Gol de mão não deve invalidar jogo da Série B, diz procurador do STJD

O procurador geral do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Paulo Schmitt, disse nesta segunda-feira que não acredita na anulação da partida entre Ceará e Paraná, disputada no sábado, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

O clube cearense quer o cancelamento do jogo, vencido por 1 a 0 pela equipe paranista, devido ao gol de mão marcado por Wellington Silva e validado pelo árbitro Charles Hebert.

"O Ceará tem direito de entrar com o pedido pela anulação, pois se sentiu prejudicado. Mas é pouquíssimo provável que haja fundamentos para a anulação. Só há anulação quando tem erro material, desconhecimento da norma ou corrupção comprovada. Sem é erro de direito é difícil que o jogo seja anulado", explicou.

Segundo Schmitt, Wellington Silva também não deve ser punido pelo lance, mas o juiz possivelmente será julgado pela falha.

"É um pouco difícil que o jogador seja punido. Se o árbitro tivesse visto, puniria com o cartão. Como não houve punição por cartão, não há problema disciplinar. Assim, o STJD não tem como denunciar ninguém."

"O árbitro será denunciado, pois o erro foi grotesco e, além do mais, a auxiliar levantou a bandeira na hora do lance. Mesmo assim, o árbitro manteve a decisão de validar o gol", completou.

Mesmo com a derrota, o Ceará está na zona de acesso para a primeira divisão do Brasileiro. A equipe nordestina ocupa a quarta colocação da Série B, com 43 pontos, três a mais do que o São Caetano, quinto.