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16/08/2003 - 23h46

Em 2007, Rio quer fazer um Pan melhor que o de Santo Domingo

EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Folha de S.Paulo, em Santo Domingo

O Comitê Organizador do Rio quer fazer, no Pan de 2007, tudo diferente de Santo Domingo. A lição que a entidade diz ter tirado da competição dominicana é essa: trilhar o caminho contrário.

Do esquema de segurança ao plano de captação de recursos ou ao prazo de conclusão das instalações esportivas, tudo é pensado de modo diverso do feito na República Dominicana, a fim de que os problemas de 2003 não sejam repetidos daqui a quatro anos.

De posse das informações coletadas agora, além de outras propostas, o departamento técnico do Comitê Olímpico Brasileiro deve reestruturar o dossiê do Pan-07. A primeira reunião do Co-Rio com a Organização Desportiva Pan-Americana para tratar do assunto está prevista para outubro.

O secretário geral do Co-Rio, Carlos Roberto Osório, explicou que sua função não é criticar o Pan de Santo Domingo, mas divergiu de muitas das decisões tomadas pelo Copan, o Comitê Organizador do Pan-2003. "Estamos aqui para aprender com os erros e acertos, mas não vamos basear nosso planejamento em experiências malsucedidas", disse.

Para ele, a área em que os dominicanos tiveram o pior desempenho foi no programa de marketing, que o presidente do Copan, José Joaquín Puello, reconhece ter sido seu calcanhar-de-aquiles.

Isso teria sido causado pelo atraso com que os dominicanos fecharam, só há dois anos do Pan, o acordo com a produtora de TV que gerou suas imagens. A idéia dos brasileiros é fechá-lo nos próximos quatro ou seis meses.

"Eles [os dominicanos] admitem que foi um erro estratégico e que a receita com a comercialização dos Jogos está aquém do esperado. É imprescindível que se tenha a programação da TV planejada para mostrar aos investidores em potencial quando você for em busca de recursos. Eles querem saber onde a sua mensagem estará penetrando e quais serão os horários", justifica Osorio.

A idéia é que essa antecedência seja também aplicada à divulgação do evento ao público, resultando em bilheterias melhores. Nesta edição do Pan, faltando uma semana para sua abertura, os preços dos ingressos não haviam sido divulgados e parte deles foi distribuída gratuitamente para evitar arquibancadas vazias.

Outro assunto priorizado pelo Co-Rio é a segurança.

Ao contrário do que aconteceu no Pan dominicano, cujos núcleos de
segurança obedeciam a várias "cabeças" (militar, federal e particular, entre outras), o Co-Rio prevê um comando central. O responsável já foi definido: trata-se do general Sérgio Rosário, que hoje está na reserva e no passado chefiou missões no Timor Leste.

Para evitar riscos, público, atletas, mídia, dirigentes e autoridades devem entrar nas instalações esportivas por portões distintos, o que não ocorreu nesta edição.

Também a conclusão das obras para o Pan-07 deve acontecer com mais antecedência do que agora. Na semana anterior ao início do Pan da República Dominicana ainda havia várias instalações em fase de acabamento.

O estádio olímpico, por exemplo, receberá os retoques finais somente após o fim do Pan-Americano, segundo confirmaram representantes da Odepa.

A data prevista para a finalização da maior parte das obras para o Pan carioca é 2005, dois anos antes do evento, o que permitiria testes e eventuais modificações.

O Co-Rio afirma que consultou representantes de federações esportivas internacionais para que as instalações fiquem em conformidade com seus regulamentos.

Em Santo Domingo, foram encontradas incorreções técnicas que forçaram mudanças nas instalações na última hora e que modificaram o programa de competições de algumas modalidades.
 

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