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16/08/2003 - 23h51

Fôlego de trintões amplia coleção de ouros para o Brasil

EDUARDO OHATA
GUILHERME ROSEGUINI
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Folha de S.Paulo, em Santo Domingo

O ouro veterano, conquistado por atletas com 30 anos ou mais, é um dos principais fatores que puseram o Brasil na luta pela terceira posição do Pan-03 com o Canadá.

A contribuição dos trintões para o total de ouros nacionais aumentou em 400% em relação aos Jogos de Winnipeg, em 1999.

Na República Dominicana, sem contar os esportes coletivos, oito ouros foram conquistados com a participação de veteranos.

No Canadá, há quatro anos, apenas dois ouros foram conquistados por atletas na casa dos 30: Adriana Behar (30), que jogou ao lado da companheira Shelda no vôlei de praia, e Vitor Alves (41) e André Johannpeter (36), na competição de hipismo por equipes.

Além disso, muitos brasileiros na faixa dos 30 anos e até com 40 levaram prata e bronze para casa, mesmo em esportes que exigem força física, como o squash.

O atletismo e a natação foram as modalidades mais beneficiadas com a experiência.

O paranaense Vanderlei Cordeiro de Lima, que completou 34 anos dois dias depois de vencer a maratona em Santo Domingo, e a catarinense Márcia Narloch, 34, campeã feminina da mesma prova, foram os responsáveis por metade dos ouros do atletismo.

"Não é fácil vencer um Pan e quatro anos mais tarde repetir o feito", disse Lima sobre a prova de 42 km. O maratonista quase desistiu no trigésimo quilômetro por causa do calor e umidade.

Nas provas de natação, Gustavo Borges, 31, e Rogério Romero, 33, mostraram que a nova geração ainda precisa da experiência da velha guarda para chegar ao lugar mais alto do pódio.

"A idade foi chegando, mas eu nunca mudei meus objetivos. Sempre estou pronto para brigar pelas primeiras colocações", explicou Borges, que conquistou o ouro no 4 x 100 m livre.

Maior nome do iatismo brasileiro e tricampeão do Pan, Robert Scheidt disparou uma resposta contraditória ao ser questionado sobre a renovação no esporte.

"Estão surgindo novos talentos. Por exemplo, se eu decidir trocar de classe, há vários jovens atletas que poderão me substituir na laser", analisou Scheidt, 30, ao reconhecer que uma renovação estaria condicionada ao seu interesse em mudar de classe.

Alguns veteranos, mesmo tendo experimentado revezes durante este Pan, já estudam disputar o próximo, o do Rio, em 2007.

É o caso de Hugo Hoyama, 34, ouro em duplas com Thiago Monteiro. "Quem sabe eu não esteja de novo no Rio-2007", disse.

Já Fernando Meligeni, 32, que ganhou o ouro depois de bater Marcelo Ríos na final, despediu-se das quadras de tênis no Pan.

Outro veterano que ganhou ouro em Santo Domingo foi o judoca Mário Sabino, 30. Para ser campeão, ele teve de superar uma lesão no polegar que o obrigou a lutar com a mão direita enfaixada.
 

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