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15/07/2003
-
09h40
De última hora, a Confederação Brasileira de Atletismo mudou critérios e aumentou a equipe que irá ao Pan de Santo Domingo. A delegação do país terá 35 atletas.
Inicialmente, o prazo para os atletas conseguirem o índice era 29 de junho. O problema é que alguns competidores de ponta, como Eronilde Araújo, não fizeram a marca, estabelecida em 2002.
Com isso, o Conselho Técnico da CBAt aprovou, por unanimidade, a alteração das regras. O prazo foi prorrogado até o último domingo. Ninguém fez índice.
Também foram convocados os atletas classificados entre os seis melhores no ranking pan-americano. A medida favoreceu Araújo, sexto nos 400 m com barreiras, e Fabiano Peçanha, quinto colocado nos 800 m e nos 1.500 m.
"Sempre que for necessário, vou aprovar as mudanças. Não poderíamos deixar um tricampeão pan-americano como o Eronilde de fora", afirma Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAt. "Além disso, a possibilidade de convocar os atletas ranqueados já havia sido discutida em 2002", completa.
Se foi debatida, a idéia não foi levada adiante. Em nota oficial, divulgada em dezembro por Martinho dos Santos, secretário-geral da entidade, não está prevista a convocação de atleta por ranking.
Apesar disso, José Gomes, o Arataca, membro do Conselho Técnico, defende a alteração. "Toda mudança que é feita para agregar é benéfica. Esses atletas têm chance de trazer medalha", diz.
Outra modificação premiou as mulheres. Inicialmente, o país não mandaria equipe de revezamento 4 x 400 m. O critério para a convocação era ter duas atletas classificadas para o Pan nos 400 m ou nos 800 m, o que não ocorreu.
Contudo a confederação acrescentou a essas provas os 400 m com barreiras, na qual duas atletas -Perla dos Santos e Lucimar Teodoro- haviam obtido vaga. Para completar o time, foram chamadas Geisa Coutinho, Josiane Tito e Maria Laura Almirão.
"Esse é um critério universal. Corrigimos uma omissão. Não importa se ela foi feita após alguns meses", diz o presidente da CBAt.
Nem todos concordaram. "Por que alteraram os critérios no dia 29? Toda mudança fora do prazo é espúria", reclama Sérgio Nogueira, diretor da BM&F, principal equipe de atletismo do país.
Outro problema surge com o aumento da delegação. Dos cinco atletas convocados de última hora, três são treinados por membros do Conselho Técnico, que aprovou as mudanças na regra.
Araújo, maior beneficiado com a modificação, é dirigido por Jayme Netto, que também treina Josiane, do revezamento 4 x 400 m.
Geisa Coutinho, outra atleta do time de revezamento, é dirigida por
Carlos Alberto Cavalheiro, também membro do conselho.
Os únicos classificados que não são treinados por membros do conselho são Maria Laura, dirigida por Katsuhico Nakaya, e Peçanha, treinado por seu pai, Jorge.
A Folha procurou Jayme para comentar o caso, mas ele não ligou de volta. Cavalheiro, que viajou ao exterior, não foi localizado.
Especial
Jogos Pan-Americanos-2003
CBAt incha delegação para o Pan de Santo Domingo
da Folha de S.PauloDe última hora, a Confederação Brasileira de Atletismo mudou critérios e aumentou a equipe que irá ao Pan de Santo Domingo. A delegação do país terá 35 atletas.
Inicialmente, o prazo para os atletas conseguirem o índice era 29 de junho. O problema é que alguns competidores de ponta, como Eronilde Araújo, não fizeram a marca, estabelecida em 2002.
Com isso, o Conselho Técnico da CBAt aprovou, por unanimidade, a alteração das regras. O prazo foi prorrogado até o último domingo. Ninguém fez índice.
Também foram convocados os atletas classificados entre os seis melhores no ranking pan-americano. A medida favoreceu Araújo, sexto nos 400 m com barreiras, e Fabiano Peçanha, quinto colocado nos 800 m e nos 1.500 m.
"Sempre que for necessário, vou aprovar as mudanças. Não poderíamos deixar um tricampeão pan-americano como o Eronilde de fora", afirma Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAt. "Além disso, a possibilidade de convocar os atletas ranqueados já havia sido discutida em 2002", completa.
Se foi debatida, a idéia não foi levada adiante. Em nota oficial, divulgada em dezembro por Martinho dos Santos, secretário-geral da entidade, não está prevista a convocação de atleta por ranking.
Apesar disso, José Gomes, o Arataca, membro do Conselho Técnico, defende a alteração. "Toda mudança que é feita para agregar é benéfica. Esses atletas têm chance de trazer medalha", diz.
Outra modificação premiou as mulheres. Inicialmente, o país não mandaria equipe de revezamento 4 x 400 m. O critério para a convocação era ter duas atletas classificadas para o Pan nos 400 m ou nos 800 m, o que não ocorreu.
Contudo a confederação acrescentou a essas provas os 400 m com barreiras, na qual duas atletas -Perla dos Santos e Lucimar Teodoro- haviam obtido vaga. Para completar o time, foram chamadas Geisa Coutinho, Josiane Tito e Maria Laura Almirão.
"Esse é um critério universal. Corrigimos uma omissão. Não importa se ela foi feita após alguns meses", diz o presidente da CBAt.
Nem todos concordaram. "Por que alteraram os critérios no dia 29? Toda mudança fora do prazo é espúria", reclama Sérgio Nogueira, diretor da BM&F, principal equipe de atletismo do país.
Outro problema surge com o aumento da delegação. Dos cinco atletas convocados de última hora, três são treinados por membros do Conselho Técnico, que aprovou as mudanças na regra.
Araújo, maior beneficiado com a modificação, é dirigido por Jayme Netto, que também treina Josiane, do revezamento 4 x 400 m.
Geisa Coutinho, outra atleta do time de revezamento, é dirigida por
Carlos Alberto Cavalheiro, também membro do conselho.
Os únicos classificados que não são treinados por membros do conselho são Maria Laura, dirigida por Katsuhico Nakaya, e Peçanha, treinado por seu pai, Jorge.
A Folha procurou Jayme para comentar o caso, mas ele não ligou de volta. Cavalheiro, que viajou ao exterior, não foi localizado.
Especial
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