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14/08/2003 - 00h12

Testes antidoping criam polêmica na República Dominicana

da Folha de S.Paulo, em Santo Domingo

Os testes antidoping criaram uma nova polêmica no Pan.

A Odepa havia dito, antes do início dos Jogos, que seriam realizados pelo menos 900 exames. Mas o comitê organizador dominicano diz que não serão feitas mais do que 600 análises.

Segundo Milton Pinedo, diretor da comissão médica do torneio, ´foram feitos 395 testes nos 11 primeiros dias". "Até domingo (quando terminam os Jogos), chegaremos a uns 600", afirmou.

José Joaquín Puello, presidente do comitê organizador, disse que o número pode ser até menor. "O Copan (o comitê local) vai pagar por 500 provas. Não sei se a Odepa irá pagar o restante, acho que não. Pelo que eu saiba, devem ser 500 exames até o final."

Só que Mario Vazquez Raña, presidente da Odepa, disse esperar que cheguem aos 900. "Se for menos que isso é um escândalo. Novecentos para mais de 5.000 atletas são o mínimo que podemos fazer", afirmou o dirigente.

Eduardo de Rose, chefe da comissão médica da Odepa, também acha que "900 são o mínimo". "E vamos fazer mais de 900", avisou, rebatendo as declarações de Pinedo e Puello.

"Já fizemos 552 (e não 395, como disse Pinedo) e vamos fazer mais nos últimos quatro dias para passar dos 900", completou.

Só que o próprio médico diz que não têm sido feitos exames em todos os medalhistas, inclusive em quem leva o ouro.

"Na Olimpíada, fazemos em todos, mas no Pan as condições são outras, os recursos, também. Não dá para fazer em todo mundo."

Na natação do Pan, tem sido feito o antidoping em 50% dos atletas finalistas, independentemente da classificação na prova. No atletismo, quem leva o ouro faz, mas no revezamento 4 x 100 m, por exemplo, apenas um dos quatro velocistas americanos que haviam conquistado a medalha passaram pelo antidoping.

Mickey Grimes, flagrado com efedrina nos 100 m, passou incólume no 4 x 100 m e não foi chamado para fazer nova coleta.

Outro problema, segundo a organização, é que o laboratório responsável pelos exames, sediado em Montréal, estaria atrasando o envio dos resultados. De Rose nega e diz que eles são devolvidos em 24 horas, se são negativos, ou 36 horas, se dão positivo.

Santo Domingo não teve seu laboratório aprovado para fazer os exames no Pan.
 

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