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07/09/2003
-
19h19
ROBERTO DIAS
da Folha de S. Paulo, em Nova York
Minutos após ganhar o Aberto dos EUA, ontem à noite, a belga Justine Henin-Hardenne era só sorrisos. De pé, na quadra central, ouvia Bill Harrison, executivo-chefe do JP Morgan Chase, discursar sobre como a premiação para as tenistas aumentou durante as últimas décadas.
Ele apontava que em 1968, primeiro ano da era profissional, o cheque da campeã do Aberto dos EUA foi de US$ 6.000 (em valores atualizados, cerca de US$ 32 mil). Já o que Justine embolsou teve o valor recorde de US$ 1 milhão. Só que, ao chamá-la para a premiação, Harrison se atrapalhou. "Parabéns, Cristine", disse, ao vivo, no horário nobre da TV.
A gafe dá a exata medida da realidade atual do tênis feminino. É uma mulher --ela mesmo, Justine-- quem mais ganhou dinheiro nas quadras neste ano. O total já superou os US$ 3 milhões.
Até aqui, é uma situação bem diferente da que ocorreu nos últimos três anos, quando a mulher mais premiada esteve sempre bem abaixo do homem que mais dinheiro ganhou. Em boa parte, a inversão de papéis se deve ao equilíbrio da disputa masculina, que distribui altas premiações por um número grande de jogadores.
Contribui para essa situação o fato de o Grand Slam mais generoso, o Aberto dos EUA, ser o único a distribuir prêmios iguais a homens e mulheres.
Mas o dinheiro grosso não oculta o fato de que o tênis feminino está ainda longe da visibilidade que tem o masculino. Quatro anos atrás, também no Aberto dos EUA, a suíça Martina Hingis, então líder do ranking, contou à Folha de S.Paulo que um de seus projetos era erguer o nível do tênis feminino, de forma que mais gente prestasse atenção nele.
Não chegou a tanto, atropelada pelo desânimo com o esporte e pelas irmãs Williams. Serena e Venus, elas sim, chamaram a atenção do público, se não tanto para o esporte, ao menos para elas. Prova disso foi que, após a vitória por 7/5 e 6/1 sobre Kim Clijsters --e da gafe na premiação--, Justine lamentou a ausência das Williams. "É ruim para o circuito e para todas as atletas."
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Gafe marca premiação no Aberto dos EUA
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da Folha de S. Paulo, em Nova York
Minutos após ganhar o Aberto dos EUA, ontem à noite, a belga Justine Henin-Hardenne era só sorrisos. De pé, na quadra central, ouvia Bill Harrison, executivo-chefe do JP Morgan Chase, discursar sobre como a premiação para as tenistas aumentou durante as últimas décadas.
Ele apontava que em 1968, primeiro ano da era profissional, o cheque da campeã do Aberto dos EUA foi de US$ 6.000 (em valores atualizados, cerca de US$ 32 mil). Já o que Justine embolsou teve o valor recorde de US$ 1 milhão. Só que, ao chamá-la para a premiação, Harrison se atrapalhou. "Parabéns, Cristine", disse, ao vivo, no horário nobre da TV.
A gafe dá a exata medida da realidade atual do tênis feminino. É uma mulher --ela mesmo, Justine-- quem mais ganhou dinheiro nas quadras neste ano. O total já superou os US$ 3 milhões.
Até aqui, é uma situação bem diferente da que ocorreu nos últimos três anos, quando a mulher mais premiada esteve sempre bem abaixo do homem que mais dinheiro ganhou. Em boa parte, a inversão de papéis se deve ao equilíbrio da disputa masculina, que distribui altas premiações por um número grande de jogadores.
Contribui para essa situação o fato de o Grand Slam mais generoso, o Aberto dos EUA, ser o único a distribuir prêmios iguais a homens e mulheres.
Mas o dinheiro grosso não oculta o fato de que o tênis feminino está ainda longe da visibilidade que tem o masculino. Quatro anos atrás, também no Aberto dos EUA, a suíça Martina Hingis, então líder do ranking, contou à Folha de S.Paulo que um de seus projetos era erguer o nível do tênis feminino, de forma que mais gente prestasse atenção nele.
Não chegou a tanto, atropelada pelo desânimo com o esporte e pelas irmãs Williams. Serena e Venus, elas sim, chamaram a atenção do público, se não tanto para o esporte, ao menos para elas. Prova disso foi que, após a vitória por 7/5 e 6/1 sobre Kim Clijsters --e da gafe na premiação--, Justine lamentou a ausência das Williams. "É ruim para o circuito e para todas as atletas."
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