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18/08/2003 - 00h07

Brasil volta de Santo Domingo com 60% da delegação premiada

da Folha de S.Paulo

Com uma vocação para triunfar em grupo, a delegação brasileira vai embora de Santo Domingo com 123 medalhas, mas com muito mais gente premiada.

Dos 479 integrantes da equipe do país (a maior delegação da história do país nos Jogos), nada menos do que 288, ou 60% do total, irão voltar para a casa com uma medalha no peito.

Isso graças ao bom desempenho em provas que o atleta não decide tudo sozinho. Ao todo, o Brasil conquistou 43 pódios em provas não individuais.

Se só elas existissem, o país teria uma posição melhor no quadro de medalhas. Cuba, que terminou o Pan-Americano dominicano em segundo lugar, subiu ao pódio em 37 eventos em que dois ou mais atletas competiam juntos. A potência esportiva do Caribe prioriza esportes individuais que rendem muitas medalhas, como esgrima, boxe e tiro.

Já o Brasil prefere gastar suas energias em grupo. O país, por exemplo, ficou com o ouro no futebol feminino, no handebol com os dois sexos e ainda no basquete masculino.

Foi também prata no pólo masculino e no futebol masculino, e ainda levou o bronze no basquete feminino, no vôlei masculino e no hóquei em linha.
Considerando apenas essas provas, o país ficaria na frente até dos EUA. Nesses nove eventos, os americanos ganharam apenas dois ouros e dois bronzes.

O Brasil também é especialista em provas de revezamento da natação e do atletismo. Foram sete medalhas desse tipo, incluindo uma de ouro nos 4x100 m livres nas piscinas de Santo Domingo. No atletismo também pleiteia o ouro nos 4x100 m depois que um atleta norte-americano foi acusado de doping.

Nos quartetos de duas das mais nobres modalidades do Pan, Cuba, por exemplo, só foi ao pódio em duas oportunidades.

Na ginástica rítmica aconteceu outro exemplo de que a maior país da América do Sul parece funcionar melhor em grupo.

O Brasil ganhou três medalhas de ouro em eventos por equipe, conta nenhuma desse metal nas provas individuais.

Por ter boa performance em provas coletivas, muitas vezes mais disputadas mas que têm o mesmo peso para o quadro de medalhas, dirigentes do país já ensaiaram uma mudança nos critérios de classificação, dando maior peso aos pódios obtidos em eventos não individuais.

Tradição

O Brasil tem uma larga tradição de melhor desempenho nos esportes coletivos.

Prova disso aconteceu na Olimpíada de Sydney, em 2000. Das 12 medalhas conquistadas pelo país, só três foram conquistadas em eventos individuais. Assim, apesar do baixo número de medalhas, conseguiu premiações para um número significativo da delegação que foi à Austrália.

Dos 205 atletas da equipe formada pelo COB, 23% voltaram para cada com medalha no peito.

Em termos olímpicos, Santo Domingo também foi bom para os esportes coletivos. O handebol garantiu vaga nos Jogos de Atentas para os times masculino e feminino.
 

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