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14/08/2003
-
08h49
da Folha de S.Paulo
Em busca de seu recorde histórico de medalhas e do terceiro lugar no Pan de Santo Domingo, o Brasil corre, salta, nada, pedala, joga, luta, rema e atira como nunca. E deixa Winnipeg para trás.
Ontem, com medalhas em 23 modalidades e a garantia de pódio no futebol, estava perto de igualar a diversidade obtida em 1999, quando subiu ao pódio em 25 esportes. E ao conquistar a 97ª medalha --o ouro de Marcel Stürmer na patinação artística-- e assegurar outras quatro, empatou com as 101 obtidas no Canadá.
Ao que tudo indica, a escalada não deve parar por aí, a começar pela diversidade. Vôlei, canoagem, hipismo, nado sincronizado e taekwondo têm boas ou ótimas chances de medalhas nos últimos quatro dias, o que deixaria o país premiado em até 29 modalidades.
A variedade de medalhas do Brasil já é maior até do que a de grandes potências do continente. Apenas os Estados Unidos obtiveram premiação em mais esportes.
Pelos resultados registrados até o final da noite de ontem, o Canadá havia subido ao pódio em 20 modalidades. Apesar de ter bem mais medalhas do que o Brasil, Cuba viu sua bandeira ser hasteada em apenas 19 esportes.
"O resultado em si é até surpreendente, mas a nossa meta é mesmo conseguir essa diversidade", diz o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que aponta as verbas da Lei Piva, provenientes das loterias, como as maiores responsáveis para que o Brasil alcance medalhas em tantos eventos diferentes.
Mas nem todos esportes agraciados com dinheiro do governo federal foram bem no Pan de Santo Domingo. A esgrima, por exemplo, não medalhou, apesar dos R$ 400 mil recebidos apenas no primeiro semestre deste ano.
Mas o caso dos esgrimistas é uma exceção. Vitaminada financeiramente e beneficiada, em alguns casos, pelo baixo nível dos concorrentes, a equipe brasileira foi ou irá ao pódio em esportes de pouca tradição ou sem muitos praticantes no país, como caratê, pentatlo moderno e squash.
Na maioria esmagadora dos casos, cada equipe brasileira subiu mais de uma vez ao pódio. Foram raros os casos de medalhas únicas, como na luta ou no ciclismo.
O COB tem metas ambiciosas para o Pan de 2007, que será disputado no Rio. Ao contrário de Winnipeg, quando o país não competiu em cinco modalidades, a idéia é colocar atletas em todas as provas, e não apenas em todos os esportes, como manda o regulamento. "Em 2007, teremos uma diversificação ainda maior", promete Nuzman.
Premiado em muitos esportes, o Brasil caminha agora em direção à última meta traçada por atletas e dirigentes, superar os 25 ouros conquistados no Canadá. Sem contar a que deve ser herdada pelo atletismo após um caso de doping dos EUA, o país contabiliza 24 vitórias. Falta pouco.
Especial
Quadro de medalhas
Brasil iguala Winnipeg e já é o 2º país em número de esportes premiados
PAULO COBOSda Folha de S.Paulo
Em busca de seu recorde histórico de medalhas e do terceiro lugar no Pan de Santo Domingo, o Brasil corre, salta, nada, pedala, joga, luta, rema e atira como nunca. E deixa Winnipeg para trás.
Ontem, com medalhas em 23 modalidades e a garantia de pódio no futebol, estava perto de igualar a diversidade obtida em 1999, quando subiu ao pódio em 25 esportes. E ao conquistar a 97ª medalha --o ouro de Marcel Stürmer na patinação artística-- e assegurar outras quatro, empatou com as 101 obtidas no Canadá.
Ao que tudo indica, a escalada não deve parar por aí, a começar pela diversidade. Vôlei, canoagem, hipismo, nado sincronizado e taekwondo têm boas ou ótimas chances de medalhas nos últimos quatro dias, o que deixaria o país premiado em até 29 modalidades.
A variedade de medalhas do Brasil já é maior até do que a de grandes potências do continente. Apenas os Estados Unidos obtiveram premiação em mais esportes.
Pelos resultados registrados até o final da noite de ontem, o Canadá havia subido ao pódio em 20 modalidades. Apesar de ter bem mais medalhas do que o Brasil, Cuba viu sua bandeira ser hasteada em apenas 19 esportes.
"O resultado em si é até surpreendente, mas a nossa meta é mesmo conseguir essa diversidade", diz o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, que aponta as verbas da Lei Piva, provenientes das loterias, como as maiores responsáveis para que o Brasil alcance medalhas em tantos eventos diferentes.
Mas nem todos esportes agraciados com dinheiro do governo federal foram bem no Pan de Santo Domingo. A esgrima, por exemplo, não medalhou, apesar dos R$ 400 mil recebidos apenas no primeiro semestre deste ano.
Mas o caso dos esgrimistas é uma exceção. Vitaminada financeiramente e beneficiada, em alguns casos, pelo baixo nível dos concorrentes, a equipe brasileira foi ou irá ao pódio em esportes de pouca tradição ou sem muitos praticantes no país, como caratê, pentatlo moderno e squash.
Na maioria esmagadora dos casos, cada equipe brasileira subiu mais de uma vez ao pódio. Foram raros os casos de medalhas únicas, como na luta ou no ciclismo.
O COB tem metas ambiciosas para o Pan de 2007, que será disputado no Rio. Ao contrário de Winnipeg, quando o país não competiu em cinco modalidades, a idéia é colocar atletas em todas as provas, e não apenas em todos os esportes, como manda o regulamento. "Em 2007, teremos uma diversificação ainda maior", promete Nuzman.
Premiado em muitos esportes, o Brasil caminha agora em direção à última meta traçada por atletas e dirigentes, superar os 25 ouros conquistados no Canadá. Sem contar a que deve ser herdada pelo atletismo após um caso de doping dos EUA, o país contabiliza 24 vitórias. Falta pouco.
Especial
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