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04/09/2003 - 00h01

Tempo trabalha a favor de Parreira nas eliminatórias

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da Folha de S.Paulo

Experiência no cargo, mais tempo para treinos e quase três anos para azeitar a seleção à disputa do Mundial da Alemanha.

Nas eliminatórias sul-americanas, em que a seleção brasileira faz sua estréia no domingo, contra a Colômbia, às 18h10, Carlos Alberto Parreira, 60, tem muita coisa a seu favor para não repetir o desempenho do país nas últimas três vezes que jogou o qualificatório --em todas a vaga só chegou na rodada derradeira da competição-- e montar uma boa equipe para o Mundial alemão.

De domingo até o início da Copa de 2006, o treinador, que dirige a seleção pela terceira vez, terá 1.006 dias para preparar o time. Nunca antes, nas oportunidades em que o Brasil não tinha uma vaga automática, o começo do classificatório e a abertura do Mundial estiveram tão distantes.

"Nesse aspecto é bom. Sendo assim, você pode definir o time para a Copa tática e tecnicamente bem antes", diz Carlos Alberto Parreira, que no entanto se queixa do pouco tempo que diz ter para treinar sua equipe.

Se não é ideal, o cenário atual é bem mais animador do que o enfrentado pelos quatro treinadores que comandaram o Brasil no classificatório para 2002.

Para o primeiro jogo, na Colômbia, como agora, Wanderley Luxemburgo só teve a oportunidade de realizar um treino.

Agora, com o novo formato das eliminatórias, em que as equipes fazem dois jogos na sequência (sempre em datas que o futebol de clubes da Europa vai estar parado, o que facilita a liberação dos atletas), Parreira ficará quase sempre dez dias seguidos com os jogadores. Antes de enfrentar os colombianos, por exemplo, os comandados de Parreira terão quatro dias de treino. Depois, serão mais dois dias inteiros antes do desafio contra o Equador, em Manaus.

Além disso, com a tabela mais espaçada, a seleção pode fazer amistosos para engrenar a equipe mais rápido ainda.

"Esse formato é bom porque a gente fica quase 15 dias juntos. É ótimo para formar o time. Eu gosto bastante", comemora o zagueiro Edmílson.

Base

O lateral Cafu lembra outro fator que vai ajudar Parreira. "Não é o tempo adequado, mas é o tempo que temos. Mas, como vamos usar a base do penta, as coisas serão facilitadas", afirma o lateral.

Em outras ocasiões, realmente o Brasil começou as eliminatórias com uma base totalmente renovada. Na última edição, por exemplo, o time começou o jogo da estréia com apenas dois jogadores que foram titulares na Copa da França-98.

Em relação ao que aconteceu nas eliminatórias passadas, outros dois fatores ajudam Parreira.

O primeiro "entra em campo" já no domingo. A Colômbia abriu mão agora de jogar em Bogotá, que fica a mais de 2.600 m do nível do mar para mandar seus jogos em Barranquilla, que fica no litoral caribenho do país.

A seleção brasileira sofreu em grandes altitudes na campanha que a classificou para o último Mundial. Contra a Colômbia, só empatou. Depois, perdeu para o Equador em Quito (2.850 m) e para a Bolívia em La Paz (3.600 m).

Parreira e seus comandados estarão livres de outro "pesadelo" até o final do qualificatório. Desta vez, o time nacional está autorizado pela Conmebol a jogar por todo o país desde o início.

Nas eliminatórias passadas, o time só tinha o direito de jogar em casa no Rio e em São Paulo, cidades onde a torcida é mais exigente. Quando a situação apertou, a CBF colocou a seleção para jogar em centros menores, como Curitiba e São Luís, onde o nível de pressão dos fãs é bem menor.
 

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