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03/07/2003
-
01h25
Sensação do país desde o final do ano passado e invicto até o mata-mata decisivo, o Santos fez nesta quarta a pior final de um clube brasileiro na história da Libertadores.
Ao cair diante do Boca por 3 a 1, no Morumbi, terminou a decisão com duas derrotas e nenhuma vitória, algo que jamais tinha acontecido com os outros oito times do Brasil que chegaram a uma decisão do torneio continental.
Como já tinha acontecido no jogo de ida em Buenos Aires, ganho pelo Boca por 2 a 0, a tática dos argentinos deu certo.
A equipe de Carlos Bianchi se fechou na defesa, explorou os contra-ataques e deixou apenas os atacantes Tévez e Delgado mais adiantados.
Apesar de ter dominado a partida (teve a posse da bola durante 61% do jogo, segundo o Datafolha), o Santos não foi eficiente, e a estratégia de contra-ataques argentinos vingou.
Demonstrando muito espírito de luta e recuperando rapidamente a bola, o Santos começou melhor a partida. A equipe do litoral paulista tinha criado pelo menos três boas chances de gol (a principal aos 7min, lance que Villareal salvou praticamente em cima da linha) quando o Boca abriu o marcador.
O time argentino armou rápido contra-ataque, Tévez fez ótima tabela com Battaglia e chutou rasteiro, diante de Fábio Costa, para fazer 1 a 0.
Depois do gol, a equipe de Leão não manteve o mesmo ímpeto dos minutos iniciais, e aos 30min o treinador resolveu fazer sua primeira substituição. Tirou Wellington da lateral para colocar um terceiro atacante: Nenê.
Apesar da alteração, o time não melhorou em campo e começou a demonstrar nervosismo.
O meia Diego, por exemplo, passou boa parte do primeiro tempo tentando provocar Cascini, seu marcador, que recebera cartão amarelo logo aos 6min.
Pragmático, o Boca mantinha sempre quatro jogadores na defesa, mesmo quando a bola estava em seu ataque e não havia mais de um jogador santista adiantado.
Para o segundo tempo, o Boca voltou ainda mais recuado, e o Santos foi com tudo para o ataque. Sem obter êxito.
Um dos lances que mais levantaram a torcida foi aos 3min. Nenê avançou pela esquerda, tentou passar por Schiavi, mas não conseguiu. Ao cair, pediu pênalti que o juiz acertadamente não deu. Outro aconteceu com Ricardo Oliveira, que penetrou livre e chutou em cima do goleiro. Mas a arbitragem anotara impedimento.
Logo depois, o atacante foi substituído por Douglas.
Aos 30min, quando alguns torcedores começavam a sair do estádio, o Santos empatou. Alex chutou de longe, o goleiro Abbondanzieri pulou atrasado, e a bola entrou em seu canto direito.
Mas nos contra-ataques prevaleceu a força dos argentinos.
Aos 39min, o Santos perdeu a bola, Delgado aproveitou saída de Fábio Costa e chutou para marcar, com o gol vazio.
Nove minutos depois, o goleiro fez pênalti em Jerez. O juiz, quando ia mostrar o amarelo a Fábio Costa, teve o cartão arrancado por Paulo Almeida, que o exibiu ao próprio árbitro. Depois de rir do lance, o juiz autorizou a cobrança, e Schiavi definiu o placar.
Especial
Taça Libertadores
Santos faz pior decisão brasileira na história da Libertadores
da Folha de S.PauloSensação do país desde o final do ano passado e invicto até o mata-mata decisivo, o Santos fez nesta quarta a pior final de um clube brasileiro na história da Libertadores.
Ao cair diante do Boca por 3 a 1, no Morumbi, terminou a decisão com duas derrotas e nenhuma vitória, algo que jamais tinha acontecido com os outros oito times do Brasil que chegaram a uma decisão do torneio continental.
Como já tinha acontecido no jogo de ida em Buenos Aires, ganho pelo Boca por 2 a 0, a tática dos argentinos deu certo.
A equipe de Carlos Bianchi se fechou na defesa, explorou os contra-ataques e deixou apenas os atacantes Tévez e Delgado mais adiantados.
Apesar de ter dominado a partida (teve a posse da bola durante 61% do jogo, segundo o Datafolha), o Santos não foi eficiente, e a estratégia de contra-ataques argentinos vingou.
Demonstrando muito espírito de luta e recuperando rapidamente a bola, o Santos começou melhor a partida. A equipe do litoral paulista tinha criado pelo menos três boas chances de gol (a principal aos 7min, lance que Villareal salvou praticamente em cima da linha) quando o Boca abriu o marcador.
O time argentino armou rápido contra-ataque, Tévez fez ótima tabela com Battaglia e chutou rasteiro, diante de Fábio Costa, para fazer 1 a 0.
Depois do gol, a equipe de Leão não manteve o mesmo ímpeto dos minutos iniciais, e aos 30min o treinador resolveu fazer sua primeira substituição. Tirou Wellington da lateral para colocar um terceiro atacante: Nenê.
Apesar da alteração, o time não melhorou em campo e começou a demonstrar nervosismo.
O meia Diego, por exemplo, passou boa parte do primeiro tempo tentando provocar Cascini, seu marcador, que recebera cartão amarelo logo aos 6min.
Pragmático, o Boca mantinha sempre quatro jogadores na defesa, mesmo quando a bola estava em seu ataque e não havia mais de um jogador santista adiantado.
Para o segundo tempo, o Boca voltou ainda mais recuado, e o Santos foi com tudo para o ataque. Sem obter êxito.
Um dos lances que mais levantaram a torcida foi aos 3min. Nenê avançou pela esquerda, tentou passar por Schiavi, mas não conseguiu. Ao cair, pediu pênalti que o juiz acertadamente não deu. Outro aconteceu com Ricardo Oliveira, que penetrou livre e chutou em cima do goleiro. Mas a arbitragem anotara impedimento.
Logo depois, o atacante foi substituído por Douglas.
Aos 30min, quando alguns torcedores começavam a sair do estádio, o Santos empatou. Alex chutou de longe, o goleiro Abbondanzieri pulou atrasado, e a bola entrou em seu canto direito.
Mas nos contra-ataques prevaleceu a força dos argentinos.
Aos 39min, o Santos perdeu a bola, Delgado aproveitou saída de Fábio Costa e chutou para marcar, com o gol vazio.
Nove minutos depois, o goleiro fez pênalti em Jerez. O juiz, quando ia mostrar o amarelo a Fábio Costa, teve o cartão arrancado por Paulo Almeida, que o exibiu ao próprio árbitro. Depois de rir do lance, o juiz autorizou a cobrança, e Schiavi definiu o placar.
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