistar o espaço perdido no cenário internacional. Se vencer o time argentino por três gols de diferença (ou por dois, com decisão nos pênaltis), nesta noite, no Morumbi, o time da Baixada quebra um jejum de 40 anos no torneio sul-americano --em 1963, venceu pela segunda e última vez a competição, contra o próprio Boca Juniors.
Há um ano, porém, o mesmo time que hoje é sensação estava esquecido e vivia um período de inatividade de quatro meses após campanhas fracassadas no Torneio Rio-São Paulo e na Copa do Brasil.
Antes do início do Nacional do ano passado, só foi notícia quando contratou o técnico Emerson Leão, quando serviu de sparring para o América (México), que se preparava para enfrentar o São Caetano pela Libertadores-2002, e quando fez um amistoso com o Corinthians.
Sem dinheiro depois de investir milhões em Rincón, Edmundo, Marcelinho & cia. nas temporadas anteriores, o clube se viu obrigado a optar por desconhecidos como o goleiro Júlio Sérgio, o lateral-direito Maurinho e o atacante Alberto. Com elenco tão modesto, e com o peso dos fracassos recentes, o Santos entrou no Brasileiro como mero coadjuvante.
Por pouco não chegou nem mesmo à fase final. Com campanha irregular, classificou-se em oitavo lugar. Das quartas-de-final até a decisão, porém, o grupo comandado por Leão surpreendeu, encantou com Diego e Robinho, e chegou ao título, pondo fim a um jejum de 18 anos sem uma conquista expressiva.
A partir daí, o time passou de patinho feio a cisne. Mesmo jogadores antes pouco cotados, como Elano, Renato e Paulo Almeida, passaram a ser encarados como selecionáveis.
Para a Libertadores, o clube segurou as principais estrelas e manteve praticamente a mesma base --perdeu apenas Maurinho, Alberto e Robert-- e ainda se reforçou com Ricardo Oliveira, Nenê, Fabiano e Reginaldo Araújo.
Mesmo sem apresentar um futebol tão empolgante quanto o das finais do Brasileiro, o Santos fez boa campanha no torneio continental e chegou à final de forma invicta.
O primeiro revés, no jogo de ida da decisão com o Boca Juniors --0 x 2 no La Bombonera--, tornou mais árdua a missão santista.
Mas para quem há um ano vivenciava o ostracismo, nada parece impossível. "Essa equipe já superou muitas dificuldades e vamos superar mais essa. Vamos dar a vida por esse jogo", disse o meia Diego.
SANTOS
Fábio Costa; Wellington (Fabiano), André Luís (Pereira), Alex e Léo; Paulo Almeida, Renato, Fabiano (Nenê) e Diego; Robinho e Ricardo Oliveira
Técnico: Emerson Leão
BOCA JUNIORS
Abbondanzieri; Ibarra, Schiavi, Burdisso e Rodriguez; Battaglia, Cascini, Cagna e Tevéz; Delgado e Villareal
Técnico: Carlos Bianchi
Local: estádio do Morumbi, em São Paulo
Horário: 21h40
Juiz: Jorge Larrionda (Uruguai)
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