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19/08/2003
-
00h01
GUILHERME ROSEGUINI
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Folha de S.Paulo, em Santo Domingo
O discurso do prefeito Cesar Maia não convenceu os dominicanos. Para eles, o Rio terá mais problemas que Santo Domingo no tocante à segurança, ponto que tem sido apontado pela imprensa internacional como o mais preocupante para o próximo Pan-Americano, em 2007.
Questionado diversas vezes sobre a questão da segurança, o prefeito do Rio repetiu, na capital dominicana, que o esquema será de Primeiro Mundo, um modelo para os demais países.
Não foi específico, no entanto, sobre como ele funcionará, o que gerou dúvidas em Santo Domingo.
"Não é tarefa fácil (organizar os Jogos)", disse à reportagem José Joaquín Puello, presidente do Copan, o comitê organizador de 2003.
"Apesar de termos recebido críticas, nosso sistema de segurança funcionou. Não sei como será no Rio, pois até agora (os brasileiros) não foram muito claros (quando indagados) sobre este ponto."
No Pan que terminou no domingo, houve uma série de problemas, como superlotação de ginásios, invasão de quadras, torcedores armados em instalações esportivas, mas Puello os vê como parte da cultura dominicana.
"No final não houve nenhuma tragédia, houve, sim, uma festa muito bonita. O povo dominicano está muito orgulhoso de nosso trabalho, espero que o Brasil siga o mesmo caminho."
Para Puello, que também preside o Comitê Olímpico Dominicano, não basta os cariocas contratarem uma empresa de consultoria internacional para lhes auxiliar na segurança.
"É preciso respeitar a cultura de um país. Aqui nós respeitamos a nossa, por isso não houve problemas. Os brasileiros devem encontrar seu próprio caminho para evitar crimes em geral durante o Pan."
Vice-presidente do Copan, Ramón Emilio Jiménez Reyes também acha que a segurança foi positiva em Santo Domingo.
"Aqui as maiores preocupações eram as instalações esportivas. Foi difícil, mas elas ficaram prontas a tempo. No Rio, sinto que a questão é outra. Segurança e transporte são os itens que mais causam preocupação."
Exceto a parte de segurança, as declarações de Cesar Maia (PFL) foram muito elogiadas pela mídia, dirigentes e políticos locais.
Um que gostou do que ouviu foi Puello. "Ele foi muito simpático e reconheceu nosso trabalho. Fiquei muito feliz quando disse esperar repetir no Rio a organização de Santo Domingo."
Para Puello, o discurso do prefeito carioca mostrou que nem todos brasileiros ficaram decepcionados com o que viram no Pan, uma clara alusão às críticas do Comitê Olímpico Brasileiro à organização do torneio.
César Cedeño, secretário de Esporte do governo dominicano, foi outro que não poupou elogios a Maia. "Quando ele disse que a organização e a Vila Pan-Americana foram fantásticas, comparáveis à Olimpíada de Barcelona (em 1992), ficamos emocionados. Espero que o Rio repita nosso sucesso", comentou.
Mas Mario Vazquez Raña, presidente da Odepa, a entidade que gerencia o esporte olímpico nas Américas, deixa claro que espera muito mais do Rio. "Tenho certeza de que vamos dizer (em 2007) que vimos os maiores Jogos da história", declarou.
Em Santo Domingo, ele se recusou a fazê-lo, já que achou os de Winnipeg, em 1999, foram muito mais organizados.
Segurança desperta desconfiança para o Pan do Rio-2007
EDUARDO OHATAGUILHERME ROSEGUINI
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
da Folha de S.Paulo, em Santo Domingo
O discurso do prefeito Cesar Maia não convenceu os dominicanos. Para eles, o Rio terá mais problemas que Santo Domingo no tocante à segurança, ponto que tem sido apontado pela imprensa internacional como o mais preocupante para o próximo Pan-Americano, em 2007.
Questionado diversas vezes sobre a questão da segurança, o prefeito do Rio repetiu, na capital dominicana, que o esquema será de Primeiro Mundo, um modelo para os demais países.
Não foi específico, no entanto, sobre como ele funcionará, o que gerou dúvidas em Santo Domingo.
"Não é tarefa fácil (organizar os Jogos)", disse à reportagem José Joaquín Puello, presidente do Copan, o comitê organizador de 2003.
"Apesar de termos recebido críticas, nosso sistema de segurança funcionou. Não sei como será no Rio, pois até agora (os brasileiros) não foram muito claros (quando indagados) sobre este ponto."
No Pan que terminou no domingo, houve uma série de problemas, como superlotação de ginásios, invasão de quadras, torcedores armados em instalações esportivas, mas Puello os vê como parte da cultura dominicana.
"No final não houve nenhuma tragédia, houve, sim, uma festa muito bonita. O povo dominicano está muito orgulhoso de nosso trabalho, espero que o Brasil siga o mesmo caminho."
Para Puello, que também preside o Comitê Olímpico Dominicano, não basta os cariocas contratarem uma empresa de consultoria internacional para lhes auxiliar na segurança.
"É preciso respeitar a cultura de um país. Aqui nós respeitamos a nossa, por isso não houve problemas. Os brasileiros devem encontrar seu próprio caminho para evitar crimes em geral durante o Pan."
Vice-presidente do Copan, Ramón Emilio Jiménez Reyes também acha que a segurança foi positiva em Santo Domingo.
"Aqui as maiores preocupações eram as instalações esportivas. Foi difícil, mas elas ficaram prontas a tempo. No Rio, sinto que a questão é outra. Segurança e transporte são os itens que mais causam preocupação."
Exceto a parte de segurança, as declarações de Cesar Maia (PFL) foram muito elogiadas pela mídia, dirigentes e políticos locais.
Um que gostou do que ouviu foi Puello. "Ele foi muito simpático e reconheceu nosso trabalho. Fiquei muito feliz quando disse esperar repetir no Rio a organização de Santo Domingo."
Para Puello, o discurso do prefeito carioca mostrou que nem todos brasileiros ficaram decepcionados com o que viram no Pan, uma clara alusão às críticas do Comitê Olímpico Brasileiro à organização do torneio.
César Cedeño, secretário de Esporte do governo dominicano, foi outro que não poupou elogios a Maia. "Quando ele disse que a organização e a Vila Pan-Americana foram fantásticas, comparáveis à Olimpíada de Barcelona (em 1992), ficamos emocionados. Espero que o Rio repita nosso sucesso", comentou.
Mas Mario Vazquez Raña, presidente da Odepa, a entidade que gerencia o esporte olímpico nas Américas, deixa claro que espera muito mais do Rio. "Tenho certeza de que vamos dizer (em 2007) que vimos os maiores Jogos da história", declarou.
Em Santo Domingo, ele se recusou a fazê-lo, já que achou os de Winnipeg, em 1999, foram muito mais organizados.
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