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16/08/2003 - 00h01

Canadá aposta em sprint final para passar Brasil no Pan

EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO

da Folha de S.Paulo, em Santo Domingo

Os canadenses ainda acreditam que terminarão os Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo em terceiro lugar, ficando à frente do Brasil. A intenção é dar um sprint final e, nos derradeiros instantes, recuperar a posição perdida.

Logo depois de sua equipe ter perdido o ouro para os brasileiros no futebol feminino, Chris Rudge, presidente do Comitê Olímpico Canadense, disse à Folha de S. Paulo que terminaria o Pan em terceiro.

"O Brasil está à frente, mas é temporário. Em nossa avaliação, ganharemos o terceiro lugar, embora seja por uma diferença muito pequena", afirmou o dirigente.

Para Rudge, o Canadá terminaria o Pan com 31 medalhas de ouro. O Brasil, com 29.

Suas principais esperanças estavam na canoagem, onde esperava conquistar, entre esta sexta e sábado, de três a quatro ouros e no badminton, que poderia lhe dar três ouros. Segundo o canadense, seu país tem ainda a certeza de conquistar entre sábado e domingo outros três ouros, dois no esqui aquático, um no ciclismo.

"No final do Pan ficaram alguns esportes em que somos muito fortes. Além da canoagem, do badminton e do esqui aquático, temos o ciclismo, o squash, o taekwondo e a natação", declarou.

Apesar do otimismo, Rudge reconhece que o desempenho canadense ficou abaixo do esperado --em Winnipeg, o país conquistou 64 ouros.

"Trabalhávamos com a possibilidade de terminar com 35 a 37 medalhas de ouro. Hoje sabemos que a meta não será atingida", afirmou.

Uma explicação? Várias, responde. A começar pelo fato de que o Canadá não levou sua equipe principal. "O Pan está longe de ser uma Olimpíada, é um evento mais para você testar jovens atletas do que para usar as principais estrelas. Foi o que fizemos. Posso dizer que mais de 80% de nossos atletas eram revelações que usaram o Pan para amadurecer."

Outra explicação é o fato de o Canadá não ter competido em casa, como acontecera em Winnipeg. "Aí a diferença é grande. Em casa, você se aplica mais, usa os melhores talentos, conta com o fator torcida, a tendência é ir melhor. É o que certamente acontecerá com o Brasil em 2007. Lá sim dificilmente teremos qualquer chance de ficar em terceiro. Até porque novamente não iremos com força máxima."

Ainda segundo o dirigente, o número de atletas levados aos Jogos diminuiu de Winnipeg para Santo Domingo. "Em casa, contávamos com 640 competidores. Aqui não temos mais de 440."

Sobre o crescimento do Brasil, disse que já era esperado. "Não só do Brasil, mas de toda a América do Sul, que está investindo mais em esporte. Eu diria que fiquei até mais surpreso com o resultado da Venezuela do que com o do Brasil. Sinceramente, achava que vocês passariam das 25 medalhas de ouro (de Winnipeg), o que não contava era que nós ficássemos abaixo das 35."

Já em relação aos Jogos de 2007, o canadense diz que as expectativas são as melhores possíveis.

"Em Santo Domingo, prevaleceu o improviso. No Rio de Janeiro, acho que as coisas estarão melhores, serão mais organizadas. Tenho certeza de que serão grandes Jogos e de que aí sim o Brasil ficará em terceiro."

Só que, no final, não deixou de mandar um recado. "Mas a partir de 2011, as coisas voltam ao normal", brincou. "O terceiro lugar vai voltar a ser nosso."
 

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