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05/07/2003
-
21h45
da Folha de S.Paulo
O australiano Mark Philippoussis tenta provar neste domingo, às 10h, na decisão do Torneio de Wimbledon contra o suíço Roger Federer, que o saque-voleio não morreu apesar do sério risco de extinção que corre.
Após amplo domínio em Wimbledon nos últimos anos, o estilo sofreu um duro golpe em 2002, quando dois tenistas sem essas características de sacar e volear, Lleyton Hewitt e David Nalbandian, disputaram a decisão.
Em 2003, antes mesmo do início da 117ª edição do mais tradicional torneio do tênis, o saque-voleio perdeu ainda mais espaço.
O americano Pete Sampras, heptacampeão em Wimbledon, ficou de fora do torneio inglês pela primeira vez desde 1989.
Além disso, o holandês Richard Krajicek, campeão do Grand Slam na grama em 1996, outro adepto do saque-voleio, anunciou sua aposentadoria.
Philippoussis, 48º do ranking, é um dos raros sacadores-voleadores com destaque que restaram no circuito. Entre os top 100 do ranking, apenas oito apresentam como característica o saque-voleio.
Em 1973, ano do advento do ranking de entradas da ATP, existiam seis tenistas que utilizavam bastante a tática de sacar e tentar bloquear a resposta do adversário próximo da rede entre os top 10.
O australiano, que em suas melhores campanhas em Londres havia sido quadrifinalista (98 e 99), obteve 164 aces no torneio e diz já ter a estratégia para amanhã.
"Vou jogar exatamente como venho fazendo", disse ele, que passou por três cirurgias no joelho esquerdo, precisou ficar dois meses em cadeira de rodas e ouviu dos médicos que nunca mais jogaria tênis em alto nível.
Philippoussis, porém, vai enfrentar um adversário que sabe lidar com saques potentes.
Federer, o primeiro suíço a chegar à decisão de um Grand Slam, venceu o saque-canhão Andy Roddick (o americano era o líder na bolsa da apostas) por incontestáveis 3 sets a 0.
Além disso, o suíço, quinto do ranking, se não é um especialista no saque-voleio, também não se limita a distante da rede.
"O Roger pode fazer tudo na quadra. Ele é eficiente tanto sacando e voleando como no fundo de quadra", disse Philippoussis.
Contra Roddick, Federer foi à rede em 39 oportunidades e teve sucesso em 29 delas. O aproveitamento foi superior ao de Philippoussis na semifinal: 33 pontos ganhos em 59 ações.
"Só espero ganhar a final", disse Federer, que aponta Wimbledon como seu torneio preferido e tem vantagem de 2 a 1 no confronto direto com Philippoussis.
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Australiano tenta reabilitar saque-voleio em Wimbledon
FERNANDO ITOKAZUda Folha de S.Paulo
O australiano Mark Philippoussis tenta provar neste domingo, às 10h, na decisão do Torneio de Wimbledon contra o suíço Roger Federer, que o saque-voleio não morreu apesar do sério risco de extinção que corre.
Após amplo domínio em Wimbledon nos últimos anos, o estilo sofreu um duro golpe em 2002, quando dois tenistas sem essas características de sacar e volear, Lleyton Hewitt e David Nalbandian, disputaram a decisão.
Em 2003, antes mesmo do início da 117ª edição do mais tradicional torneio do tênis, o saque-voleio perdeu ainda mais espaço.
O americano Pete Sampras, heptacampeão em Wimbledon, ficou de fora do torneio inglês pela primeira vez desde 1989.
Além disso, o holandês Richard Krajicek, campeão do Grand Slam na grama em 1996, outro adepto do saque-voleio, anunciou sua aposentadoria.
Philippoussis, 48º do ranking, é um dos raros sacadores-voleadores com destaque que restaram no circuito. Entre os top 100 do ranking, apenas oito apresentam como característica o saque-voleio.
Em 1973, ano do advento do ranking de entradas da ATP, existiam seis tenistas que utilizavam bastante a tática de sacar e tentar bloquear a resposta do adversário próximo da rede entre os top 10.
O australiano, que em suas melhores campanhas em Londres havia sido quadrifinalista (98 e 99), obteve 164 aces no torneio e diz já ter a estratégia para amanhã.
"Vou jogar exatamente como venho fazendo", disse ele, que passou por três cirurgias no joelho esquerdo, precisou ficar dois meses em cadeira de rodas e ouviu dos médicos que nunca mais jogaria tênis em alto nível.
Philippoussis, porém, vai enfrentar um adversário que sabe lidar com saques potentes.
Federer, o primeiro suíço a chegar à decisão de um Grand Slam, venceu o saque-canhão Andy Roddick (o americano era o líder na bolsa da apostas) por incontestáveis 3 sets a 0.
Além disso, o suíço, quinto do ranking, se não é um especialista no saque-voleio, também não se limita a distante da rede.
"O Roger pode fazer tudo na quadra. Ele é eficiente tanto sacando e voleando como no fundo de quadra", disse Philippoussis.
Contra Roddick, Federer foi à rede em 39 oportunidades e teve sucesso em 29 delas. O aproveitamento foi superior ao de Philippoussis na semifinal: 33 pontos ganhos em 59 ações.
"Só espero ganhar a final", disse Federer, que aponta Wimbledon como seu torneio preferido e tem vantagem de 2 a 1 no confronto direto com Philippoussis.
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